Ally e Ryan

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Horus Azambuja


Observamos na foto acima um grande espaço vazio onde hoje está localizado o EVT-Caio Graco. Olhando hoje nem parece que ali um dia havia um grande terreno onde alguns funcionários cultivavam hortas.
O coronel Azambuja foi um personagem folclórico dentro da CET, ele gritava, esbravejava, dava soco na parede e etc. Ele tinha uma mania que era ver todos os empregados sentados à sua mesa e lendo algo. Particularmente eu colocava um monte de folhas inúteis sobre a mesa que até hoje não sei se serviam para algo, penso que não. As pessoas viviam aprisionadas em suas salas e circular pelo CETET exigia um motivo, seja ele qual for.
As reuniões que ele fazia com todos os empregados no saguão podiam virar motivos de risos, medo e angústia, ele tinha o péssimo hábito de chamar a atenção do empregado na frente de todos, isso para mostrar poder, hierarquia da relação. Vi muitos de meus amigos serem injustamente submetidos a humilhação. O coronel ao longo do tempo dividiu o CETET entre aqueles (ou aquelas) que o amavam e os outros que o odiavam. Quanto a mim, fiquei mais propenso ao segundo grupo, não exatamente por algo pessoal que ele tenha feito, porém, como ele um dia me disse que jamais me promoveria, uma vez que fui parar no CETET sem autorização dele, isso reforçou a minha posição.
É incrível como algumas coisas resistem ao tempo: até hoje na CET ainda existem as “viúvas do coronel”, algumas mulheres que ainda acham que ele fez uma excelente gestão, o que não é verdade. O CETET embora tenha se tornado superintendência, isso não trouxe a educação para uma melhor posição; ainda o curso de táxi era o carro chefe e o curso de cobrador de ônibus e as atividades da ação comunitária foram extintas, portanto, o benefício de virar superintendência era mais pessoal do que coletivo.
Quanto a nós do Treinamento vivíamos praticamente dentro da sala de aula, considerando que o número de alunos de táxi era muito grande e somente o CETET era autorizado a dar o curso.
O curso era formatado em 5 dias de aulas (geralmente de segunda – feira à sexta-feira). Vou confessar um fato: as aulas de guia ou de P.S. configuravam-se como um verdadeiro tormento para mim, mais adiante e com mais experiência negociei essas aulas com alguns amigos.
O coronel Horus preocupava-se com o curso e o que acontecia em sala de aula. Havia uma suspeita que alguns alunos eram pessoas que depois passavam informações para ele, no entanto, nunca houve qualquer incidente, porque o time que dava o curso era estritamente profissional e não levávamos para sala de aula qualquer assunto relacionado à política ou a gestão Jânio.
Olhando agora para o passado com uma visão mais profissional, devo dizer que foi muito enriquecedor trabalhar com uma figura lendária como o coronel. Embora ele fosse rígido, severo nas relações, talvez por força da formação, no mais era uma pessoa de boa conversa, um homem culto. Evidente que a visão dele era bem diferente do momento histórico de 1987, mas as diferenças devem ser respeitadas e o coronel foi sem dúvida nenhuma, o único superintendente do CETET que é comentado até hoje.
É isso..

3 comentários:

  1. Se for o mesmo Horus Azambuja que eu penso, e é bem provável que seja, era meu avô. Como entro em contato com você, Ari? meu email victorialorencos@hotmail.com

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  2. Foi comandante do CPOR/SP qdo servi o exército naquele centro em 1976.

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  3. Nunca ouvi falar nele nem na sirene que ele mandou instalar no CETET para tocar de forma interrupta a cada vez que ele entrava ou saia do prédio, coisa que era muito cômica quase pueril...nem de ter o hábito de após dar um esculacho em um funcionário (que era sua diversão predileta)permanecia após se retirar com os ouvidos colados na porta para escutar os comentários que surgiam...(só esquecia da sombra que ficava nítida embaixo da porta), enfim cargos de confiança tem destas coisas...

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