Meu retorno ao CETET aconteceu em meados de setembro de 1987. Passados três anos da saída encontrei um CETET diferente, reprimido e com novos personagens.
O Treinamento estava completamente modificado. Aparecida Tugnolo era a supervisora e a equipe estava assim constituída: Boléia, minha querida Susana, Vilmo, Mauro, Maria Helena, Sônia Carbone, Ilana, Rosana Gomes e Dalva. O suporte administrativo era dado pela Bê,Luana, Fernandinho e o sr. Reinaldo. O curso de táxi funcionava a todo vapor.
Mas, antes de ser apresentado oficialmente para a equipe era necessário passar pela sala do lendário coronel Horus Azambuja. O CETET parecia um quartel do Exército. A fama desse coronel corria os quatro cantos da CET, falavam coisas boas e outras nem tanto, aliás, as informações eram mais para os aspectos negativos. Na verdade era uma contradição a situação da CET, enquanto no Brasil discutia-se abertura e diálogo nos vários setores políticos e econômicos, a CET se fechava numa ilha e adotava o critério da obediência cega e da disciplina rígida, como se isso fosse um divisor do bom ou do mau trabalho.
Uma sirene soou num som contínuo, não sabia o que aquilo significava, fui informado pela secretária do coronel que aquilo era o anúncio da chegada dele. Pensei que seria atendido tão logo ele chegasse, que nada, esperei mais de uma hora quando finalmente fui chamado.
A recepção não foi nada agradável, ele esbravejou comigo dizendo que a transferência havia acontecido sem a autorização dele e que a partir daquele momento “eu iria ficar a disposição da empresa”, mandou-me de volta para o RH. Sai sem entender nada, fui falar com a Cida, que disse que nada podia fazer. Voltei então para RH.
Fui falar com o gerente (não lembro o nome), mais uma hora de espera. Ele apenas me disse que era para voltar para o CETET, mas somente no dia seguinte, deu folga o resto do dia e ainda afirmou, que “aquela situação na cabia ao coronel decidir qualquer coisa”.
Fui para a PUC preocupado com o dia seguinte.
Bem, o dia seguinte chegou. Cheguei no CETET e fui direto falar com a Vilma, secretária do coronel e quando lá cheguei já havia uma determinação para me apresentar ao Treinamento.
O engraçado é que fiquei quase uma semana sem ver o coronel. Um dia esperando o carro que ia me levar para a casa, vi o carro do coronel chegando, ele desceu e veio em minha direção, na hora pensei que ele ia gritar, xingar e etc, mas ao contrário, ele se aproximou e disse:
- “Tudo bem? Qualquer coisa que você precisar vá até minha sala...!” Falou outras coisas que não me lembro, foi embora e eu fiquei pasmo.
O CETET tinha o som de 4 toques diferentes na sirene:
1 toque – horário de entrada e saída;
2 toques – chegada ou saída do coronel;
3 toques – reunião com os supervisores;
4 toques – reunião geral.
Esse foi apenas o primeiro dia, ainda há muito para falar.
O Treinamento estava completamente modificado. Aparecida Tugnolo era a supervisora e a equipe estava assim constituída: Boléia, minha querida Susana, Vilmo, Mauro, Maria Helena, Sônia Carbone, Ilana, Rosana Gomes e Dalva. O suporte administrativo era dado pela Bê,Luana, Fernandinho e o sr. Reinaldo. O curso de táxi funcionava a todo vapor.
Mas, antes de ser apresentado oficialmente para a equipe era necessário passar pela sala do lendário coronel Horus Azambuja. O CETET parecia um quartel do Exército. A fama desse coronel corria os quatro cantos da CET, falavam coisas boas e outras nem tanto, aliás, as informações eram mais para os aspectos negativos. Na verdade era uma contradição a situação da CET, enquanto no Brasil discutia-se abertura e diálogo nos vários setores políticos e econômicos, a CET se fechava numa ilha e adotava o critério da obediência cega e da disciplina rígida, como se isso fosse um divisor do bom ou do mau trabalho.
Uma sirene soou num som contínuo, não sabia o que aquilo significava, fui informado pela secretária do coronel que aquilo era o anúncio da chegada dele. Pensei que seria atendido tão logo ele chegasse, que nada, esperei mais de uma hora quando finalmente fui chamado.
