Estamos vivendo um momento especial. A questão da inclusão gradualmente vai ocupando seu espaço no meio social. Apesar das dificuldades ainda presentes, as pessoas com deficiência aparecem mais nas escolas, empresas e área de lazer. Assim estamos construindo uma sociedade mais justa e fraterna, onde as diferenças são respeitadas e valorizadas e são objetos de harmonia entre todos.
Evidentemente que a acessibilidade urbana acaba sendo um item fundamental nesse processo. As pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida precisam se deslocar de um ponto a outro com autonomia e segurança. Para que isso ocorra algumas medidas já vêm sendo implementadas na cidade de São Paulo:
Reformas de calçadas;
Maior oferta de ônibus adaptados;
Sinalização de tátil de alerta e direcional para pessoas com deficiência visual;
Leis que garantem o processo de equidade;
Acessibilidade no comércio, bancos, cinemas, teatros, igrejas e escolas e outras.
Em função da idade, estado de saúde, estatura e outras condicionantes, várias pessoas têm necessidades especiais em relação a receber informações, chegar até os terminais e pontos de parada, entrar nos veículos e realizar seu deslocamento através dos meios coletivos de transporte ou, simplesmente, se deslocar no espaço público. Essas pessoas são as consideradas Pessoas com Restrição de Mobilidade e, neste grupo, estão incluídas as Pessoas Com Deficiência.
As cidades apresentam-se com inúmeras barreiras: econômicas, políticas, sociais e arquitetônicas. A existência de barreiras físicas de acessibilidade ao espaço urbano acaba por dificultar ou impedir o deslocamento de pessoas com deficiências e outras que possuem dificuldades de locomoção.
A acessibilidade deve ser vista como parte de uma política de inclusão social que promova a equiparação de oportunidades e o exercício da cidadania das pessoas com deficiência e não deve se resumir à possibilidade de entrar em um determinado local.
Tão importante quanto adequar os espaços públicos para garantir a circulação dessas pessoas, eliminando-se as barreiras existentes, é não serem criadas diariamente novas barreiras, o que pode ser percebido na quase totalidade dos municípios brasileiros.
O CETET/CETSP adotou como uma de suas estratégias a realização de cursos para professores. São cursos presenciais e a distancia (EAD). Vale ressaltar a importância de trabalhar com os educadores que estão em contato diariamente com os alunos na sala de aula, e que podem continuar o trabalho de educação para o trânsito no cotidiano escolar. Na realização desta atividade, é importante que o professor desperte para a necessidade de educar a criança para ser pedestre, ciclista, condutor ou passageiro de veículo. O professor precisa estar ciente de seu papel enquanto multiplicador de atitudes cidadãs e seguras no trânsito, para transmitir aos alunos valores como responsabilidade, gentileza, respeito e cidadania. Os professores inclusive são orientados no atendimento para alunos com deficiência.
O que as pessoas precisam entender que a acessibilidade urbana é um processo que não visa beneficiar apenas as pessoas com deficiência, ao contrário disso, uma cidade acessível é uma garantia permanente para o deslocamento de qualquer pessoa, tenha ela uma deficiência ou não, seja ela idosa, gestante ou tenha qualquer restrição de mobilidade, ainda que temporária. Inclusão é isso, é uma oportunidade da sociedade se abrir para as diferenças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário