Pessoal, desejo a todos um feliz natal, vamos aproveitar o momento e refletir.
Meu nome é Ari Vieira, sou especializado em educação para pessoas com deficiência pela PUCSP. Quero ajudar os docentes a debater o tema inclusão das pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida nas escolas. O blog será também uma importante ferramenta de consulta para quem for implantar a temática da inclusão na mobilidade urbana.
Ally e Ryan
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
13 de dezembro - DIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
No dia 13 de
dezembro, é comemorado no Brasil o Dia Nacional da Pessoa com Defiência
Visual. Criado em 1961, a data foi instituida para incentivar o princípio
de solidariedade humana, mundialmente estabelecido no princípio da Declaração
Universal dos Direitos Humanos. Também é o Dia
de Santa
Luzia que é invocada pelos fiéis como a
protetora dos olhos, que são a "janela da alma", canal de luz.
Segundo dados do IBGE de
2010, no Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual. Entre
as deficiências declaradas, a de maior incidência foi a visual, atingindo 3,5%
da população. Segundo a Organização Mundial de Saúde com tratamento precoce,
atendimento educacional adequado, programas e serviços especializados, a perda
da visão não significa o fim de uma vida independente e produtiva.
Como é o caso de Marquinho de 8 anos. Desde que
nasceu ele enfrentou sérios problemas de desenvolvimento. Sua mãe, Maria Gilma,
uma cortadora de cana alagoana, percebia que havia algo de errado com o filho,
mas nenhum médico deu a ele a devida atenção. Disposta a lutar por um
tratamento digno para o bebê, ela cruzou o país e decidiu buscar em São Paulo
as respostas que ninguém havia lhe dado até então.
Marquinho foi diagnosticado
com uveíte grave - inflamação numa camada do globo ocular, mas teve de ficar
mais três anos em filas de espera até conseguir tratamento. Marquinho não
andava, não conversava, não tinha amigos e era uma criança triste. Nenhuma
escola o aceitava: "Todas o rejeitavam e diziam 'seu filho não pode estudar com as crianças normais".
Foi aos cinco anos de idade
que um mundo novo se abriu para ele: sua mãe foi aconselhada a procurar
atendimento especializado para crianças cegas na Fundação Dorina Nowill para
Cegos. De lá para cá, Marquinho vem à instituição toda semana. Está sendo alfabetizado, já consegue ler e
escrever em braille e começou a andar. Segundo Edni Silva, pedagoga da
Fundação Dorina, em breve Marquinho será preparado para o uso da bengala longa,
o que vai garantir sua independência na locomoção.
Marquinho acabou a 2ª série
do Ensino Fundamental, passou a conversar e já lê bastante. Hoje em dia, se
sente mais seguro. "Antes ele
chorava demais quando as pessoas falavam que ele não conseguia fazer nada
direito", desabafa a mãe. "Muitas vezes eu perdi as minhas
forças e acabei chorando junto. Mas agora ele descobriu que pode fazer tudo o que
os amiguinhos fazem. Meu filho hoje é
uma criança feliz!"
A Fundação Dorina
Nowill para Cegos em seus quase 67 anos de existência, colaborou com a melhoria
de vida de milhares de pessoas com cegas e com baixa visão, por meio do acesso
à educação e a cultura. A instituição oferece programas de clínica de visão
subnormal, educação especial, reabilitação e empregabilidade, além de produzir
e distribuir livros braille, falados e digitais acessíveis.
A instituição tem orgulho de trabalhar com
respeito, ética, perseverança e dedicação para ajudar a iluminar com a
reabilitação e livros acessíveis, o caminho das milhares de pessoas com
deficiência visual que passam por seus programas a cada ano. Renascimento e
Transformação são as palavras que expressam melhor essas vidas. Mas o mais importante é que toda a
sociedade perceba que na vida há muita coisa para ser feita, mesmo sem enxergar.
http://www.fundacaodorina.org.br/
Piso para cegos acaba em muro em avenida da zona oeste de São Paulo
Pessoal, vejam abaixo o absurdo ocorrido em São Paulo, conforme noticiou o Uol:
Camila Neumam
Do UOL, em São Paulo
Camila Neumam
Do UOL, em São Paulo
Piso tátil para cegos feito na calçada da avenida Faria Lima, altura do número 1.478, acaba em um muro
Um trecho do piso tátil para cegos feito recentemente na avenida Faria Lima, na zona oeste de São Paulo, leva de maneira inesperada o pedestre para um muro, em vez de conduzi-lo para a rampa de acesso ao semáforo. As calçadas recém-reformadas da avenida passaram a contar no mês passado com os pisos vermelhos feitos com riscos em relevo que auxiliam na locomoção dos cegos, conhecido como piso tátil direcional.
No entanto, no trecho que envolve o cruzamento da avenida Faria Lima com a avenida Eusébio Matoso, o cego que circular pelo piso tátil terminará se deparando com uma mureta e uma moita, sem qualquer mudança no piso que o certifique de que terá um obstáculo. Essa alteração faz parte das normas para a construção desse tipo de piso.
Em outros trechos da Faria Lima pode-se observar que quase todos os pisos levam o pedestre cego às rampas de acesso aos semáforos. Assim, ele tem tempo de se situar e poder perguntar para alguém se o sinal está verde ou vermelho e atravessar para seguir em frente.
Desvio necessário
Segundo João Felippe, professor de orientação e mobilidade da Laramara (Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual), deveria haver algum desvio que impedisse o cego de bater no muro e que o levasse ao lado do semáforo. Curiosamente, a mureta se encontra no lado oposto.
"O que geralmente a gente indica é que o piso de acesso não entre em contato com nenhum obstáculo. Como ele está caminhando para uma parede, se tiver possibilidade, deveria se fazer o desvio dessa mureta. Agora, se não tiver espaço, deveria ter colocado um piso de alerta um pouco antes, para ele saber que algo de diferente vai acontecer", disse Felippe.
Veja detalhe do piso X muro
Piso termina em muro, sem oferecer desvio ou outra sinalização tátil para descobrir obstáculo
O piso de alerta, também conhecido como piso braile, é uma faixa de 50 cm, feita com bolas em relevo, fáceis de perceber com a bengala e mesmo com os pés. Elas aparecem também em rampas usadas para cadeirantes. O piso riscado que aparece na foto é chamado piso direcional.
Outra opção neste caso, segundo Felippe, seria criar um desvio para o lado da rampa de acesso ao semáforo, em vez de ter terminado o piso no próprio muro.
"Esse piso direcional deveria ser desviado na calçada para outro ponto. Se ele [o cego] tiver usando adequadamente a bengala, pode tocar na mureta e desviar. Mas já que existe passagem para um dos lados, deveria ter o desvio para lá", afirma.