A recepção não foi nada agradável, ele esbravejou comigo dizendo que a transferência havia acontecido sem a autorização dele e que a partir daquele momento “eu iria ficar a disposição da empresa”, mandou-me de volta para o RH. Sai sem entender nada, fui falar com a Cida, que disse que nada podia fazer. Voltei então para RH.
Fui falar com o gerente (não lembro o nome), mais uma hora de espera. Ele apenas me disse que era para voltar para o CETET, mas somente no dia seguinte, deu folga o resto do dia e ainda afirmou, que “aquela situação na cabia ao coronel decidir qualquer coisa”.
Fui para a PUC preocupado com o dia seguinte.
Bem, o dia seguinte chegou. Cheguei no CETET e fui direto falar com a Vilma, secretária do coronel e quando lá cheguei já havia uma determinação para me apresentar ao Treinamento.
O engraçado é que fiquei quase uma semana sem ver o coronel. Um dia esperando o carro que ia me levar para a casa, vi o carro do coronel chegando, ele desceu e veio em minha direção, na hora pensei que ele ia gritar, xingar e etc, mas ao contrário, ele se aproximou e disse:
- “Tudo bem? Qualquer coisa que você precisar vá até minha sala...!” Falou outras coisas que não me lembro, foi embora e eu fiquei pasmo.
O CETET tinha o som de 4 toques diferentes na sirene:
1 toque – horário de entrada e saída;
2 toques – chegada ou saída do coronel;
3 toques – reunião com os supervisores;
4 toques – reunião geral.
Esse foi apenas o primeiro dia, ainda há muito para falar.
Pois é, Ari...
ResponderExcluirA vida é como o mar-aa-ar...
Eu que não sou de fazer promessas, fico com algum remorso por não cumprir uma que fiz: prometi que se o Jânio ganhasse eu me mudaria para... Uganda! Tinha absoluta certeza que o povo paulistano jamais votaria no retrocesso representado pelo janismo. Que fosse o FHC, vá lá, mas o homem da vassoura!?...
Na Emurb vi um dos famosos bilhetinhos dele, no arquivo do CRE, ao qual eu pertencia. Era da época da campanha, quando o CRE divulgou o pensamento dos candidatos à respeito da empresa. Dizia: "sempre fui a favor da Emurb e sempre se-lo-ei". Logo que tomou posse uma manchete de jornal dizia, mais ou menos assim: "DEMITI 900 VAGABUNDOS DA EMURB". A idéia era fechar a empresa. Manteve pouco mais de cem empregados e contratou 8 gerenciadoras e uma coordenadora de obras. Mais de mil empregados. Os funcionários da CET apenas assistiam e alguns apenas assinavam o que a coordenadora repassava...
Tinha um engenheiro de carreira que aproveitou a ociosidade para trabalhar nas obras de saneamento de Manaus. Uma vez por mês vinha receber o salário. Ele mesmo me contou, com a maior cara de anjo.
E alguns anos São Paulo ajudou a eleger o Collor. Pode? Acho que vou transferir minha cidadania para a cidade onde moro. Pelo menos lá o Lula ganhou a s duas últimas eleições e agora elegeu um prefeito do PV, com apoio do PT.
E agora...
Desculpe Ari, estar ocupando seu blog, que é para contar sua história na CET, contando a minha.
Não estou conseguindo me controlar. Acho que é da minha natureza. Mas vou me redimir. Prometo.
Abraço.
Continue Ailton, são histórias enriquecedoras e talvez assim os erros do passado não sejam novamente repetidos. Parabéns pela sua história e ocupe este espaço para narrar outras.
ResponderExcluirAbraços
Oi, Ari! Sou neta do Coronel Horus Azambuja e fico rindo quando sempre volto pra reler seus dois posts que citam o nome dele. Sei exatamente como ele era, rígido! Mas boa pessoa, de bom coração. Espero que você conte mais coisas, adoro ler. Abraços
ResponderExcluirComo neta do Cel Azambuja, como faco para entrar em contato com seu tio ou pai Osiris?
ExcluirMeu e-mail claudiokerth@gmail.com. Fui amigo do Osiris nos idos anos 68/70. Obrigado
LUIZ COELHO foi o unico empregado da CET que conheceu realmente HORUS AZAMBUJA.O resto e balela, simples e direto.
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