Ally e Ryan

Ally e Ryan

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010 - feliz ano para nós


Vejam meus netinhos, Allysia e Ryan, eles não moram perto de mim, mas a intensidade do nosso amor por eles é tão forte, que ultrapassa o oceano e nos faz senti-los bem perto de nós. O ano de 2009 chega ao fim, e nele ficam as lembranças dos fatos marcantes, porque assim é nossa vida... cada dia que passa, uma lembrança se adiciona em nossa trajetória. Feliz 2010 para todos nós e que os desafios sejam enfrentados com coragem e perseverança.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Esperança

Semana passada uma amiga de Rio de Claro me ligou a noite perguntando se eu conhecia uma poesia de nome esperança do Mário Quintana. Ela sabe que sou fã incondicional do Mário, inclusive já me presenteou com um livro dele. Essa amiga assistia a novela da Globo “Viver a vida”, onde uma atriz (Aline Moraes) interpreta uma garota que sofre um acidente e fica tetraplégica. Na cena, a avó declama a tal poesia. Confesso que não gosto dessa novela, embora lá na minha ONG acompanhamos de perto essa parte, já que uma amiga nossa de Santos faz a assessoria para a atriz representar uma tetraplégica como ela. Falei que ia postar no blog, já que a poesia é bela como tudo que o Mário fez, e se coloca num momento apropriado, virada de ano, onde uma magia de aproximação entre as pessoas se renova, mantendo aquela química tão especial nessa época do ano. Leiam gente, vale a pena e feliz ano novo para todos nós.
Esperança
Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

2009 – o retorno da saída

com minha amiga Rose no dia da volta, 29 de setembro de 2009


Com minha amiga Eliane, no mesmo dia da volta

Milton que está aí, está elaborando comigo o Programa solicitado

3 de dezembro de 2009, dia do último dia de aula

O ano que ora se encerrará em breve trouxe-me alguns detalhes marcantes:

O retorno para a CET não foi tão bom como eu esperava. Nada sobre as pessoas, que me apoiaram e me incentivaram, mas percebi que o meu vínculo com a empresa já estava terminado. Voltei talvez por teimosia pessoal, tentando demonstrar confiança e força de vontade para mim mesmo. No entanto, nos poucos meses que estou o cansaço e o esforço são bem maiores que havia planejado.

Conhecer o Branco, o atual gerente, foi uma boa surpresa. Ele demonstrou interesse na temática da inclusão e até me incumbiu junto com o Milton, de elaborar um Programa voltado para as atividades internas objetivando atender pessoas com deficiência. Para que isso se torne uma realidade, ele vai ter que enfrentar resistências internas e ter coragem de assumir o tema. Mesmo de longe vou acompanhar.

Em 2009 me marcou como sendo o ano em que dei minha última aula na CET. Aliás, nos dois dias que sucederam a aula passei muito mal, o que reforça a ideia de ter sido mesmo minha derradeira aula.

Vou entrando numa nova fase da vida e a CET aos poucos vai ficando no cantinho da saudade... gosto dela, mas a separação é iminente.






segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Susana, parabéns

Minha amiga Susana

Amiga Susana

Vamos aproveitar o momento e fazer uma pausa para reflexão.
Pensem comigo: quantas pessoas temos no nosso circulo de amizade que podemos afirmar com todas as garantia que elas são nossas amigas? Pois bem! Agora, apenas dentro desse seleto grupo, separe a pessoa que tem mais afinidade com você. Quando fazemos isso encontramos a verdadeira essência da vida que é o amor. E o amor é o sentimento que une as pessoas.

Conheci Susana, que atualmente é minha chefe, em 1987. Já se passaram longos 22 anos. A história dela e sua trajetória na CET confundem-se com a minha. Ela viu meus filhos crescerem, os pegou no colo, fez carinho, me ajudou em momentos delicados e sempre manteve um sorriso no rosto. Eu a vi se formar, se casar e se tornar a pessoa que ela é hoje.

Temos muita coisa em comum, mas o que mais nos aproxima é cuidar dos animais abandonados.

Em 2006 fiz uma poesia totalmente dedicada a ela:

Susana

Importa quem somos?
Importa quem és...
Encanto da minha vida
Encanta a todos

Guerreira da esperança
Amiga do coração
És amada
Querida

Em cada latido
A voz da esperança
Tu salva a vida
Minimiza a dor

És a glória da minha alma
És a força da mudança
És a vontade do amanhã
És a infinita bondade

Teu rosto é a vontade
Tua garra, a união
Teu choro, o desespero?
Teu sorriso, a esperança!