Eliana Cunha Lima, gerente de serviços especializados da Fundação Dorina Nowill para Cegos, concorda que há problemas no piso. Para ela, a obra foi feita de ‘forma inadequada’.
"Só conseguimos tornar adequado a instalação de um piso tátil se houver análise de vários fatores que vão desde a escolha do material e medidas que devem obedecer as normas da ABNT até e principalmente abranger a necessidade real de instalação em um determinado local, tendo em conta as demandas da população que irá utilizá-lo", disse em nota.
Para Lima, mais do que obedecer a normas de acessibilidade em vigência, o fundamental na escolha dos locais de instalação dos pisos táteis é levar em conta a rotina de deslocamento das pessoas cegas e com baixa visão.
"O nosso foco deve ser sempre a pessoa que utilizará os recursos e não somente o cumprimento de normatizações legais", reitera.
Outro lado
A subprefeitura de Pinheiros, responsável pela obra, disse que a solução adotada para o piso tátil instalado no trecho ‘está em conformidade com as referências dispostas na ABNT NBR9050:2004’.
"Para o referido trecho, onde a calçada possui curvatura à direita e grande quantidade de tampas de concessionárias junto ao pavimento, optou-se por levar o piso direcional a uma guia de balizamento, de forma que o pedestre possa caminhar com segurança até a travessia. Esclarecemos que a guia de balizamento, construída junto ao canteiro, tem a função de orientar o percurso do usuário na calçada. A função do piso direcional só pode ser plena se este conduzir o pedestre a um caminho livre de interferências", disse em nota.
Entre 2009 e 2012, a prefeitura já reformou mais de 545 mil m² de passeios públicos e rotas nas avenidas Paulista, Santo Amaro e Faria Lima, onde ‘foram implantadas medidas de acessibilidade’, segundo informações da subprefeitura de Pinheiros.
Nesta quinta-feira (13), é celebrado em todo o país o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual. Dados do Censo 2010, o mais recente divulgado sobre o tema, mostrou que a deficiência visual é o tipo mais comum de deficiência no Brasil, atingindo 35,8 milhões de pessoas com dificuldade para enxergar (18,8%), mesmo de óculos ou lentes de contato.
A deficiência visual severa (pessoas que declararam ter grande dificuldade de enxergar ou que não conseguiam de modo algum) atinge 6,6 milhões de pessoas, sendo que 506,3 mil são cegas (0,3%), segundo dados do levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Três de Dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, estabelecido pela ONU em 1992, completa 20 anos
Na data de 03 de dezembro comemora-se o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Esse marco foi definido na 37ª Sessão Plenária Especial sobre Deficiência da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, realizada em 14 de outubro de 1992, em comemoração ao término da “Década da Pessoa Deficiente”, estabelecida de 1982 a 1992.
Em 2012, portanto, completa-se 20 anos que a ONU estabeleceu o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
A data escolhida coincide com o dia da adoção do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência pela Assembleia Geral da ONU, em 1982.
As entidades mundiais atuantes na defesa dos direitos e protagonismo do segmento esperam que com a criação do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência todos os países passem a comemorar a data, gerando conscientização, compromisso e ações que transformem a situação em todo o mundo.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Entenda o que é capacitismo!
por Adriana
Defino o capacitismo como a concepção presente no social que
tende a pensar as pessoas com deficiência como não iguais, menos humanas, menos
aptas ou não capazes para gerir a próprias vidas, sem autonomia, dependentes,
desamparadas, assexuadas, condenadas a uma vida eternamente economicamente
dependentes, não aceitáveis em suas imagens sociais, menos humanas.
São algumas características: há sempre uma boa dose de
paternalismo, que tolera que os elementos dominantes de uma sociedade expressem
profundo e sincera simpatia pelos membros com deficiência, enquanto, ao mesmo
tempo, sustente-os numa acondicionamento de subordinação social e econômica.
Os dominantes serão os protetores, guias, líderes, modelos, e
intermediários para pessoas com deficiência. Estes últimos, os desamparados,
dependentes, assexuadas, economicamente improdutivos, fisicamente limitados,
imaturos emocionalmente, e aceitáveis apenas quando eles são discretos (Hahn,
1986, p.130).
Segundo Fiona Kumari Campbell o capacitismo, que está para o
segmento da pessoa com deficiência o que o racismo significa para os afrodescendentes
ou o machismo para as mulheres, pode ser associado com a produção de poder, e
se relaciona com a temática do corpo e por uma ideia padrão corporal perfeita.
É um neologismo que sugere um afastamento da capacidade, da aptidão, pela
deficiência. A tradução para o português, segundo Anahi Guedes Mello, deve
seguir o espanhol e o português de Portugal orientar-se para o capacitismo.
O Trabalho de Jones (1972, 172) adicionou uma informação
importante, a respeito do racismo argumentando que as relações baseadas na raça
são estruturadas: «Com o apoio intencional ou não intencional de toda a
cultura”. Isto é fundamental para os estudos do capacitismo, pois, como Richard
Delgado (2000) denunciou a situação dos membros de minorias raciais é
semelhante ao que vivem as pessoas com deficiência. O mesmo foi discutido por
Adriana Dias em Raça e Deficiência: quando o feminino é marcado por
discriminações múltiplas, o racismo se soma ao capacitismo para gerar
isolamentos vários, estigmas sobrepostos.
“O sofrimento, agravado por uma consciência de incurabilidade
tende a deixar o indivíduo ainda mais consciente de sua solidão”. (Cox 1948,
apud Delgado 2000, 132) Neste sentido, o capacitismo é profundamente subliminar
e embutido dentro da produção simbólica social.
Faz parte de uma ‘grande narrativa’, uma concepção
universalizada e sistematizada de opressão sobre o conceito da deficiência.
Campbell (2001, 44) sustentou que capacitismo (ableism), é: “uma rede de
crenças, processos e práticas que produza um tipo particular de compreensão de
si e do corpo (o padrão corporal), que se projeta como o perfeito, o que seria
o típico da espécie e, portanto, essencial e totalmente humano. Deficiência é,
assim disseminada como um estado diminuído do ser humano. Essa crença deve ser
combatida.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Aumento de crianças com necessidades especiais (crianças com deficiência) na rede pública expõe carências e preconceitos
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – De 2003 para 2011, o número de alunos com deficiência
ou doenças crônicas, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação cresceu 164%. Segundo o Ministério da Educação, em
2003, 28% dos alunos que precisavam da educação especial estudavam em classes
comuns e o restante, em classes especiais. Em 2007, o percentual desses alunos
incluídos nas classes regulares passou para 54% e, no ano passado, para 74%,
com 752 mil estudantes inscritos.
