Ally e Ryan

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domingo, 1 de abril de 2012

02 de abril - Dia Mundial do Autismo

Estima-se que desde 2007 o Brasil tenha aumentado seus casos de autismo na população para 1 milhão. Segundo a Revista Autismo, no mundo, há mais de 35 milhões de casos, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. Nesta segunda-feira (02) é celebrado o Dia de Conscientização Mundial do Autismo e tenha como objetivo esclarecer a população sobre o transtorno.

O Brasil fez o maior evento de sua história para a data no ano passado em todos os Estados. Para que seja celebrado o dia, monumentos serão iluminados de azul na data, como o Cristo Redentor (no Rio de Janeiro), a Ponte Estaiada, o Viaduto do Chá, o Monumento à Bandeira, a Fiesp e a Assembleia Legislativa (em São Paulo), a torre da Unisa do Gasômetro (em Porto Alegre), o prédio do Ministério da Saúde (em Brasília) e muitos outros.

Em Alagoas, as comemorações acontecem na capital. A Associação dos Amigos do Autista (AMA) realizam na manhã e tarde palestras em várias escolas, públicas e privadas da cidade, abordando a conscientização sobre a importância da inclusão de crianças com autismo na escola regular.

No Brasil, é preciso alertar, sobretudo, as autoridades e governantes para a criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do autismo, além de apoiar e subsidiar pesquisas na área.

Conheça um pouco mais


Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação.

Entre as suas características estão a dificuldade acentuada no uso de comportamentos não-verbais (contato visual, expressão facial, gestos); dificuldade na fala (muitos não adquirem essa habilidade); sociabilidade seletiva; padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, seguir uma rotina de vida e resistir mais do que uma pessoa comum resistiria quando ela é mudada e tendência a uma leitura concreta e imediatista do contexto, seja ele linguístico ou ambiental ("levar tudo ao pé da letra").

O tratamento

As crianças do espectro autístico melhoram sempre, com ou sem tratamento! Porém com os tratamentos adequados chegam próximo à sua potencialidade.

A terapia comportamental tem suas raízes em estudos de aprendizagem, baseados nos princípios da análise experimental do comportamento, propostos por Skinnner, que denominou sua forma de pensar de “behaviorismo radical”.

Estes princípios se originaram a partir de pesquisas de laboratório e analisam as relações entre as ações do organismo e seu meio ambiente, destacando o papel crítico de condições antecedentes e consequentes ao comportamento para que haja aprendizagem.

Comportamento, unidade básica de estudo da psicologia, conforme esta abordagem, consiste na ação de um organismo em interação com seu ambiente. Não existe comportamento desvinculado do ambiente, assim como não existe ambiente a não ser em relação às ações do organismo.

Consideram-se comportamentos aqueles que são publicamente observáveis, bem como os encobertos, os que ocorrem dentro do organismo, como os sentimentos e outros estados subjetivos.

A noção de ambiente inclui o ambiente interno com seus estímulos orgânicos (no qual a genética também tem sua contribuição) e o externo. No decorrer da vida do indivíduo, o ambiente modela, cria um repertório comportamental e o mantém. O ambiente ainda estabelece as ocasiões nas quais o comportamento ocorre, já que este não ocorre no vácuo.

A terapia comportamental utiliza os princípios básicos do comportamento produzidos pelos trabalhos experimentais para o entendimento do comportamento das pessoas, tanto a nível diagnóstico, como a nível terapêutico. Reforçamento, esquemas, extinção, punição, controle de estímulos, generalização, equivalência de estímulos, controle por contingências, controle por regras verbais, são alguns dos conceitos da abordagem comportamental.

Entender os princípios que estão atuando fornece a estrutura necessária para se desenvolver as práticas terapêuticas e o entendimento do porquê de certa prática usada pelo terapeuta funcionar ou não.

Fonte: Associação dos Amigos do Autista

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