Ally e Ryan

Ally e Ryan

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Política de Inclusão dos Empregados com Deficiência na CET

Reunião com o presidente Macena


Argumentando...

Colocando ponderações...

Acordo concluído, política de inclusão lançada

O dia 28 de novembro de 2003 foi especial para mim e para minha grande amiga Flávia Maria de Paiva Vital. Foi agendada uma reunião com o presidente da CET, Francisco Macena e com ele expomos de forma cristalina a situação dos empregados da CET que tinham alguma deficiência e vivia sob o descaso da maioria dos gestores.

O presidente nos ouviu, decidiu criar uma comissão de acessibilidade com diferentes segmentos da empresa e lançou oficialmente uma política de inclusão social na CET que em termos gerais determinava:

- O reconhecimento por parte da presidência do trabalho da comissão constituída e sua completa independência para elaborar um relatório diagnosticando a situação e propondo sugestões;

- Os gestores deveriam tomar medidas inclusivas em suas respectivas áreas.

Essa foi a primeira semente lançada sobre a inclusão dos empregados com deficiência na CET.



domingo, 29 de novembro de 2009

Reflexão

O texto de César Benjamin publicado na sexta-feira última no jornal Folha de São Paulo causou muita polêmica, visando facilitar meus leitores para que cada um faça sua própria análise, publico abaixo o texto da discórdia:


São Paulo, sexta-feira, 27 de novembro de 2009 - Jornal Folha de São Paulo

CÉSAR BENJAMINESPECIAL

PARA A FOLHA

A PRISÃO na Polícia do Exército da Vila Militar, em setembro de 1971, era especialmente ruim: eu ficava nu em uma cela tão pequena que só conseguia me recostar no chão de ladrilhos usando a diagonal. A cela era nua também, sem nada, a menos de um buraco no chão que os militares chamavam de "boi"; a única água disponível era a da descarga do "boi". Permanecia em pé durante as noites, em inúteis tentativas de espantar o frio. Comia com as mãos. Tinha 17 anos de idade.

Um dia a equipe de plantão abriu a porta de bom humor. Conduziram-me por dois corredores e colocaram-me em uma cela maior onde estavam três criminosos comuns, Caveirinha, Português e Nelson, incentivados ali mesmo a me usar como bem entendessem. Os três, porém, foram gentis e solidários comigo. Ofereceram-me logo um lençol, com o qual me cobri, passando a usá-lo nos dias seguintes como uma toga troncha de senador romano.

Oriundos de São Paulo, Caveirinha e Português disseram-me que "estavam pedidos" pelo delegado Sérgio Fleury, que provavelmente iria matá-los. Nelson, um mulato escuro, passava o tempo cantando Beatles, fingindo que sabia inglês e pedindo nossa opinião sobre suas caprichadas interpretações. Repetia uma ideia, pensando alto: "O Brasil não dá mais. Aqui só tem gente esperta. Quando sair dessa, vou para o Senegal. Vou ser rei do Senegal".

Voltei para a solitária alguns dias depois. Ainda não sabia que começava então um longo período que me levou ao limite. Vegetei em silêncio, sem contato humano, vendo só quatro paredes -"sobrevivendo a mim mesmo como um fósforo frio", para lembrar Fernando Pessoa- durante três anos e meio, em diferentes quartéis, sem saber o que acontecia fora das celas. Até que, num fim de tarde, abriram a porta e colocaram-me em um camburão. Eu estava sendo transferido para fora da Vila Militar.

A caçamba do carro era dividida ao meio por uma chapa de ferro, de modo que duas pessoas podiam ser conduzidas sem que conseguissem se ver. A vedação, porém, não era completa. Por uma fresta de alguns centímetros, no canto inferior à minha direita, apareceram dedos que, pelo tato, percebi serem femininos.

Fiquei muito perturbado (preso vive de coisas pequenas). Há anos eu não via, muito menos tocava, uma mulher. Fui desembarcado em um dos presídios do complexo penitenciário de Bangu, para presos comuns, e colocado na galeria F, "de alta periculosia", como se dizia por lá. Havia 30 a 40 homens, sem superlotação, e três eram travestis, a Monique, a Neguinha e a Eva. Revivi o pesadelo de sofrer uma curra, mas, mais uma vez, nada ocorreu. Era Carnaval, e a direção do presídio, excepcionalmente, permitira a entrada de uma televisão para que os detentos pudessem assistir ao desfile.

Estavam todos ocupados, torcendo por suas escolas. Pude então, nessa noite, ter uma longa conversa com as lideranças do novo lugar: Sapo Lee, Sabichão, Neguinho Dois, Formigão, Ari dos Macacos (ou Ari Navalhada, por causa de uma imensa cicatriz que trazia no rosto) e Chinês. Quando o dia amanheceu éramos quase amigos, o que não impediu que, durante algum tempo, eu fosse submetido à tradicional série de "provas de fogo", situações armadas para testar a firmeza de cada novato.