Teu sorriso me fascina
Teu sorriso me encanta
Tua ternura me alegra
Teu sorriso me faz sorrir!

Amiga amada
Amada para sempre
Para sempre será amada
Amando a solidão

Tu és a força
O latido da paz
A imensidão do destino
A fé da razão


Hoje é aniversário da minha amiga, e, portanto, hoje minha postagem é dedicada a ela.
Parabéns amiga, parabéns meu amor e não mude nunca, precisamos sempre cuidar dos nossos animalzinhos.

Vejam os vídeos que fiz para ela no links

http://www.youtube.com/watch?v=LG8xwGbAyJ0
http://animoto.com/play/5dRhgGHeCysYhqXU0ecazw

Tenho orgulho de você Susana. Parabéns, amo você!!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Minhas amigas e meus amigos, vou fazer uma parada até segunda... semana de Natal, precisamos ir às compras, enfim, coisas assim. No ensejo, com meus netinhos aí na árvore, desejo a todos uma linda noite de natal e que a felicidade seja o valor mais cobiçado do Homem.
Feliz Natal

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Semana de Talentos - Poesia "Solange"



Até recentemente a CET fazia a Semana de Talentos, onde os empregados apresentavam seus talentos na arte, literatura, poesia, contos e outros. Em 2004 fiz a poesia homenageando minha esposa Solange e a coloco abaixo para que todos possam conhecê-la:
Solange

Amada delirante
contida no desejo
sublime na pessoa
sorriso de menina

Encanto de mulher
infinita no olhar
meiga no carinho
delírios na visão

Estrela da sedução
firme na armação
fruta da animação
maçã da emoção

Bela no carinho
imensa no pensamento
enorme no prazer
coragem no fazer

Olhos de menina
sensível na percepção
incerteza do ouvir
encanta na voz

Mãe para sempre
filhos que a tormenta
paciência na esperança
serenidade na ação

Mulher da minha vida
menina do meu coração
amada do meu amor
alma da minha solidão!


Esta foi minha primeira poesia publicada.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Aos amigos e inimigos


Alguns momentos... aí já é no EVT
Ao longo de uma trajetória de convivência numa empresa, vamos construindo amigos em sua maioria e inimigos em minoria. Fiquei afastado durante o ano inteiro de 2005, e durante essa licença fui refletindo e evoluindo no lado espiritual.

Em minhas reflexões pude lembrar algumas ações que fiz na CET e que jamais ousaria repeti-las depois de evoluído. Mas foram acontecimentos que fizeram parte do meu ser.
Por exemplo, durante duas décadas escondi da CET a dificuldade que era entrar num banheiro sem nenhuma adaptação, como era complicado fazer o trivial; geralmente demorava quase meia hora para fazer um simples xixi. E para compensar, fui me adaptando a utilizar o banheiro no horário do almoço. O mobiliário de difícil acesso, usar telefone, enfim, permanecer no ambiente de trabalho era uma tarefa insana.

A CET na verdade nunca tratou seus empregados com deficiência, com a mesma deferência que trata um empregado sem deficiência. O que salva essa imagem negativa da empresa, são os apoios recebidos do setor social, da Rose, Maria (infelizmente saiu da empresa) e de outras pessoas dessa área, e dos amigos. Hoje não tolero mais ser colocado a margem da situação, falo, grito, xingo se percebo que meu direito está sendo subtraído. Meus inimigos são aqueles que recebem o meu desprezo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Táxi amigão, o embuste da educação

Com o objetivo de reduzir mortes no trânsito por embriaguez ao volante, começou a circular na cidade de São Paulo desde o dia 4/12/09 o “táxi amigão”, a iniciativa da prefeitura com desconto de 30% na bandeirada nas viagens noturnas até 6 horas, às sexta-feira, sábados e vésperas de feriado. Até aí acho tudo normal.

No entanto, vivemos a gestão da enganação sob a batuta do prefeito Gilberto Kassab. Para incentivar o uso do táxi citado, a CET foi convocada e o CETET em particular, a participarem da campanha. Alguns educadores mal informados visitam alguns bares da cidade e em outras palavras incentivam o uso da bebida alcoólica, desde que o usuário ou usuária não dirija seu próprio veículo e utilize o “táxi amigão”. Não creio que esse seja o papel da educação, ao contrário da proposta, os educadores poderiam visitar os bares motivando os freqüentadores a não ingerirem bebidas alcoólicas antes de dirigirem, para isso nós somos preparados. E o pior é que algumas educadoras dão uma importância para essa campanha, como se ela fosse a mais importante da empresa.

