Benjamin Saidon, aluno com síndrome de Down
da Nova Escola Judaica Bialik Renascença, em São Paulo
Para
estruturar as flexibilizações
na escola inclusiva é preciso que se reflita sobre os possíveis ajustes
relativos à organização didática. Qualquer adaptação não poderá constituir um
plano paralelo, segregado ou excludente. As flexibilizações e/ou adequações da
prática pedagógica deverão estar a serviço de uma única premissa: diferenciar
os meios para igualar os direitos, principalmente o direito à participação, ao
convívio.
O desafio, agora, é avançar para uma maior valorização da diversidade sem ignorar o comum entre os seres humanos. Destacar muito o que nos diferencia pode conduzir à intolerância, à exclusão ou a posturas fundamentalistas que limitem o desenvolvimento das pessoas e das sociedades, ou, que justifiquem, por exemplo, a elaboração de currículos paralelos para as diferentes culturas, ou para pessoas com necessidades educacionais especiais. (BLANCO, 2009).
Além disso, para que o projeto inclusivo seja colocado em ação, há necessidade de uma atitude positiva e disponibilidade do professor para que ele possa criar uma atmosfera acolhedora na classe. A sala de aula afirma ou nega o sucesso ou a eficácia da inclusão escolar, mas isso não quer dizer que a responsabilidade seja só do professor. O professor não pode estar sozinho, deverá ter uma rede de apoio, na escola e fora dela, para viabilizar o processo inclusivo.
Para crianças com necessidades educacionais especiais uma rede contínua de apoio deveria ser providenciada, com variação desde a ajuda mínima na classe regular até programas adicionais de apoio à aprendizagem dentro da escola e expandindo, conforme necessário, à provisão de assistência dada por professores especializados e pessoal de apoio externo. (Declaração de Salamanca, 1994).
Revista Educação
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