Ally e Ryan

Ally e Ryan

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ensino à distância e as pessoas com deficiência - 2

As pessoas com deficiência há muito já vêm se especializando e fazendo cursos em entidades de ensino superior e até mesmo são professores em inúmeros desses cursos. Pessoas com deficiência podem se qualificar para serem aceitos e podem conseguir empregabilidade por meio de suas competências e não somente pelo fato de haver leis que garantam vagas por meio de cotas.

O sistema de ensino à distância é uma importante ferramenta para as pessoas com deficiência, em especial, pessoas com deficiência visual, que podem ter com tecnologias assistivas acesso a novos conhecimentos.

Entende-se que os envolvidos na EaD estão separados fisicamente, mas a tecnologia os mantém conectados tanto por meio da Internet, rádio, televisão, vídeo, CD-ROM, telefone e demais meios tecnológicos e de comunicação. Embora estejam em espaços diferenciados e variados, professor e aluno se interagem com o auxílio da tecnologia. Os diversos recursos: Internet, vídeo-conferência, redes de alta velocidade quebram a distância existente e aproximam mais os personagens da EaD.

Por meio de novos recursos tecnológicos a EaD tem se tornado inclusiva, favorecendo desta forma a profissionalização de pessoas com deficiência que até então encontravam barreiras para estudar.

Segundo o consultor em acessibilidade web, Marco Antonio de Queiroz, "também não podemos nos esquecer dos entraves que muitas vezes a EaD proporciona às pessoas com deficiência que a utiliza. Para pessoas com deficiência visual, professores em teleconferências apontando para um mapa ou gráfico mencionando qualidades de uma região sem dizerem a que região estão se referindo, páginas da internet fora dos padrões internacionais de acessibilidade, arquivos inacessíveis pelos softwares leitores de tela, deixam a informação perdida, materiais sem possibilidade de tradução para língua de sinais, informações acessadas somente por conexões muito rápidas e outros entraves, podem tornar a EaD também não amigável para nós. É sempre preciso disseminar uma cultura da inclusão, que tanto desenvolvedores de tecnologias quanto professores da EaD, quanto arquitetos e professores do ensino comum, aprendam a trabalhar sempre com o pensamento de que pessoas com deficiência também estarão entre as pessoas usuárias de seus trabalhos".


Nenhum comentário:

Postar um comentário