Ally e Ryan

Ally e Ryan

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Orientação e mobilidade para a pessoa com deficiência visual

orientação é o processo de utilizar os sentidos remanescentes para estabelecer a própria posição e o relacionamento com outros objetos significativos no meio ambiente.(WEISHALN, 1990)

Essa habilidade de compreender o ambiente é conquistada pelos deficientes visuais desde seu nascimento e vai evoluindo no decorrer de sua vida. Por isso, o educador de trânsito deve saber da necessidade de nova orientação, por parte da criança, toda vez que houver mudanças no espaço urbano. Uma obra na calçada, uma barraca de ambulante muda a forma de orientação da pessoa com deficiência visual. Portanto, tal orientação poderá durar instantes ou até semanas, dependendo da complexidade da situação. Nesse sentido, o educador tem que ter informações atualizadas da cidade onde informa conceitos para a segurança viária.
As crianças cegas, durante o processo de orientação, podem sentir dificuldades espaciais
com relação aos quatro tipos de orientações a partir da consciência de sua localização. Os quatro tipos de orientações são:
pontos fixos, quando está parado;
pontos fixos, quando está em movimento;
pontos em movimento, quando está parado;
pontos em movimento, quando está em movimento. (PATHAS,1992)

Você deve informar ao seu aluno com deficiência visual que o processo de orientação tem como princípio três questões básicas:
Onde estou?
Para onde quero ir? (Onde está o meu objetivo?)
Como vou chegar ao local desejado?

Mas, para o aluno elaborar essas questões, ele deverá passar pelo processo que envolve as seguintes fases:
• percepção, captar as informações presentes no meio ambiente pelos canais
sensoriais; (José Luiz Mazzaro, professor Mestre em Educação Especial pela UFSCAR; Doutorando da FCM/Oftalmologia da UNICAMP; autor de livros de literatura infantil)

• análise, organização dos dados percebidos em graus variados de confiança,
familiaridade, sensações e outros;

• seleção, escolha dos elementos mais importantes que satisfaçam as necessidades
imediatas de orientação;
• planejamento, plano de ação, como posso chegar ao meu objetivo, com base
nas fases anteriores;

Para, então, chegar à:
• execução, a mobilidade propriamente dita, realizar o plano de ação através
da prática. (WEISHALN, 1990)
Todo o processo se dá de forma dinâmica e, caso haja mudanças dos objetivos iniciais,
há a possibilidade de alteração.
Na orientação existem referenciais que facilitam a mobilidade da pessoa deficiente
visual: pontos de referência, pistas, medição, pontos cardeais, auto-familiarização e "leitura de rotas".

Amanhã comentaremos sobre a mobilidade.

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