Ally e Ryan

Ally e Ryan

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Implicações no Desenvolvimento de Indivíduos com Deficiência Visual


1.Helena Maria Lima da Silva

2.Patrícia Carla da Hora Correia

3.Cláudia de Jesus Paranhos

Para alguns autores, a criança está situada em um status desvantajoso devido imaturidade do seu desenvolvimento, tornando inacessível algumas ações comparada ao adulto.

O entendimento destas limitações por conta da insuficiência de seus conhecimentos e considerando o afloramento de suas experiências em curso, deixam a criança ainda mais vulnerável a questões de sua personalidade o que pode desencadear traumas que repercutirão durante toda sua estrutura futura, sem levar em conta que o acometimento por alguma lesão agrava ainda mais tal situação por aumentar as desvantagens impostas pelo meio.

O impedimento de dirigir de maneira voluntária seu comportamento e a ausência da sua capacidade para pensar logicamente exigem toda uma sobrecarga no desempenho de ações que reforçam os desafios em atendimento à demanda do seu entorno.

Diante disso, a interação com o ambiente promove respostas aos estímulos que são captados por um sistema complexo de funcionamento que reunidos oferecem uma visão de mundo conforme as experiências, expectativas, limitações e potencialidades de cada um.

O sistema perceptivo, formado pelo visual, auditivo, gustativo, olfativo e tátil, fornecem condições para que o indivíduo possa se posicionar no mundo de forma evolutiva e dinâmica onde a sensação e a percepção são elementos primordiais constituintes de situações hierárquicas de aprendizagem.

O sentido constitui um sistema especializado que reage em função de um sinal específico e produz uma resposta em determinada área no cérebro.

Muito além de órgãos dos sentidos está o sistema sensorial. Os sentidos assim, segundo a natureza do estímulo, são considerados três tipos: o mecânico ( tato, audição ), luminoso (visão ) e químico ( gustação e olfação).

O sistema sensorial coleta informações para controlar o comportamento. O sentido que nos dá a posição para nos situarmos no espaço é o cinestésico , o sentido vestibular é aquele que informa sobre a orientação e equilíbrio. Existe outra classificação que coloca a visão e audição como esteroceptores ou sentidos distais, o sentido cutâneo ou epiderme e o paladar como sentidos proprioceptores ou próximos e já o cinestésico, estático ou vestibular juntamente o orgânico como sentidos interceptores ou profundos. ( BUENO,2003 )

Por isso, ao reportar ao termo sentidos, está-se referindo a sensação e percepção, pois ambas trazem o ato de receber e processar informações em áreas específicas, uma vez que os sentidos permitem a interação do indivíduo com o meio interno e externo, para que haja um posicionamento dele para dar sentido ao mundo que o rodeia.

A sensação, em sendo o primeiro degrau da aprendizagem, decorre da ativação das estruturas sensoriais. É a captação do estímulo externo ou interno conduzindo informações apreendidas para serem transduzidas em sinais específicos e originar um sentido, uma interpretação no cérebro.

A percepção constitui o nível seguinte da captação do estímulo, é a transdução do estímulo recebido. É a interpretação do que chegou ao cérebro trazido pelos sentidos já dando um formato de definição do que foi captado. A percepção é um processo dinâmico pelo qual obtemos informações na primeira instância sobre nosso ambiente imediato por meio do uso e integração dos receptores sensoriais. É a tomada de consciência, é a interpretação do dado coletado. È a definição de um tipo de barulho, de som, de um sabor, um tipo de dor, etc.

A limitação do campo visual coloca o indivíduo em dificuldade na orientação e mobilidade, por conseguinte, na aquisição das informações sobre o ambiente em que vive, ocorrendo prejuízos na comunicação com déficits na percepção.

A criança cega não dispõe de alguns elementos funcionais que conduzam com maior eficiência o sentido da visão e por isso fica privada de algumas experiências podendo manifestar restrições severas. Em contra partida, o acesso às informações procedentes do meio lhe obrigada a tentar compensar seu déficit com as contribuições dos demais sistemas sensoriais.

No sistema tátil, pode ser diferenciado o contato físico, pressão profunda, dor, calor e frio, é uma operação ativa e complexa que implica na criação de categorias perceptivas que juntamente com a aprendizagem e o pensamento constituem os processos cognitivos. O sentido da audição oferece apoio, proporciona informações do meio e serve como veículo de orientação. O olfato e paladar têm a missão de transduzir os estímulos químicos em corrente nervosa, sendo também uma captação analítica.

Portanto, os sentidos remanescentes têm um papel reforçado devido à compensação empreendida em resposta à demanda dos estímulos, para atender a um sistema de encadeamento às atividades biológicas e psicológicas a partir da plasticidade cerebral. Desta forma, a plasticidade vem a ser a capacidade que o Sistema Nervoso Central –SNC- tem de modificar sua organização estrutural e funcional para atender as ações do meio como forma de compensar uma área lesionada permitindo a adaptação para responder as exigências do meio. Portanto, o constante uso, as freqüentes exigências permitem o desenvolvimento com mais intensidade das acuidades táticas, gustativas, olfativas e auditivas em regiões no cérebro conforme a intensidade e o desenvolvimento da plasticidade cerebral.

Bibliografia:

MARTIN,Manuel Bueno. BUENO,Salvador Toro. ( Coord ). Deficiência Visual: aspectos psicoevolutivos e educativos. Santos Livraria editora. 2003

OLIVEIRA, Oseias Santos.Vygotsky e Bruner: interações entre aprendizagem e desenvolvimento e suas implicações no contexto da gestão escolar. Disponível em: < http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/853734 >; Acesso em Fev.2008.

PIAGET, Jean. Development and learning. in LAVATELLY, C. S. e STENDLER, F.

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