O número de escolas de educação básica com matrículas de estudantes que
precisavam da educação especial cresceu 615%. Para pedagogos e especialistas, o
aumento reflete a maior inclusão de grande parte desse grupo no ambiente
escolar. Antes, esses estudantes viviam confinados em casa ou em escolas
especiais. A chegada desses alunos na rede pública também revela as carências e
preconceitos de quem lida com esse público.
A pedagoga Glória Fonseca Pinto trabalha com crianças e adolescentes com
doenças crônicas e deficientes há mais de dez anos no Rio de Janeiro. Segundo
ela, para incluir esse grupo na escola não basta apenas a matrícula. “O sistema
precisa se preparar melhor para acolher essas crianças com mais qualidade. As
escolas precisam entender que precisam se adaptar a essas crianças e não o
contrário. Existem muitos exemplos [bem-sucedidos] de crianças com
comprometimentos que conseguem se formar e ganhar muita independência”.
Ela lamentou o fato de diversas escolas ainda recusarem esse estudantes.
“A criança especial pode e deve frequentar uma escola regular, mas infelizmente
não é toda a escola que a aceita por não ter currículo, [não dispor de] rampa e
de material humano. Mas não existe receita de bolo e as escolas precisam se
predispor a aceitar essas crianças”.
No Rio de Janeiro, em um ano, esse grupo de estudantes aumentou 15% na
rede estadual, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), com 3
mil alunos da educação especial no universo de 1 milhão de inscritos na rede
estadual.
Para a professora Márcia Madureira, da equipe da Coordenação de Inclusão
Educacional da Seeduc, o incremento na entrada dessas crianças e adolescente
reflete um movimento de inclusão por parte da rede de ensino, mas traz enormes
desafios. “O aumento do fluxo é um bom sinal e são muitos os desafios, mas
estamos tentando ampliar os serviços para atender a essa demanda, como
transformar todas as escolas acessíveis para cadeirantes”.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, 3.564 alunos com deficiência
ou doenças crônicas foram inscritos na rede estadual de ensino no 1º semestre
de 2012. São aproximadamente 200 Salas de Recursos que oferecem Atendimento
Educacional Especializado (AEE) aos alunos com necessidades especiais e cerca
de 150 profissionais atuam nestas salas.
Para a coordenadora do Núcleo de Apoio a Projetos Educacionais e
Culturais, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do
Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Magdalena Oliveira, as escolas do
país não estão estruturadas para receber as crianças e adolescentes com
deficiência. “Com cerca de 40 alunos, é óbvio que a professora não terá
estrutura para atender essa criança com deficiência. Uma escola capaz de
receber uma criança com deficiências deveria ter uma fisioterapeuta motora, uma
fisioterapeuta respiratória, uma fonoaudióloga, uma psicomotricista, uma
terapeuta ocupacional, além de um psicólogo para poder dar apoio ao corpo
docente e às crianças”.
Magdalena ressaltou que a exclusão dessas crianças e adolescentes do
ambiente escolar prejudica seu desenvolvimento, pois ficam isoladas do convívio
social. “A escola é o único lugar onde a gente começa a vida tendo que dar
conta de ter que conviver com os amigos, aguentar a pressão dos professores e
dos amigos. Isso dá para a criança uma independência e uma maturidade emocional
que a gente enquanto mãe não consegue dar”. A pedagoga lembrou que a
convivência das outras crianças com esse grupo também é frutífera, pois
fortalece o respeito às diferenças.
Edição: Tereza
Barbosa
Fonte: Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Curso Inclusão da Pessoa com Deficiência no ambiente escolar e social
Olá pessoal, estou administrando um novo curso em mais um espaço educacional, confiram abaixo:
Autor e Professor: Ariovaldo Vieira da Silva
Descrição e Objetivos
A inclusão de pessoas com deficiência
nos diversos ambientes sociais tem sido o desafio da sociedade atual. As
pessoas com deficiência não aceitam mais serem aceitas no meio social, elas
querem igualdade de acesso e oportunidade, assim poderão exercer sua cidadania
com autonomia e independência.
Embora as experiências pioneiras em
inclusão tenham sido feitas na segunda metade dos anos 80, foi no início da
década de 90 que o mundo da educação tomou conhecimento de um novo caminho para
uma relação social baseada na qualidade e verdadeiramente aberta para todas as
pessoas.
Esse caminho, conhecido como inclusão,
difere substancialmente das formas antigas de inserção social de pessoas com
deficiência e/ou com outros tipos de condições atípicas, no sentido de que a
inclusão requer mudanças na perspectiva pela qual a sociedade deve ser
entendida.
Naturalmente que qualquer mudança
social requer a participação escolar no movimento em que se atua e por isso não
podemos propor a ideia sem passar pelo debate educativo.
O objetivo principal do curso é
conduzir o aluno para esse universo, fazê-lo entender que a diversidade humana
está presente em todas as relações sociais e assim devemos preparar a sociedade
para todos. Nesse contexto o curso em tela age como facilitador do processo,
dando aos alunos subsídios textuais, legais e sociais para que eles possam
compreender o dinamismo da inclusão.
Público
Psicólogos, psicopedagogos, educadores, pedagogos,
coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, diretores de escola,
pais, estudantes de licenciaturas e pedagogia, administradores, empregadores,
gestores de Rh e demais profissionais interessados em aprimorar seus
conhecimentos sobre o assunto.
Conteúdo Programático – 100 horas
Módulo 01 - Processo histórico das pessoas com deficiência e quem são as pessoas com
deficiência – 20 horas.
Neste módulo vamos estudar o processo
histórico da Pessoa com Deficiência inserida no contexto social. O estudo vai
nos permitir entender a dinâmica da exclusão e como a sociedade pode inserir um
novo modelo de relações sociais, baseada no respeito a diversidade.
Além disso, vamos abordar a
terminologia correta a ser usada para se referir a pessoa com deficiência, sob
a ótica da lei. O uso do termo correto é fundamental para que todos possam se
relacionar com afetividade e igualdade.
Módulo 02 - Direitos das pessoas com deficiência, Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência, Tecnologias Assistivas, Desenho Universal e conceitos
sobre acessibilidade – 20 horas.
O reconhecimento dos direitos das
pessoas com deficiência constitui importante conquista desse segmento da
sociedade. Os direitos são colocados não como privilégios, mas como forma de
equiparar acessos, oportunidades e melhores condições de exercer a plena
cidadania. Serão feitas abordagens sobre o pacto internacional que culminou na
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU.
