Ally e Ryan

Ally e Ryan

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Audição e as pessoas com deficiência visual

Descrição da imagem: pessoa grita no ouvido do cego, como se ele fosse surdo.

O ouvido é o principal órgão sensorial à longa distância, pode ser considerado como o sentido "rei" principalmente para as pessoas com cegueira, é o único meio pelo qual a pessoa cega pode perceber a distância e a profundidade em qualquer ambiente. O sentido da audição pode ajudar muito no trânsito. Uma freada brusca, o som dos veículos e outras situações podem indicar uma situação de risco. Por isso é importante o (a) professor (a) mediar com o aluno essas definições. Recomenda-se estimular as crianças cegas a permanecerem alertas aos sons, interpretá-los e convertê-los em pistas para orientação no espaço.

Ao contrário do que parece, não existe uma compensação automática da agudeza auditiva causada pela perda da visão. Ela aparece como resultado do esforço persistente das pessoas cegas para usufruírem ao máximo desse sentido.

Pelos sons a criança deficiente visual conhece as qualidades acústicas de sua casa, reconhecendo cada ambiente pelas características de seus respectivos sons. Desde muito pequena deve ser estimulada a tomar consciência de qualquer som que possibilite sua orientação. O som de abrir ou fechar uma porta pode revelar a posição da criança, os sons vindos das janelas favorecem a relação do ambiente interno com o externo da casa e suas relações de espaço e distância.

O professor deve falar sobre os diferentes sons e ajudar a criança a descobrir outros que possam ser utilizados como indicadores de orientação Por exemplo, na escola a direção de um corredor pode ser facilmente determinada pelo passo de outras pessoas.

Os corredores que se cruzam podem ser detectados pelos passos e ecolocalização (habilidade de transmitir um som e perceber as qualidades do eco refletido, foi identificado nos morcegos e posteriormente nos golfinhos, utilizam extremamente bem esta habilidade ao navegar pelos oceanos). Num ambiente há várias indicações ou pistas auditivas: uma torneira aberta, troca de som dos passos devido a mudança de piso da superfície, sons característicos da cozinha, refeitório, secretaria, barulho de um ventilador e outros. Qualquer som tem o potencial de se converter em um auxiliar para a orientação. Especialistas insistem para que os professores estimulem os alunos deficientes visuais a converterem o seu "ouvir" em um "escutar" ativo para a orientação e mobilidade.

Pais e professores devem estar atentos para as inúmeras sub-habilidades do ouvido que ajudam as crianças com deficiência visual a interpretarem o ambiente e a se orientarem de forma mais segura no mesmo, devendo ajudá-las para que possam usufruir ao máximo desta importante via sensorial.

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