A Síndrome de
Asperger é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), resultante de uma
desordem genética, e que apresenta muitas semelhanças com relação ao autismo.
Ao contrário do que
ocorre no autismo, contudo, crianças com Asperger não apresentam grandes
atrasos no desenvolvimento da fala e nem sofrem com comprometimento cognitivo
grave. Esses alunos costumam escolher temas de interesse, que podem ser únicos
por longos períodos de tempo - quando gostam do tema "dinossauros",
por exemplo, falam repetidamente nesse assunto. Habilidades incomuns, como
memorização de sequências matemáticas ou de mapas, são bastante presentes em
pessoas com essa síndrome.
Na infância, essas
crianças apresentam déficits no desenvolvimento motor e podem ter dificuldades
para segurar o lápis para escrever. Estruturam seu pensamento de forma bastante
concreta e não conseguem interpretar metáforas e ironias - o que interfere no
processo de comunicação. Além disso, não sabem como usar os movimentos
corporais e os gestos na comunicação não-verbal e se apegam a rituais, tendo
dificuldades para realizar atividades que fogem à rotina.
Como lidar com a Síndrome
de Asperger na escola?
As recomendações são semelhantes às do autismo.
Respeite o tempo de aprendizagem do aluno e estimule a comunicação com os
colegas. Converse com ele de maneira clara e objetiva e apresente as atividades
visualmente, para evitar ruídos na compreensão do que deve ser feito.
Também é aconselhável
explorar os temas de interesse do aluno para abordar novos assuntos, ligados às
expectativas de aprendizagem. Se ele tem uma coleção de carrinhos, por exemplo,
utilize-a para introduzir o sistema de numeração. Ações que escapam à rotina
devem ser comunicadas antecipadamente.
Revista Educação
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