Tecnologia Assistiva é um termo ainda
novo, utilizado para identificar todo o arsenal de
Recursos e Serviços que contribuem
para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência
e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão. É
também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços,
estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas
encontrados pelos indivíduos com deficiências”.
Como condição precípua para o exercício
desses direitos, é importante conceituar o Desenho Universal como prática a ser
implantada nas edificações, comunicações e acessos de qualquer natureza e para
isso conhecer o conceito universal de acessibilidade é fundamental.
Módulo
04 - Alunos
com deficiência no Ensino Regular e Audiolivro – 20 horas.
Módulo 05 - Pessoas com deficiência e o mercado
de trabalho – 20 horas.
O objetivo principal deste módulo e
realizar o fechamento do curso levando o aluno a refletir sobre a importância
da inclusão na vida da pessoa com deficiência, possibilitando a ela a
oportunidade de trabalhar e garantir seu sustento próprio e da sua família. É fundamental
abordar a Lei de Cotas e como esse processo modifica a vida da pessoa e da
sociedade. Pelo trabalho, a pessoa com deficiência deixa de receber benefícios
sociais e passa a ser sujeito da sua própria história.
Autoria -
Coordenação e Tutoria
Ariovaldo Vieira da Silva
Gestor em Educação da Prefeitura de São Paulo
desenvolve projetos de educação para crianças com deficiência através de
atividades educacionais na modalidade a distância, em especial cursos de
Inclusão de pessoas com deficiência no âmbito escolar e social. Como tutor
também faz tutoria em cursos de Sustentabilidade, todos eles promovidos pela
Cia. Engenharia de Tráfego de São Paulo. Advogado e sociólogo considera que ser
educador foi sua melhor opção. http://lattes.cnpq.br/0163276791458674 e http://arivieiracet.blogspot.com.br
Carga Horária e
Horário do curso
A carga horária estimada para
esse curso é de 100 horas/aula,
divididas entre estudos e interação online e pesquisas off-line.
O horário de estudos é
estabelecido pelo próprio participante, de acordo com sua disponibilidade.
Diferenciais
Disponibilizamos um suporte técnico por e-mail,
telefone, skype e dentro do curso no “plantão tira-dúvidas” para auxiliar os
inscritos na navegação.
Todos os inscritos terão acesso ao vídeo do Manual do Aluno, de fácil entendimento, para
conhecer e utilizar todas as ferramentas disponíveis na plataforma de ensino a
distância da GPEC Forma EAD.
Ter certa disciplina e motivação (essenciais para estudar a distância).
Computador com acesso a internet. É necessário ao
inscrito saber navegar pela internet, fazer download de arquivos e enviar
e-mail. Temos também fóruns de discussão e chats dentro do curso onde estas
ferramentas serão muito utilizadas.
Não há encontros presenciais, assim o
curso permite que todos estudem em seus dias e horários mais convenientes.
Avaliação e Certificação
O
curso possui uma série de atividades avaliativas propostas como:
1.
Realização de atividades interativas de acompanhamento;
2.
Reflexão das leituras complementares e vídeos indicados;
3.
Atividades de auto-avaliação da unidade didática;
4.
Participação nas listas e no fórum de discussão (A avaliação dessa participação
será feita em função do conteúdo e da relevância das mensagens).
O resultado das avaliações será expresso em porcentagem, em escala de 0 a 100%. Os alunos que conquistarem 75% das metas do curso, obterão a certificação. Todas as atividades serão realizadas on-line.
O resultado das avaliações será expresso em porcentagem, em escala de 0 a 100%. Os alunos que conquistarem 75% das metas do curso, obterão a certificação. Todas as atividades serão realizadas on-line.
Após conquistar 75% das metas do
curso, o participante receberá por e-mail seu certificado digital, registrado
internamente pela GPEC e enviado por e-mail. O participante poderá imprimir seu
certificado na sua própria impressora. Neste certificado constará: nome do
curso, nome do participante, carga horária, assinatura digitalizada do(a)
professor(a) do curso, dados da instituição GPEC (CNPJ, endereço), e o código
de registro do certificado.
Caso o participante queira solicitar um certificado
impresso, este será enviado por correio, mediante pagamento de uma taxa de
impressão e postagem. Este certificado será impresso em papel especial, terá
todos os itens do certificado digital acima citados e mais outros itens como:
conteúdo programático, carimbo da empresa, selo da ABED e selo de
autenticidade.
Os cursos online oferecidos pela Gpec estão classificados como cursos
livres de atualização, aprimoramento, qualificação
profissional e pessoal sob a perspectiva de Educação Continuada.
Os
certificados tem validade para fins curriculares e em provas de títulos, respeitando
a carga horária descrita.
Valor
Este curso possui um investimento total
de R$ 110,00 (Cento e Dez Reais)
Formas de Inscrição
e Pagamento
Temos
três opções de inscrição e pagamento:
1- Parcelado no cartão de crédito (Cartão
VISA - MASTER, Dinners, Hipercard, Aura e American Express)
2- À vista através de pagamento
on-line ou Boleto Bancário
O
pagamento é realizado através do PagSeguro, que aceita cartões de crédito,
débito automático em conta ou boleto bancário. Esse tipo de pagamento é
totalmente seguro, garantido pela UOL.
Você encontrará um banner do Pag Seguro. Clique no
banner : Pagar com Pag Seguro
. Abrirá uma janela de formulário.
Após digitar o Cep, clique em ok, pois automaticamente aparecerá o seu
endereço e as opções de pagamento para realizar a sua inscrição.
A sua inscrição será efetivada e as
instruções de acesso enviadas por e-mail, após a confirmação de pagamento.
Os seus dados serão mantidos em sigilo absoluto e
não ficarão à disposição da nossa empresa, apenas da PagSeguro.
O pagamento realizado pelo PagSeguro é rápido,
simples e super-seguro. Assim que efetuar o pagamento você receberá o
comprovante da ordem de serviço por e-mail.
3 - Envio por e-mail de
Boleto Bancário da Caixa Econômica em até duas
vezes sem juros com seus dados para pagamento (para esta opção, você deverá enviar por e-mail: Nome
completo, Endereço completo com CEP).
Atenciosamente
Equipe GPEC
“ Pouco a
pouco.....transformando a educação”
GPEC FORMA - GRUPO
DE PRODUÇÃO EM EDUCAÇÃO & CULTURA LTDA
Tel. 11 - 3782-0635
São Paulo - SP
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
IBGE: 67,5% dos municípios têm políticas de acessibilidade a espaços públicos
No
Brasil, em 2011, 3.759 municípios (67,5% do total) possuíam algum tipo de
intervenção na área dos direitos das pessoas com deficiência. As principais
intervenções municipais foram: garantia ou melhoria de acessibilidade a espaços
públicos de esporte e lazer, em 2.297 municípios (61,1% dos municípios com
políticas para pessoas com deficiência); distribuição de órteses e próteses, em
1.911 municípios (50,8%); geração de trabalho e renda ou inserção no mercado de
trabalho, em 1.349 municípios (25,9%); garantia ou melhoria de acessibilidade
do transporte público, em 1.013 municípios (26,9%).
