Ally e Ryan

Ally e Ryan

segunda-feira, 28 de março de 2011

PLANO DE AEE E PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO EM TECNOLOGIA ASSISTIVA EM CADA ATIVIDADE

A professora do AEE, com o objetivo de apoiar o seu aluno nas atividades do plano de trabalho da classe comum, planejou sua intervenção por meio da Tecnologia Assistiva, visando a participação desse aluno em cada uma delas: Para a atividade de dramatização em grupo de historias lidas pelos colegas.

Joana escolheu seu papel na dramatização, apontando para cartões de comunicação, com a foto escaneada dos personagens.

Pode participar da escrita do roteiro, por intermédio da prancha temática sobre a história ou da prancha de palavras pré escritas, com vocabulário pertinente ao planejamento da professora da classe comum.

A professora de AEE alertou a turma a sempre confirmar com Joana se ela concorda ou não com o que está sendo construído em grupo através de perguntas com respostas SIM e NÃO.

Para as falas do teatro, Joana utilizou um vocalizador com várias mensagens prégravadas por uma colega, que forma acionadas por ela, no momento correto, durante a dramatização. No caso de não existir um vocalizador durante a dramatização, as falas podem ser expressas através de pequenos cartazes que são segurados e levantados por Joana no momento adequado, e lido por um colega.


Descrição da foto 83 - Prancha de comunicação confeccionada com tema específico de uma história. Apresenta símbolos com a descrição dos personagens e suas características.

Descrição da foto 84 - Vocalizador com oito áreas de mensagens gravadas. Cada botão contem uma fala, que é ativada pelo aluno durante o desenrolar da peça de teatro.


A AVALIAÇÃO NA SALA COMUM


A professora da sala de aula avaliará a produção e o envolvimento de Joana (aluna que serviu como parâmetro para estudo) em todas as fases do processo, observando e buscando compreendê-la através do uso que a aluna faz de seus recursos pessoais de comunicação; dirigindo-se sempre a ela com perguntas objetivas de respostas SIM e NÃO; por meio de pranchas temáticas sobre o assunto trabalhado, complementadas por prancha de letras e/ou alfabeto móvel e solicitando que Joana tente escrever o que gostaria de falar e que não está em sua prancha. Na autoavaliação, Joana pode ser questionada sobre seu aproveitamento em cada etapa das atividades apontando, em cartões ou prancha temática, o que aprendeu e se achou interessante ou não seu trabalho.


A AVALIAÇÃO NO AEE


A professora do AEE avalia o quanto Joana conseguiu utilizar os recursos e estratégias de comunicação nas atividades propostas para sua turma da classe comum; o quanto precisa ser ainda estimulada a tomar iniciativa de comunicar-se, responder, argumentar, repetir (quando não é entendida), explorar recursos que não estão em sua prancha, conseguir resolver problemas para comunicar-se e indicar novos símbolos necessários ao seu recurso de comunicação etc. A professora do AEE avaliará se o recurso colaborou ou não para que Joana alcançasse os objetivos propostos pela professora da classe comum e o quanto seus colegas e a professora da sala aprenderam a utilizar a tecnologia disponibilizada para incluir Joana nas atividades. Esta avaliação propicia à professora do AEE ajustar seu plano, revendo seus objetivos e atividades. O AEE tem um papel fundamental na inclusão de Joana na sala de aula comum. O professor de AEE, ao conhecer o plano de aula, os objetivos e atividades propostas pelo professor da classe comum e ao propor com ele um conjunto de estratégias ampliou a participação de Joana na escola. A professora do AEE confeccionou o material de CAA e outros recursos de acessibilidade, disponibilizou-os para que Joana vivenciasse experiências de aprendizagem com a turma em plena participação. Orientou o professor e a turma sobre como explorar os recursos com Joana. Esse trabalho coordenado com a professora da sala comum é uma das atribuições do professor de AEE, ao desenvolver esse atendimento.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


O êxito da política de inclusão de alunos com deficiência no sistema regular de ensino depende, em primeiro lugar, de uma mudança na concepção que temos da escola e da compreensão de que cada aluno é único e sofre continuamente um profundo processo de transformação, que o diferencia dos colegas e, no tempo, de si mesmo. Mas não é só isso: o sucesso das políticas que visam à inclusão escolar de alunos com deficiência depende também de recursos que lhes permitam compensar as limitações funcionais motoras, físicas, sensoriais ou intelectuais no processo de inclusão e de construção do conhecimento. Quando selecionados de forma adequada, esses recursos pedagógicos eliminam ou diminuem as barreiras, temporárias ou permanentes, que impedem ou dificultam o desenvolvimento social, afetivo e mental do aluno com deficiência, e facilitam o acesso a todas as atividades curriculares possibilitando-lhes aprender da maneira mais eficiente possível. Mostrando como observar os alunos em situações da escola comum e do AEE, como interpretar corretamente suas necessidade e como selecionar o recurso mais adequado para a sua aprendizagem, o texto desenhou um novo perfil de professor que necessita refletir constantemente e mudar o rumo de suas ações, ajustando ou criando recursos novos sempre que o desenvolvimento ou as mudanças no comportamento do aluno exigirem. Tanto os professores das escolas comuns quanto os do atendimento educacional especializado - AEE precisam conscientizar-se de que a tarefa de ensinar exige conhecimento, competência e muito comprometimento com o ensino. No caso dos recursos de acessibilidade, os professores precisam ser capazes de criar ou ajustar de forma personalizada recursos para alunos reais, cujos percursos de aprendizagem são diferentes, percursos que ele precisa reconhecer e respeitar.


Fonte das fotos e estudo - Revista - A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar Recursos Pedagógicos Acessíveis e Comunicação Aumentativa e Alternativa

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