Tenho orgulho de ter participado das campanhas a favor do cinto de segurança, inclusive no banco traseiro, de ter participado da campanha contra o uso do aparelho celular, da divulgação do CTB, da redução de velocidade, de crianças que devem ser transportadas no banco traseiro e outras que com certeza encheram de orgulho os educadores que participaram.

Conheço muitos taxistas que me disseram que em alguns lugares eles já tinham acordo com o estabelecimento, para fazer esse tipo de transporte. E para piorar a situação alguns “baladeiros” declararam aos jornais que não conseguiram utilizar os táxis, ou seja, o educador do CETET e o agente da fiscalização incentivaram o baladeiro a beber, distribuíram biscoitos, mas como não há táxi disponível, esse fulano pega o carro dele e sai às ruas dirigindo, tudo com o beneplácito do Poder Público municipal. Acorda CETET!!
Fiz uma breve parada no tempo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Empregados da CET no cartão de natal da empresa em 2003



Já participei até de cartão de natal da CET em 2003. Construi uma história na empresa. Vejam o cartão com todos os convidados acima e neste fiz um destaque para vocês verem melhor.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Jornal da CET

Vejam acima uma matéria que saiu a meu respeito num jornal de circulação interna na CET, em dezembro de 2003. Como as letras ficaram pequenas, fiz uma arte , recortei e colei o texto abaixo, assim fica melhor para ler, caso alguém queira:


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fora de combate

Minha melhor amiga de todos os tempos, Susana
O ano de 2005 foi um período para ser esquecido. Iniciei uma fase nova na reabilitação e surgiram outros focos de progressão da doença que me deixaram abatido.

De longe eu acompanhava a transição na CET e modelos antigos foram adotados na empresa com a volta do antigo Roberto Salvador Scaringella. O termo mobilidade urbana foi deixado de lado, voltamos a ouvir “circulação de veículos”, “fluidez” e outros termos arcaicos.

Mas, por outro lado, houve o lado positivo: a gestão decidiu preencher os cargos de supervisão com empregados de carreira e nesse sentido meus dois amigos do coração, Boléia e Susana foram promovidos.

De longe eu acompanhava atento a essas mudanças e procurava me dedicar ao processo de reabilitação para voltar o mais rápido possível.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

José Serra (PSDB) é o novo prefeito de São Paulo

O candidato José Serra (PSDB) é o novo prefeito eleito. Com 54,86% do total de votos válidos, ele é o vitorioso na disputa com a candidata Marta Suplicy (PT), que teve 45,14% dos votos.

Serra foi exilado aos 22 anos, por 14 anos, vivendo na Bolívia, Chile e depois Estados Unidos. Como presidente da União Estadual dos Estudantes em 1962 e União Nacional dos Estudantes em 1963, era 'persona non grata' no Brasil depois do golpe militar de 1964.
Ele já havia concorrido à prefeitura de São Paulo em duas outras oportunidades, em 1988 e 1996, não tendo ganhado em nenhuma. Em 2002 foi derrotado por Luis Inácio Lula da Silva na campanha presidencial. Serra foi eleito duas vezes como deputado (1986 e 1990) e uma como senador (1994), neste caso com 6,5 milhões de votos.
O tucano também foi ministro do Planejamento, de 1995 a 1996, e da Saúde, de 1998 a 2002, em ambos os casos convidado por Fernando Henrique Cardoso.
Serra nasceu em 19 de março de 1942, no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo, filho único de Francesco Serra, imigrante italiano que tinha uma barraca de frutas no mercado municipal da Cantareira, e de Serafina Chirico.
O jornal francês Le Figaro publicou reportagem com o título "Em São Paulo, Marta Suplicy perdeu a batalha da mídia". No texto, o diário afirma que, apesar de os paulistanos terem uma imagem positiva da gestão de Marta, "seria quase um milagre se o PT vencesse a eleição municipal em São Paulo".
De acordo com o maior jornal francês em tiragem, ao "partir para a batalha" com seu opositor José Serra no setor de saúde, Marta colocou em segundo plano os pontos fortes de sua administração, as áreas de transporte e educação.
Segundo o jornal, a postura de confrontação rendeu à prefeita paulistana a imagem de que é "o protótipo da mulher arrogante".
O Figaro lembra os índices positivos da gestão da prefeita, afirmando que a derrota do PT em São Paulo "foi a mais amarga de todas. Porque os paulistanos reconhecem sem remorso que a administração de Marta Suplicy é sem dúvida a melhor dos últimos 20 anos".

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Algumas imagens do CETET-GAF

Fotos acima é um visão geral do nosso querido CETET nos anos 80. Cadê o Caio Graco?


Olhem a passagem para a GAF, quando chovia...


Foto acima foi um evento sobre motociclista no Ibirapuera (1994); a foto do meio estou com a Silvia e o Rinaldo, que hoje são casados (1988); a foto abaixo é de 2004, estou com o Veloso, palmeirense dos bons e a Sueli ou a nossa querida Sussuquinha.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sala de aula

Ministrei diversos cursos na CET. Dei aula para cobradores de ônibus, motoristas de táxi, comum e especial, Direção Defensiva (foto acima), palestras sobre Segurança no Trânsito, CTB e sobre o Sistema de Transportes Público adotado em SP na gestão da Marta. Não consigo mensurar para quantas pessoas passei informações e orientações, mas garanto que foram milhares.

Participei de eventos, campanhas educativas, seminários e cursos externos. Eu sabia que aquela licença de 2004 seria o divisor de águas da minha participação como empregado da empresa. A volta seria complicada demais.

Sinto saudades de tudo que fiz na CET, embora as condições de trabalho sempre fossem desfavoráveis.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Eventos

Meu filho José Luiz e minha esposa Solange - Salão da Moto (não lembro o nome da atriz)

Antonio e Lúcia num desses eventos.
Alguns eventos foram marcantes para mim na CET. Os eventos mais antigos, infelizmente não tenho fotos, mas esses aí de cima aconteceram na gestão. Feira das Motos e coisas assim. Se ainda aparecerem fotos, as colocarei aqui.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Balanço geral da gestão

Fotos da época
Meu amigo Messias (lado direito) e o Zé


Ari, sempre refletindo

com as meninas dos Programas Sociais

Solange Leal e meu filho Rafael, estagiário na época


Ao sair da forma em que sai daquela gestão, fiquei imaginando qual seria o balanço geral sobre todo o período em que trabalhamos juntos. Creio que conhecer pessoas como a Tânia, Jussara, Antonio, Isabel, Elaine e tantos outros foi o momento mais feliz que tive na empresa. Eles foram sem dúvida alguma as melhores equipes de trabalho com a qual pude dividir atividades.

Os Programas Sociais com os quais trabalhamos, como Primeiro Emprego e o Começar de Novo, foram de muito conhecimento para mim. Aprendi muito com aquelas pessoas, com os diversos grupos, do jovem à pessoa com mais de 40 anos. Foi um aprendizado para mim; lamentável que alguns funcionários da CET não souberam aproveitar o momento e evoluírem um pouco mais na sua espiritualidade.

Conhecer, conviver e trabalhar com Cida Dolores, Geraldo, Leo e Amanda foi um detalhe a mais na experiência; dividimos coordenação, tudo era resolvido em conjunto, não havia necessidade de um se sobrepor ao outro, enfim, vivemos situações inesquecíveis, mas costumo dizer que na vida tudo tem começo, meio e fim e ali chegamos no nosso final.

Votaria na Marta mais uma vez se fosse para resgatar toda aquela história, as pessoas nefandas e nefastas que fizeram parte daqueles grupos de gestores indicados, devem ser esquecidos e desprezados, não vale a pena ficarmos nos alimentando do ódio e da revolta, quando lembro daquela gestão as imagens que vem à mente são as melhores possíveis.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Licença médica

Algumas pessoas que trabalharam comigo, o pessoal da primeira foto acima foi o melhor da CET

É incrível como algumas coisas acontecem. Em julho de 2004 fui fazer um exame de rotina e o resultado não foi o mais adequado. Minha médica recomendou-me afastamento imediato das atividades e ainda sugeriu ir morar num lugar com mais oxigenação de ar.

Estava no melhor momento daquela gestão. Já tinha recuperado meu prestígio no CETET, minha parceria com a Cida Dolores foi altamente positiva, no entanto, ainda que a contragosto acatei as recomendações médicas.

A gestão da Marta Suplicy foi o modelo de administração que mais defendi tanto na CET, como fora dela. No tocante às necessidades das pessoas com deficiências, foi a prefeita que mais defendeu as ideias do segmento. Evidente que se olharmos para o interior da CET e com os gestores e supervisores indicados, a decepção é enorme, mas temos que pensar a cidade como um todo e não apenas para o nosso interior, no caso a empresa.

