A
construção de uma sociedade inclusiva exige mudança de ideias e de práticas
construídas ao longo do tempo.
É
importante se prover de cuidados e apoio à família e à comunidade, para que as
crianças e adolescentes tenham condições favoráveis para um desenvolvimento saudável.
Sabe-se,
entretanto, que a família tem se encontrado, historicamente, numa posição de
dependência de profissionais em diferentes áreas do conhecimento, no sentido de
receberem orientações de como proceder em relação às necessidades especiais de
seus filhos.
É
muito comum ver famílias se movimentando, em busca de atendimento ou mesmo frequentando
serviços diferentes, sem ter noção do que é que estão fazendo.
Constata-se
que a relação entre a família e profissionais tem sido uma relação de poder do
conhecimento nas decisões do que é melhor para seus filhos.
Faz-se
necessário que a família construa conhecimentos sobre as necessidades especiais
de seus filhos, bem como desenvolva competências de gerenciamento do conjunto
dessas necessidades e potencialidades. É importante que os profissionais
desenvolvam relações interpessoais saudáveis e respeitosas, garantindo-se assim
maior eficiência no alcance de seus objetivos.
A
família precisa construir padrões cooperativos e coletivos de enfrentamento dos
sentimentos, de análise das necessidades de cada membro e do grupo como um
todo, de tomada de decisões, de busca dos recursos e serviços que entende
necessários para seu bem estar e uma vida de boa qualidade.
É
essencial que se invista na orientação e no apoio à família, para que esta possa
melhor cumprir com seu papel educativo junto a seus filhos.
Cabe
ao poder público garantir um sistema de serviços que promova a saúde física e
mental das famílias, em geral, e das crianças e jovens e adultos, em especial.
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