"Vi o preconceito na minha 1ª entrevista de emprego"
DE SÃO PAULO
Aos 35 anos, Cristiane Sanches, que tem uma atrofia na perna e no braço direitos desde a infância por causa de um derrame, comemora a rotina do primeiro emprego.
DE SÃO PAULO
Aos 35 anos, Cristiane Sanches, que tem uma atrofia na perna e no braço direitos desde a infância por causa de um derrame, comemora a rotina do primeiro emprego.
"Não tem moleza. Trabalho oito horas por dia como todos os outros", diz, entusiasmada, a auxiliar administrativa contratada há um ano e meio pelo Itaú Unibanco, depois do programa de capacitação da Febraban.
Uma empolgação que ela tinha desistido de buscar aos 17 anos, quando, com inglês fluente e segundo grau completo, fez entrevista para preencher uma vaga de auxiliar de uma advogada. "Fui bem, mas, quando a pessoa com quem conversava notou minha deficiência, disse na hora que o cargo já tinha sido ocupado. E me ofereceu uma vaga para entregar panfletos. Saí arrasada."
Só agora, quase 20 anos depois, ela decidiu fazer o curso de qualificação, incentivada pelo marido. Com salário de cerca de R$ 2.000 por mês, não pensa em parar de trabalhar. "Não me sinto deficiente. Pelo contrário, sou muito eficiente."
(CM)
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