Destaca-se
que apenas 97 municípios possuíam legislação que assegurasse o ingresso de
cão-guia em espaços cultural, artístico e desportivo, segundo a Pesquisa de
Informações Básicas Municipais – Perfil dos Municípios (Munic) de 2011,
divulgada hoje pelo IBGE.
Em
relação aos itens de acessibilidade existentes no prédio das prefeituras, quase
a metade dos municípios (42,6%) não possuía qualquer item de acessibilidade.
Apenas 290 prefeituras (5,2% do total) permitiam acesso a pessoas acompanhadas
de cão-guia e 219 (3,9% do total) sedes possuíam piso tátil. Ressalta-se ainda
que a falta de itens de acessibilidade não era compensada por um atendimento
pessoal especializado aos deficientes: somente 316 municípios declararam
possuir pessoas capacitadas para tal atendimento.
Fonte: Jornal do Brasil
sábado, 17 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Inclusão das Pessoas com Deficiência é uma Obrigação do Estado Brasileiro
Izabel Maior e Fábio Meirelles.
O tema da igualdade de oportunidades e não
discriminação das pessoas com deficiência está surgindo cada vez com mais
ressonância nos debates políticos, dentro e fora do movimento social, no âmbito
dos poderes executivo, legislativo e judiciário, nas agremiações partidárias,
nos sindicatos patronais e de trabalhadores.
Não foi assim por muito tempo, pois a
invisibilidade desse grande contingente de pessoas se perpetuava nos discursos
superficiais e que se aproximavam do obsoleto paradigma do assistencialismo e
do modelo que reduz as ações da política pública ao setor saúde em se tratando
de pessoas com deficiência.
Confundidas com permanentes ‘pacientes’, passivos,
sem voz, sem autonomia e sem direitos, cada pessoa vivia a sua história de
discriminação e preconceito de forma isolada, sem saber que era tão titular de
direitos e de deveres como todo e qualquer cidadão. Na virada de 1979 para os
anos 1980, nasce no país a consciência de movimento político das pessoas com
deficiência.
O processo ganha fôlego com a adoção do Ano
Internacional da Pessoa Deficiente, instituído pela ONU e celebrado nos países
do ocidente, entre eles o Brasil, em 1981. A luta cresce e ganha mais espaço
entre as reivindicações sociais, ainda de forma incipiente, sem organização e
representatividade próprias, sem força de protagonistas, mas com uma imensa
capacidade de dizer não à tutela e ao paternalismo.
Não se conseguem programas, ações e orçamento
públicos sem críticas e sem demandas políticas. É sabido que a crítica que tem
legitimidade vem da sociedade organizada em movimentos chamados de ‘minorias
marginalizadas’. A partir deles surgem democraticamente as demandas reais, que
reclamam, mas que no futuro não se olvidam dos avanços conquistados com
programas e investimentos sérios e efetivos tanto no campo normativo como na
praxe inovadora.
Nessa direção, a ampliação da participação surge
recentemente como ‘novo sentido da democracia’. Protestos e movimentos
articulados pautam novas formas e mecanismos de democratização da gestão e do
processo decisório.
Definições
de Democracia.
As 37 formas de democracia listadas na Wikipédia
são basicamente variações sobre o mesmo tema: eleitores votam diretamente nas
questões que lhes interessam, como na Grécia, ou votam em representantes que
vão administrar e decidir por eles, como no Brasil.
Nessa perspectiva, a distinção mais importante
acontece entre democracia direta (algumas vezes chamada ‘democracia pura’),
onde o povo expressa a sua vontade por voto direto em cada assunto particular,
e a democracia representativa (algumas vezes chamada ‘democracia indireta’),
onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam
decisões em nome daqueles que os elegeram.
Ainda para a Wikipédia, democracia seria um regime
de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os
cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos -
forma mais usual. Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou
parlamentarista, republicano ou monárquico. A democracia se oporia ‘à ditadura
e ao totalitarismo, onde o poder reside numa elite auto-eleita’.
Ampliação
das Formas de Participação.
Ampliação dos horizontes da democracia, reflexões
sobre multiculturalismo, exercício diário da cidadania: esses e outros temas
ganham visibilidade. Cria-se um ambiente de efervescência participativa; a
urgência e necessidade de novas dinâmicas e caminhos aparecem como angústia. Se
faz necessário oxigenar e dar qualidade ao exercício da democracia.
Nesse novo processo, quer-se participar das
decisões; quer-se formular, fiscalizar, acompanhar a execução; quer-se decidir
sobre conteúdo e valores de orçamento. Surgem dinâmicas formais e informais:
grupos, movimentos, fóruns. Propõe-se uma governança democrática de gestão.
A cultura participativa torna-se importante para a
formação de sujeitos ativos, inventivos, capazes de mover a sociedade para
alternativas sócio-políticas inovadoras. A cultura participativa pode ainda
assegurar a continuidade de projetos significativos para a sociedade, a
moralização da coisa pública, a gestão transparente e ética, a formação de
comunidades vigilantes dos direitos conquistados; além disso, assume papel
fundamental para o enraizamento e valorização do sentimento de pertencimento à
localidade.
Audiências públicas, criação de conselhos de
política, conselhos temáticos, realização de conferências: a partir da década
de 1980 são criados canais que ampliam a participação dos cidadãos. No Brasil,
a Constituição de 1988 traz inovações institucionais: referendos, plebiscitos,
iniciativas populares de lei, várias propostas e variáveis expandem o escopo da
soberania popular.
Esses canais de participação têm, entre seus
objetivos, descentralizar o poder de definição dos eixos da política pública,
estabelecer um processo democrático e transparente de governança, estimular a
auto-organização social e discutir orçamento/uso do dinheiro público junto à
população.
Cenário
Ideal.
Num cenário ideal participativo, os cidadãos se
tornariam agentes multiplicadores da governança democrática; conselheiros
buscariam formação para adquirir capacidades técnicas para entender os
mecanismos burocráticos da gestão pública, para definir propostas e ações e
reforçar a autonomia dos movimentos sociais. Esses mecanismos institucionais de
participação devem descentralizar suas ações nos territórios e dar capilaridade
às políticas, convergindo para uma atuação integrada.
