Meu nome é Ari Vieira, sou especializado em educação para pessoas com deficiência pela PUCSP. Quero ajudar os docentes a debater o tema inclusão das pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida nas escolas. O blog será também uma importante ferramenta de consulta para quem for implantar a temática da inclusão na mobilidade urbana.
Ally e Ryan
terça-feira, 21 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Abordando alguns aspectos da Educação Inclusiva
Olá pessoal. Geralmente sou indagado pelos meus alunos para opinar se a matrícula de crianças com deficiência nas escolas regulares já configura como inclusão. Inicialmente devemos afirmar que Educação Inclusiva pressupõe que TODAS as crianças (alunos) tem a mesma oportunidade de acesso, de permanência e de aproveitamento na escola, independente de qualquer característica peculiar que apresentem ou não.
Matricular simplesmente uma criança com deficiência em uma classe comum da escola regular, sem dúvida, é um passo importante na direção certa, embora, esse ato isoladamente fora do contexto maior não pode ser considerado inclusão. Mas, quando comparamos o passado com o presente vamos observar avanços significativos, antes as escolas recusavam matricular crianças com deficiência, atualmente ela não pode agir assim, seja pública ou particular.
A presença do aluno com deficiência na escola regular vai no mínimo forçar uma nova situação na comunidade daquela escola e os avanços decorrentes disso vai depender e muito das ações individuais e coletivas. Em sendo assim, ao contrário, do que muitos pregam, considero a matrícula como primeiro passo rumo à inclusão.
É isso.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
Porque evitar apressar o ensino da leitura e da criança na escola
Li hoje o texto abaixo e achei muito interessante.
Descrição da imagem: criança deitada segurando um lápis rabiscando um papel.
Descrição da imagem: criança deitada segurando um lápis rabiscando um papel.
Porque causa tanto dano na criança aprender a ler escrever antes da segunda
dentição? Esta pergunta toca um dos mais importantes problemas que existem
nesta idade.
Porque nada é mais danoso para a criança que a pressa de ensinar-lhe a ler e
escrever prematuramente.
Nos primeiros sete anos funciona a força vital, a força construtora no
físico, formando e modelando desde a cabeça; penetra no fígado, pulmões,
coração, etc, estabelecendo sua força devida e estrutura correta. Deste modo se
adquire a base física sadia para toda a vida. Mais tarde haverá somente um
crescimento do formato; a forma básica não modificará jamais. Daí se pode
compreender facilmente que a criança necessita de todas as forças construtivas
para conseguir sua mais completa formação orgânica antes da troca dos dentes,
troca com que a mesma natureza indica que terminou a estrutura básica.
Se parte das ditas forças são minadas por ser dedicadas a outras atividades,
a força modeladora diminui de modo que a formação orgânica não pode levar-se a
cabo em sua totalidade.
Cada letra, cada palavra com que se ensina a criança a ler ou escrever nesta
idade, diminui a dita força vital cuja missão é construir. Debilita-se a base
orgânica para a vida, pois é levada para outra direção, e diversifica-se a
atividade da formação orgânica produzindo mais tarde uma debilidade ou
enfermidade em alguma parte do ser humano.
Numa palavra, toda influência prematura pode conduzir eventualmente a uma
posterior enfermidade na vida adulta.
Se pode impelir a criança a que aprenda a ler e escrever um pouco antes do
normal, mas este esforço se pagará caro mais tarde acelerando a
dissecação (secamento) e rigidez dos membros. Além disso, esta pressa e aflição
empurra criança para uma maturidade física prematura, angústia e restrição da
alma e espírito, formando assim pessoas mais voltadas para o materialismo que
para viver com plenitude pessoal. Devemos deter a criança em seu desejo de avançar
apressadamente e aprender antes de seu devido tempo qualquer matéria escolar,
para seu próprio bem no futuro.
Toda criança tem certo desejo de aprender as letras, é normal, pois deseja
imitar os adultos também nisso.
Igualmente deseja conhecer os números, mas esse aspecto da imitação deve ser
restringido e controlado. Ajudamos mais a criança se desviamos temporariamente
suas ânsias de aprender, pois assim ela guardará fresca sua força vital e será
capaz de desenvolver-se melhor durante o resto de sua vida.
As forças construtivas normalmente terminam a primeira fase de seu trabalho
com a segunda dentição, ficando livres para dedicar-se inteiramente a sua
próxima tarefa construtiva no intelecto e na memória. Tudo foi promovido e
previsto por uma sabedoria muito elevada e devemos melhor respaldá-la e
honrá-la no lugar de tratar de mudar “algo” ao nosso desejo. Não é muito tarde
para começar o aprendizado da leitura e escrita aos sete anos, pois só quando
as forças formadoras estão livres é que podem dedicar-se ao aprendizado no seu
curso normal, e a criança pode plenamente gozar de tal aprendizado. Devemos
evitar que as crianças se lancem prematuramente a atividades para as quais não
estão preparadas ainda pois temos de cuidar que seus corpos cresçam e se formem
sem danos e entregar à sociedade homens íntegros, sinceros, positivos e
verdadeiros, os quais sendo adultos, possuam um corpo sadio e apto, dotado de
um espírito e uma alma que com prazer receberá o devido conteúdo de sua sorte.
Texto de Nora von Baditz, do livro: “Que es necessário a el
niño”. (Retirado do grupo Pedagogia Waldorf para a
Família, no Facebook).
Assinar:
Postagens (Atom)