Matéria
publicada na Revista Educação
Para fazer a inclusão de verdade e garantir a
aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a
formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes,
gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças
com Necessidades Educacionais Especiais
1. Inclusão no Brasil e Educação especial na escola regular
João Guilherme dos Santos, aluno com deficiência física, com seus colegas da Unidade Integrada Alberico Silva, em São Luís.
O
esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais no
Brasil é a resposta para uma situação que perpetuava a segregação dessas
pessoas e cerceava o seu pleno desenvolvimento. Até o início do século 21, o
sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial - ou o
aluno frequentava uma, ou a outra. Na última década, nosso sistema escolar
modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotado: a
regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequados e
oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem.
A
Educação inclusiva compreende
a Educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço
para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os
alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
Há,
entretanto, necessidades que interferem de maneira significativa no processo de
aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola como, por
exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados para garantir a
aprendizagem de todos os alunos.
A
Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno
desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. O respeito aos direitos e
liberdades humanas, primeiro passo para a construção da cidadania, deve ser
incentivado.
Educação
inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um mesmo contexto
escolar. A opção por este tipo de Educação não significa negar as dificuldades
dos estudantes. Pelo contrário. Com a inclusão, as diferenças não são vistas
como problemas, mas como diversidade.
É essa variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar a visão de
mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças.
Preservar
a diversidade apresentada na escola, encontrada na realidade social, representa
oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais com ênfase nas
competências, capacidades e potencialidades do educando.
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do
processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de
aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades,
garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos
de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a
fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005).
Daniela Alonso,
especialista em Educação Inclusiva e selecionadora do Prêmio Victor
Civita Educador Nota 10
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