Para esse cenário participativo, os órgãos de
gestão das políticas públicas devem ser dinâmicos para impulsioná-las; a
cultura administrativa e operacional deve permitir a liberdade de debate e
diferença de opiniões; os gestores devem romper com a política do ‘medo’ à
democracia, romper com a centralização em órgãos e pessoas. A ‘máquina’ deve
estar preparada ou ter disponibilidade para uma ação compartilhada com atores,
parceiros e mercados diferenciados. Deve-se dar lugar a um tempo cada vez mais
dinâmico, ágil e criativo.
É necessário articular o local, o nacional e o
global, combatendo paradigmas estáticos e fechados de governança. O local é o
terreno fundamental da vitalidade participativa, mas nunca se pode esquecer que
bairros, municípios e estados estão inseridos num planeta com seus desafios
essenciais para os países e regiões.
A teoria participativa, que avança numa governança
democrática, deve buscar sempre a ampliação do direito à cidadania, deve sempre
buscar a mudança na estrutura de produção, deve humanizar as relações e os
processos, deve estimular a criatividade política, a tecnologia, a indústria, o
comércio, a educação, as artes e o desenvolvimento social e comunitário.
Deve-se sempre buscar o controle da gestão pública, deve-se avaliar as ações,
deve-se reconhecer as diferenças entre pessoas e grupos. Estabelecer ética na
política e transformar o cidadão em protagonista.
Participação
Social no Tema Pessoas com Deficiência.
As conferências nacionais foram instituídas para
introduzir na política pública social conteúdos originários do exercício da
democracia participativa - o dialogar direto entre governo e grupos sociais.
A I Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência, em 2006, aprofundou a divulgação e trabalhou sob o lema
‘Acessibilidade, você também tem compromisso’ e lançou a campanha
‘Acessibilidade - siga essa ideia’. A segunda edição da Conferência Nacional,
em 2008, escolheu o lema ‘Inclusão, Desenvolvimento e Participação: um novo
jeito de avançar’, quando foram debatidos a Agenda Social e o Compromisso pela
Inclusão das Pessoas com Deficiência, instrumento do pacto federativo em favor
da inserção social das pessoas com deficiência em regime de cooperação.
As conferências e os encontros nacionais de conselhos
realizados em 2003, 2004 e 2007 são parcerias do Conselho Nacional dos Direitos
da Pessoa com Deficiência - CONADE e da Subsecretaria Nacional de Promoção dos
Direitos da Pessoa com Deficiência, a anterior CORDE, ambos da estrutura da
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
A exemplo das conferências, as consultas públicas
feitas pelo governo federal também deram destaque ao protagonismo das pessoas
com deficiência, modificando a maneira de fazer decretos e normas, bem como de
elaborar programas e ações. Desse modo, as pessoas com deficiência são
co-autoras dos decretos federais: da acessibilidade (Decreto n° 5.296/2004), da
difusão da Língua Brasileira de Sinais – Libras (Decreto n° 5.626/2005) e do
uso de cão-guia (Decreto n° 5.904/2006).
Educação,
Trabalho/Emprego, Saúde e Assistência.
O Decreto n° 6.571 foi um marco no ano de 2008,
introduzindo o atendimento educacional especializado na perspectiva da educação
inclusiva, com financiamento federal para ações de acessibilidade nas escolas,
sala de recursos multifuncionais e capacitação de professores, entre outras
iniciativas.
O orçamento para a educação especial, a partir de
2003, foi triplicado, e o Ministério da Educação alcança investimentos em 2010
de quase R$150 milhões na implementação da Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
De 2007 a 2009 foi disponibilizado um total de
14.925 salas de recursos multifuncionais, foram adequados 12.596 prédios
escolares para a acessibilidade aos alunos com deficiência e foram formados
31.097 professores, com investimento de R$ 7,9 milhões.
Com relação à empregabilidade e inclusão de pessoas
com deficiência no mercado de trabalho, a reserva de cotas está em conformidade
com o dispositivo da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com
Deficiência – Art. 27, item 1, alínea h: ‘Promover o emprego das pessoas com
deficiência no setor privado, mediante políticas e medidas apropriadas, que
poderão incluir programas de ação afirmativa, incentivos e outras medidas’. O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tem impulsionado ações estratégicas de
combate à discriminação no emprego e na ocupação, inserindo-se no esforço de
governo e sociedade para promover a cidadania com respeito aos direitos
fundamentais e à diversidade das relações humanas.
No período de 2005 a 2010 foram 112.709
trabalhadores com deficiência inseridos no mercado de trabalho mediante ação
fiscal. Além disso, o MTE procura as empresas que ainda não integralizaram a
cota legal, dando a alternativa de inserir aprendizes com deficiência, por um
período máximo de dois anos, quando então serão contratados como trabalhadores
definitivos. A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2007 apresentava
um dado total de 111.644 aprendizes, sendo apenas 230 pessoas com deficiência;
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em março de
2010, totalizaram 174.514 aprendizes, sendo 1.036 aprendizes com deficiência,
um aumento substancial de 450% em três anos na contratação de aprendizes com
deficiência.
Já a Política Nacional de Saúde da Pessoa com
Deficiência foi instituída pela Portaria MS/GM nº 1.060, de 5 de junho de 2002,
tendo como principais objetivos a atenção e a reabilitação da pessoa com
deficiência no Sistema Único de Saúde (SUS). A constituição das Redes de
Serviços de Reabilitação tem sido ação prioritária do Ministério da Saúde,
seguindo as diretrizes de descentralização, co-gestão, e financiamento
compartilhado. As pessoas com deficiência são público do Programa de Saúde da Família
e agentes comunitários de saúde, além de serem atendidas nas redes de maior
complexidade.
A produção total de procedimentos dos mais de 1.300
Serviços de Reabilitação (física, auditiva, visual e intelectual), em 2009,
apresentou a frequência (com atendimento por equipe multiprofissional) de 17,4
milhões de procedimentos, com recursos da ordem de 334 milhões de reais. A
produção total quanto à concessão de órteses e próteses (ortopédicas,
auditivas, recursos ópticos e bolsas de ostomia), apresentou frequência de 3
milhões de procedimentos, no valor de 223 milhões de reais.
O Benefício de Prestação Continuada da Assistência
Social (BPC) assegurou, já em maio de 2010, uma renda mensal a 1.688.881
pessoas com deficiência e a 1.572.743 idosos, o que equivale a um montante de
R$ 8,19 bilhões repassados. Para além da contribuição do BPC na redução de 9%
do índice de desigualdade de renda no país, cabe destacar os avanços do
Programa BPC na Escola, instituído pela Portaria Interministerial
MDS/MEC/MS/SEDH nº 18, de 24 de abril de 2007, em sintonia com o do Programa de
Inclusão das Pessoas com Deficiência da Agenda Social do Governo Federal.
