Toda criança com deficiência tem o direito de freqüentar o ensino regular, conforme estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394. Segundo Kose (2004) em países como Estados Unidos e Inglaterra, as políticas de inclusão se mostram eficientes, uma vez que já são socialmente aceitas. O caso brasileiro pode ser comparado ao dos países asiáticos. Para Kose (2004), a grande lacuna entre o “real” e o “ideal” existente nestes países torna a implantação das leis menos efetivas.
No Brasil, a inclusão destas crianças no ensino só será efetiva se a escola for aberta às diferenças e se tiver como condição básica espaços arquitetônicos livres de barreiras físicas e de informação. Sabe-se que, na prática, a falta de acessibilidade espacial é uma realidade na maioria das escolas brasileiras, o que impede a plena integração das crianças com deficiência no ensino regular.
A avaliação de um espaço tão complexo como uma escola de Ensino Fundamental e Médio requer uma aproximação maior a seus usuários cotidianos. Segundo Froyen (2004), a participação do usuário já provou ser uma das ferramentas mais eficientes de avaliação: “Nada sobre nós, sem nós”. Este contato faz parte do direito dos usuários (FROYEN, 2004), e permite de maneira mais rápida, conhecer suas ânsias, suas reais necessidades e dificuldades em relação ao uso do espaço e dos equipamentos que utilizam em seu dia a dia. A fim de complementar a fiscalização da escola com o auxilio das Planilhas Técnicas, utilizou-se o método dos Passeios Acompanhados.
O desenho universal e a acessibilidade espacial ainda são temas incipientes em nosso país e, consequentemente, apesar das conquistas legais e da reformulação da Norma Brasileira de Acessibilidade, NBR 9050/2004, ainda existem muitas lacunas e falhas. Assim para uma avaliação detalhada e mais precisa das condições de acessibilidade de ambientes edificados é necessário utilizar-se de métodos qualitativos que permitam a participação dos usuários destes locais. Estas pessoas que enfrentam dificuldades no uso diário dos espaços e equipamentos são fundamentais para complementar as avaliações técnicas realizadas a partir das normas e conhecimento teóricos sobre acessibilidade espacial.
Sem dúvida a acessibilidade espacial é fundamental para a inclusão e participação das pessoas com deficiência na sociedade. O conhecimento adquirido habilita os pesquisadores para levarem em consideração, desde o momento da concepção de projetos, a diversidade humana. Também os instrumentaliza para efetivarem melhorias, intervenções e adaptações em outros espaços existentes.
Oi Ari
ResponderExcluirDeveria haver uma lei obrigando as condições fisicas de uma escola receber uma criança deficiente, a escola da Bia, por exemplo, tem 2 lances de escada para sala de aula e da entrada até o patio central 3 lances, estes ultimos até poderiam ser o problema pois existe uma outra entrada , mas os lances para a sala de aula torna a escola inviável
Nossos governantes deveria pensar nisso
Beijos e parabéns pelo texto
Silvia, na verdade a lei já existe. Desde 2000 temos a Lei Federal 10.098 que obriga a promoção da acessibilidade. Infelizmente escolas como essa da sua filha são consideradas modelos ultrapassados. Mas estamos mudando.
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