Meu último dia naquela gestão foi 31 de julho de 2004, saí para um longo afastamento. Algumas pessoas me contaram que na despedida daquele nefando gerente, ele na festa organizada por suas “viúvas”, citou meu nome tecendo elogios, nem isso diminuiu meu desprezo por esse indivíduo.

Estava portanto, fora da gestão que havia defendido.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Novo sistema de transporte


conhecendo o sistema com total acessibilidade
A gestão da prefeita Marta Suplicy teve seu ponto alto no lançamento do novo sistema de transportes públicos na cidade de São Paulo. Em muitos outros pontos houve um relapso da prefeitura, mas nesse exatamente o acerto foi extraordinário.

Participei junto com a Flávia da elaboração da área de acessibilidade, enquanto a CET vivia no século XIX com relação às pessoas com deficiência, a gestão demonstrava enorme simpatia com o segmento.

Pela primeira vez na história da cidade, havia um debate centrado na questão do transporte ser um direito de todo cidadão, independentemente de sua condição econômica, social ou física.

Pensamos que o sistema fosse uma vitrine de exposição para a gestão, mas a mídia centrou suas críticas apenas nos erros e não divulgava que a prefeita havia liquidado a máfia dos transportes, retirou os clandestinos de circulação com a modernização do sistema e sem usar de qualquer tipo de violência.

Sinto orgulho de ter participado desse momento tão importante para a cidade.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Breve parada no tempo

Deisy Paula comigo

a sala onde foi ministrada a aula

Hoje, 3 de dezembro, dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Talvez tenha dado minha última aula na CET. Confesso que internamente estava bastante emocionado e procurei em muitos momentos ocultar esses sentimentos que queriam vir para fora. Minha amiga Deisynha ficou ao meu lado, mas em breve vou contar a história dela e assim todos entenderão que duas almas podem se amar assim...
O Milton que está comigo no projeto estava bem e na sua fala foi bastante esclarecedora.
Convido todos a lerem o texto abaixo da vereadora Mara Gabrilli, publicado hoje na Folha:

Avançamos - e agora?
MARA GABRILLI

Agora, precisamos de você para avançar mais: seja inclusivo. Cobre e promova a acessibilidade. Esse é um ato de cidadania e respeito PAULA, NASCIDA em 1962, teve poliomielite -uma doença praticamente erradicada do Brasil.
Ela não anda e tem dificuldade para movimentar os braços. Usa cadeira de rodas desde menina. Roberto, 50 anos, há 15 encontrou nas ondas rasas do mar um caminho curto entre a despedida da praia numa tarde ensolarada e uma cadeira de rodas para o resto da vida. Mara, que sofreu um acidente de carro aos 26 anos, descobriu, após perder todos os movimentos do corpo, que a mobilidade mais importante está na cabeça, porque é ali que está a "alavanca" da liberdade.
Essas pessoas enfrentaram, cada uma à sua época, a dificuldade de ter deficiência no Brasil. Com certeza, há muitas histórias. Hoje, 3/12, quando celebramos o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, estabelecido pela ONU em 1998, aproveito para contar algumas. Em 2005, quando assumi a primeira secretaria do país para tratar do tema, foi comum ouvir dos jornalistas que esse tema era "triste", que "não rendia pauta".
Paula demorou para cursar o ensino regular -seus pais achavam que criança com deficiência era doente e não precisava ir à escola. Roberto passou anos sem sair de casa -os locais de sua cidade não ofereciam acesso.
Das barreiras de atitude às barreiras físicas e sistêmicas, é com surpresa que observo o quanto avançamos.
E é aqui que as três pessoas de que falei (uma delas, eu mesma) se cruzam: quando as colocamos nos dias de hoje.Já podemos sair às ruas e ver melhorias na acessibilidade de nossas cidades e no conceito de deficiência para a sociedade. Não somos mais coitadinhos, olhados na rua como se fôssemos do planeta da cadeiralândia.
Empresários e empreiteiros preocupam-se em cumprir as leis que obrigam tanto a adequação física das edificações quanto a empregabilidade das pessoas com deficiência -felizmente, a lei de cotas as está colocando de fato no mercado de trabalho. Os governos já não ignoram essa parcela da população em suas políticas públicas -e, se o fazem, hoje estamos lá para lhes puxar as orelhas.
A Prefeitura de São Paulo, quando governada por José Serra, foi pioneira em criar a primeira Secretaria da Pessoa com Deficiência do Brasil, por meio da qual criamos diversos programas de inclusão.
Como exemplo prático desse marco, cito apenas nossa avenida símbolo, a Paulista, que tornou-se também modelo de excelência em termos de acessibilidade após sua reforma e, hoje, é um local universal: confortável e seguro para qualquer pedestre, com deficiência ou não.
Outro dia, em um evento público que envolvia pessoas com deficiência, o assunto que permeava as rodinhas me deixou reflexiva. Não ouvi o comum das brigas contra preconceito, do desconhecimento das pessoas diante das deficiências ou da falta de adequação dos espaços. Claro que esses itens ainda não estão resolvidos, mas já entraram na pauta pública -já rolamos a primeira pedra.
O que se debatiam eram temas como a inclusão de pessoas com deficiência nos concursos públicos; a gestão financeira dos bens das pessoas com deficiência intelectual -que passaram a ter rendimento sem ter conhecimento pleno de como utilizá-lo; a discussão sobre como disponibilizar guias-intérpretes para pessoas com surdocegueira (que não ouvem nem enxergam) e que precisam de interpretação por meio do tato.Aliás, fiz minha primeira lei municipal criando uma Central de Intérpretes para Surdos e Guia-Intérprete para Surdocegos na cidade.
A central é um atendimento em tempo real com operadores que se comunicam com cidadãos surdos em todas as regiões de São Paulo via webcam, em Libras (língua brasileira de sinais). Ouvi dizer, com alegria, que em breve um piloto será implantado em três subprefeituras da cidade. Todos assuntos complexos, não? É a esse ponto que pretendo chegar.
Não estamos mais discutindo rampas. Não estamos mais brigando para que as pessoas nos enxerguem. Estamos, agora, mergulhando em questões mais profundas da inclusão. Tenho certeza de que Paulas, Robertos e Maras já podem circular com mais autonomia com suas cadeiras de rodas, muletas, bengalas, cães-guia e encontrar aspectos bem mais inclusivos do que encontravam antes.
Hoje, 11 anos depois da criação da data pelas pessoas com deficiência no mundo todo, posso dizer que avançamos, sim. Agora, precisamos de você para avançar mais: seja inclusivo. Cobre e promova a acessibilidade. Esse é um ato de cidadania e respeito ao próximo -e a você mesmo.