O Programa BPC na Escola possibilitou o engajamento
de 2.622 municípios brasileiros e do Distrito Federal em ações intersetoriais
para que aconteça a promoção do acesso e permanência na escola de 232 mil
beneficiários do BPC, na faixa etária até 18 anos, fortalecendo o
acompanhamento desses beneficiários, propiciando que sejam alcançáveis pelas
políticas públicas de assistência social, educação, saúde e direitos humanos.
Sensibilização:
Instrumento de Educação em Direitos Humanos.
A sociedade tem o poder de contribuir para o
alcance da inclusão, processo subversivo do paradigma de integração.
Entretanto, para que seu desempenho seja de facilitador da transformação, cabe
ao poder público realizar e veicular campanhas educativas. A então
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência -
CORDE, da Secretaria de Direitos Humanos, lançou e veiculou em 2009 e 2010, a
campanha ‘Iguais na Diferença, pela Inclusão das Pessoas com Deficiência’,
embalada pela música ‘Condição’, de Lulu Santos, no rádio, em revistas, na
televisão e, ineditamente, como publicidade de utilidade pública do governo
federal no Youtube.
Essa peça publicitária também inovou ao trazer os
recursos de acessibilidade à comunicação - legenda, janela com intérprete de
Libras (Língua Brasileira de Sinais, oficial desde 2002) e audiodescrição
(segundo canal de áudio com a narrativa das cenas). Esse vídeo foi premiado
(Menção Honrosa no Festival de Gramado de Publicidade 2009) e já se tornou um
poderoso instrumento de educação em direitos humanos e de demonstração prática
de acessibilidade.
Essas mudanças estão acontecendo devido ao aporte
de recursos orçamentários dos diversos ministérios, com participação importante
dos de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Educação, Saúde, Cidades,
Trabalho e Emprego, Ciência e Tecnologia, Esporte, Cultura e Turismo.
A lógica das ações integradas e transversais
potencializa resultados e impactos positivos para a vida das pessoas com
deficiência. É a caminhada real entre ter direitos e poder efetuá-los no
cotidiano, apesar da falta de muitas medidas necessárias para expandir as
oportunidades sem restrições de qualquer natureza.
Oportunidades
de Negócios, Produtos e Prestação de Informações das Ações Públicas
Governamentais.
As pessoas com deficiência no Brasil são eleitoras
politizadas e já demonstraram sua capacidade de exigir e consolidar direitos
humanos com foco nas especificidades que as tornam autônomas e independentes,
atuantes no mercado de trabalho e contribuintes do imposto de renda e outros
tributos que garantem o crescimento do país. Esse grupo também é consumidor de
tudo que há de trivial e sustenta o mercado de um conjunto de serviços e
produtos de tecnologia cada vez mais sofisticados e customizados.
A indústria nacional encara como oportunidades de
negócios o mercado consumidor formado pelas pessoas com deficiência auditiva,
visual, física, intelectual e múltipla. Para além de equipamentos de tratamento
de reabilitação, a onda de desenvolvimento chegou aos recursos educacionais e
aos usados no ambiente de trabalho, aos de informação e de comunicação, aos de
transportes coletivos e individuais, e também na moradia, cultura, turismo,
esporte, recreação e lazer.
Dados obtidos do balanço preliminar da IX Feira
Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (REATECH),
a quarta maior feira mundial de equipamentos e serviços, em sua nona edição em
2010, realizada na cidade de São Paulo, mostram que R$ 1,5 bilhão movimentou a
economia, principalmente com compra e venda de cadeira de rodas, de veículos e
de adaptações. O resultado é ainda uma novidade a ser assimilada pelos
empresários, mas houve a participação de 230 expositores e a feira recebeu
cerca de 45 mil visitantes.
A REATECH também vem cumprindo o papel de vitrine
de prestação de contas dos governos à sociedade. Desde 2004, a Secretaria de
Direitos Humanos, sob a coordenação da área da política de promoção dos
direitos da pessoa com deficiência, organizou em seu estande: exposição,
distribuição de material, principalmente publicações sobre direitos e cidadania
e, com a presença dos parceiros, prestação de informações a respeito dos
programas federais existentes. A cada ano, é maior o número de ministérios e
órgãos associados que se fazem presentes. Também cursos, seminários e
lançamentos de livros foram realizados pelo governo federal aproveitando a
grande presença do público.
Perspectivas
para o Século XXI.
As especificidades de cada tipo de deficiência não
perdem de vista, em momento algum, a consciência de que a conquista de novos
avanços depende, sobretudo, da produção de um discurso agregador de todos os
tipos de deficiência, o que leva a identificar a força e o potencial
transformador do movimento. Nesse sentido, a Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência e as Conferências Nacionais de Direitos das Pessoas com
Deficiência trouxeram um novo fôlego ao movimento.
A Convenção da ONU foi emblemática pela participação ativa de
organizações não governamentais na sua formulação, um importante resultado do
Cáucus Internacional sobre Deficiência, fórum de organizações não
governamentais que foram acreditadas junto à Organização das Nações Unidas, que
deu abertura à participação direta do público destinatário da Convenção de ter
voz e dialogar nas sessões paralelas com as representações oficiais. O lema
“Nada sobre nós sem nós” encontrou na elaboração do tratado de direitos humanos
do século XXI a sua expressão máxima, conferindo legitimidade ao texto.
Tratando do assunto no plano nacional, a conquista
da ratificação com equivalência constitucional da Convenção e de seu Protocolo
Facultativo, em 2008, trouxe para esse segmento a garantia do direito a ter
direitos humanos especificados para as suas necessidades. Altera-se o eixo das
intervenções de forma definitiva, pois são as barreiras interpostas entre a
pessoa e o ambiente que determinam a deficiência.
Cabe o desafio de adequar alguns dispositivos
legais internos, em especial alterar a valoração e certificação das situações
de deficiência que deixarão de ser categorizadas como hoje no Decreto n°
3.298/1999, para seguir o paradigma da capacidade funcional e de participação.
Em síntese, uma avaliação da possibilidade de interação da pessoa com o mundo,
com o exercício dos seus direitos e inerente dignidade.
Com a Convenção, aumentam as obrigações do Estado,
em todas as esferas de governo, bem como as obrigações do segundo e terceiro
setores, com ativa participação da pessoa com deficiência e das famílias. A
provisão de acessibilidade, no desenho universal e na tecnologia assistiva,
tornou-se fator constitucional e não pode ser postergado ou negado (Decreto
Legislativo n° 186/2008 e Decreto n° 6.949/2009).
