Trabalho com inclusão há mais de 30 anos e quando pensamos que estamos caminhando para frente vem um acontecimento que nos faz refletir. Na última terça-feira, dia 15, a Bandeirantes apresentou o programa “A Liga”,”Quebrando paradigmas psiquiátricos”. A matéria abordada foi sobre pessoas com distúrbios mentais que vivem confinadas. Porém, o que me chamou a atenção foi observar crianças com paralisia cerebral sendo confinadas para sempre, em Cotia, SP, numa entidade mantida pela congregação católica, chamada O Pequeno Cotolengo; abandonadas pelas famílias que simplesmente os descartaram por terem deficiência. Pessoas com paralisia cerebral não têm distúrbios psiquiátricos, elas possuem o cognitivo/inteligência/noção de realidade totalmente preservados; inclusive ficou evidente que o entrevistador nunca teve contato com pessoas com paralisia cerebral já que se dirigia a elas de forma infantil, até mesmo com os adultos.
O mundo caminha para a construção de uma sociedade cada vez mais inclusiva. Sinais desse processo de construção são visíveis com frequência crescente, por exemplo, nas escolas, na mídia, nas nossas vizinhanças, nos recursos da comunidade e nos programas e serviços.
Confinar pessoas com deficiência era prática muito utilizada nos anos 20, 30 e 40, principalmente na época do nazismo; vivemos agora voltados para a inclusão, onde as diferenças são valorizadas, onde a sociedade pratica a diversidade. Alguma autoridade pública precisa fazer algo por aquelas crianças com paralisia cerebral, elas precisam de uma chance na vida, vamos acordar.
O programa foi importante porque mostrou ao mundo a monstruosidade do confinamento, mas não podemos nos calar diante de tal barbárie, precisamos salvar essas pessoas.
A inclusão de pessoas com deficiênci nas escolas pública, e a qualificação dos educadores
ResponderExcluiré assunto que a autoridade pública deve priorizar com urgência!