MARA CRISTINA GABRILLI , 42, tetraplégica, psicóloga e publicitária, é vereadora da cidade de São Paulo pelo PSDB e fundadora da ONG Projeto Próximo Passo, hoje Instituto Mara Gabrilli. Foi secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Prefeitura de São Paulo (2005-2007). www.maragabrilli.com.br


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Decepção total

foto de cima: meu amigo Messias e o Dirceu; a foto de baixo, é um momento de alegria em que estou com as meninas dos Programas Sociais.

Vejam, o lançamento da política de inclusão dos empregados com deficiência estava em crise total. Os gerentes boicotavam claramente qualquer pretensão de mudanças de hábitos na rotina de seus subordinados.

Como temos experiências no tema, em conversa franca e aberta com a Flávia decidimos que sair definitivamente da comissão seria a melhor alternativa. Inclusive a diretora de representação Ana, criou no âmbito da DR uma outra comissão semelhante, mas claro era só “cortina de fumaça’, assim ela exibiria para outros empregados uma face social, o que não era o caso.

Enfim, o tema foi esquecido definitivamente.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Inclusão social – um sonho de verão na CET

Minha querida e guerreira amiga Flávia

É incrível como alguns fatos acontecem: apesar da Política de Inclusão ser adotada pelo funcionário maior da empresa, ou seja, o presidente, ainda assim os gestores fizeram o menor esforço possível, evidente que uma atitude assim levaria a citada política social para o fiasco.

Nenhuma medida de efeito imediato foi adotada. A essa altura da gestão, CET e SPTRANS iniciavam uma forma de fusão entre si, portanto, pelo lado da SPTRANS foi indicado um funcionário para fazer parte da Comissão de Acessibilidade. E nesse ponto os problemas começaram. Ora ia uma pessoa, ora outra, não havia compromisso da empresa com o tema.

Diante de um quadro assim, eu e a Flávia tomamos uma decisão unilateral: decidimos sair da comissão e provocamos o esvaziamento dela e logo depois sua extinção. A CET já havia mudado de presidente e o que assumiu decidiu tocar o tema de forma individual. Em alguns momentos ele chamava a mim, em outros convocava a Flávia.

De qualquer forma podemos afirmar que essa foi a pedra inaugural do tema na CET.