A maior ênfase ao direito à acessibilidade é um
ganho extraordinário que reforça todo o trabalho iniciado com o Decreto
n°5.296/2004, já muito bem conhecido pelas pessoas com deficiência, entidades
de defesa de direitos, conselhos, órgãos de fiscalização como o Ministério
Público, na esfera da União e dos estados, dos órgãos gestores municipais que
respondem por mais de 70% do cumprimento dos critérios da acessibilidade senso
amplo.
O início do século XXI vem consagrando o discurso
dos direitos humanos e ultrapassa especificidades e particularidades, a
principal conquista do movimento nos últimos trinta anos, mesmo no plano
internacional. O foco das discussões é a forma como - e para quem - a sociedade
organiza o cotidiano, as cidades, a infraestrutura de saúde, educação, cultura,
proteção social, transporte, lazer, trabalho, esporte, etc.
O mundo atual permite que o movimento das pessoas
com deficiência avance em direção a novas bandeiras e conquistas. No final da
década de 1970, o importante era ser protagonista político na conquista e
garantia de seus direitos. Nessa luta, as pessoas com deficiência no Brasil
passaram pela redemocratização, pelo AIPD, pela Coalizão Pró-Federação, pela
Constituição de 1988, pela Convenção da ONU e sua ratificação pelo Brasil, por
encontros, congressos, reuniões, simpósios, atos públicos, conferências, etc.
O movimento encontra-se agora diante do desafio de
seus próximos passos: primeiro, garantir que os instrumentos legais até então
conquistados sejam implantados e implementados na vida cotidiana; segundo,
formar e fortalecer novas lideranças capazes de dirigir a continuidade da
história do movimento das pessoas com deficiência no Brasil, menos como grupo a
lutar por direitos e mais por pessoas que se distinguem do passado por serem
iguais na diferença e, portanto, iguais em cidadania.
Marco
Legal e Cidadania.
A Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos
da Pessoa com Deficiência sucedeu a Coordenadoria Nacional para Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE (Decreto n° 6.980, de 13/10/2009). Com
a estrutura maior e com o novo status, o órgão gestor federal de coordenação e
articulação das ações de promoção, defesa e garantia de direitos humanos desse
conjunto de 24,5 milhões de brasileiros tem mais alcance, interlocução e
capacidade de dar respostas às novas demandas do segmento.
A melhor ação para assegurar o cumprimento das
obrigações assumidas pelo Estado brasileiro ao ratificar a Convenção da ONU
chama-se capacitação e consequente fortalecimento das organizações do movimento
das pessoas com deficiência. Direitos humanos são inerentes à pessoa humana e
lhes conferem dignidade e igualdade. São, portanto, suprapartidários. Assim, ao
conhecer seus direitos, cada pessoa inicia o caminho certo e sem volta do
exercício do direito, exigindo cidadania sem distinção das demais pessoas no
Estado Democrático de Direito.
Referências bibliográficas:
AVRITZER, Leonardo. A moralidade da democracia:
ensaios em teoria habermasiana e teoria democrática. Belo Horizonte: Ed. UFMG;
São Paulo: Ed. Perspectiva, 1996. Capítulo 5.
________. “Teoria democrática e deliberação pública”. Lua Nova, São Paulo, v 49: 25-46, 2000
________ e SANTOS, Boaventura de Sousa. Para ampliar o cânone democrático. Disponível em www.eurozine.com.
COORDENADORIA NACIONAL PARA INTEGRAÇÃO DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA - CORDE. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Comentada, 2008 MAIOR, Izabel Maria Madeira de Loureiro. Apresentação (In) A convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiência Comentada. Coordenação de Ana Paula Crosara Resende e Flavia Maria de Paiva Vital. Brasília, Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 2008.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, 2006 ato2007.
SANTOS, Boaventura de Souza. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo, Editora Cortez, 1997.
________. “Teoria democrática e deliberação pública”. Lua Nova, São Paulo, v 49: 25-46, 2000
________ e SANTOS, Boaventura de Sousa. Para ampliar o cânone democrático. Disponível em www.eurozine.com.
COORDENADORIA NACIONAL PARA INTEGRAÇÃO DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA - CORDE. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Comentada, 2008 MAIOR, Izabel Maria Madeira de Loureiro. Apresentação (In) A convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiência Comentada. Coordenação de Ana Paula Crosara Resende e Flavia Maria de Paiva Vital. Brasília, Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 2008.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, 2006 ato2007.
SANTOS, Boaventura de Souza. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo, Editora Cortez, 1997.
Do livro:
Celebrando
a Diversidade. Pessoas com Deficiência e Direito à Inclusão.
Edição 2010.
Organização: Flavia Boni Licht e Nubia Silveira.
Apoio: Planeta Educação - em especial, Elisete Oliveira Santos Baruel e Érika de Souza Bueno.
Capítulo II: Pela Defesa da Cidadania.
Artigo: A Inclusão das Pessoas com Deficiência é uma Obrigação do Estado Brasileiro.
Autores:
Edição 2010.
Organização: Flavia Boni Licht e Nubia Silveira.
Apoio: Planeta Educação - em especial, Elisete Oliveira Santos Baruel e Érika de Souza Bueno.
Capítulo II: Pela Defesa da Cidadania.
Artigo: A Inclusão das Pessoas com Deficiência é uma Obrigação do Estado Brasileiro.
Autores:
Isabel de Loureiro Maior (Brasília).
Médica fisiatra e docente-mestre da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, especialista em políticas públicas e gestão governamental do Ministério do Planejamento;
ativista do movimento político das pessoas com deficiência desde 1977; foi titular da Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, sendo a primeira pessoa com deficiência à frente da antiga CORDE.
Fábio Meirelles (Brasília).
Jornalista, especialista em democracia participativa, república e movimentos sociais, atuou como Coordenador na Coordenação Geral de Informação e Comunicação sobre Deficiência da Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. É agente da Inclusão e oficineiro da Inclusão da Escola de Gente – Comunicação em Inclusão.
Médica fisiatra e docente-mestre da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, especialista em políticas públicas e gestão governamental do Ministério do Planejamento;
ativista do movimento político das pessoas com deficiência desde 1977; foi titular da Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, sendo a primeira pessoa com deficiência à frente da antiga CORDE.
Fábio Meirelles (Brasília).
Jornalista, especialista em democracia participativa, república e movimentos sociais, atuou como Coordenador na Coordenação Geral de Informação e Comunicação sobre Deficiência da Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. É agente da Inclusão e oficineiro da Inclusão da Escola de Gente – Comunicação em Inclusão.
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