Quando fui rebatizado, estava aceito. Passei a ser o Devagar. Aos poucos, aprendi a "língua de congo", o dialeto que os presos usam entre si para não serem entendidos pelos estranhos ao grupo.

Com a entrada de um novo diretor, mais liberal, consegui reativar as salas de aula do presídio para turmas de primeiro e de segundo grau. Além de dezenas de presos, de todas as galerias, guardas penitenciários e até o chefe de segurança se inscreveram para tentar um diploma do supletivo. Era o que eu faria, também: clandestino desde os 14 anos, preso desde os 17, já estava com 22 e não tinha o segundo grau. Tornei-me o professor de todas as matérias, mas faria as provas junto com eles.

Passei assim a maior parte dos quase dois anos que fiquei em Bangu. Nos intervalos das aulas, traduzia livros para mim mesmo, para aprender línguas, e escrevia petições para advogados dos presos ou cartas de amor que eles enviavam para namoradas reais, supostas ou apenas desejadas, algumas das quais presas no Talavera Bruce, ali ao lado. Quanto mais melosas, melhor.Como não havia sido levado a julgamento, por causa da menoridade na época da prisão, não cumpria nenhuma pena específica. Por isso era mantido nesse confinamento semiclandestino, segregado dos demais presos políticos. Ignorava quanto tempo ainda permaneceria nessa situação.

Lembro-me com emoção -toda essa trajetória me emociona, a ponto de eu nunca tê-la compartilhado- do dia em que circulou a notícia de que eu seria transferido. Recebi dezenas de catataus, de todas as galerias, trazidos pelos próprios guardas. Catatau, em língua de congo, é uma espécie de bilhete de apresentação em que o signatário afiança a seus conhecidos que o portador é "sujeito-homem" e deve ser ajudado nos outros presídios por onde passar.

Alguns presos propuseram-se a organizar uma rebelião, temendo que a transferência fosse parte de um plano contra a minha vida. A essa altura, já haviam compreendido há muito quem eu era e o que era uma ditadura. Eu os tranquilizei: na Frei Caneca, para onde iria, estavam os meus antigos companheiros de militância, que reencontraria tantos anos depois. Descumprindo o regulamento, os guardas permitiram que eu entrasse em todas as galerias para me despedir afetuosamente de alunos e amigos. O Devagar ia embora.


São Paulo, 1994. Eu estava na casa que servia para a produção dos programas de televisão da campanha de Lula. Com o Plano Real, Fernando Henrique passara à frente, dificultando e confundindo a nossa campanha.

Nesse contexto, deixei trabalho e família no Rio e me instalei na produtora de TV, dormindo em um sofá, para tentar ajudar. Lá pelas tantas, recebi um presente de grego: um grupo de apoiadores trouxe dos Estados Unidos um renomado marqueteiro, cujo nome esqueci. Lula gravava os programas, mais ou menos, duas vezes por semana, de modo que convivi com o americano durante alguns dias sem que ele houvesse ainda visto o candidato.

Dizia-me da importância do primeiro encontro, em que tentaria formatar a psicologia de Lula, saber o que lhe passava na alma, quem era ele, conhecer suas opiniões sobre o Brasil e o momento da campanha, para então propor uma estratégia. Para mim, nada disso fazia sentido, mas eu não queria tratá-lo mal. O primeiro encontro foi no refeitório, durante um almoço.

Na mesa, estávamos eu, o americano ao meu lado, Lula e o publicitário Paulo de Tarso em frente e, nas cabeceiras, Espinoza (segurança de Lula) e outro publicitário brasileiro que trabalhava conosco, cujo nome também esqueci. Lula puxou conversa: "Você esteve preso, não é Cesinha?" "Estive." "Quanto tempo?" "Alguns anos...", desconversei (raramente falo nesse assunto). Lula continuou: "Eu não aguentaria. Não vivo sem boceta". Para comprovar essa afirmação, passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos 30 dias em que ficara detido. Chamava-o de "menino do MEP", em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do "menino", que frustrara a investida com cotoveladas e socos.

Foi um dos momentos mais kafkianos que vivi. Enquanto ouvia a narrativa do nosso candidato, eu relembrava as vezes em que poderia ter sido, digamos assim, o "menino do MEP" nas mãos de criminosos comuns considerados perigosos, condenados a penas longas, que, não obstante essas condições, sempre me respeitaram.

O marqueteiro americano me cutucava, impaciente, para que eu traduzisse o que Lula falava, dada a importância do primeiro encontro. Eu não sabia o que fazer. Não podia lhe dizer o que estava ouvindo. Depois do almoço, desconversei: Lula só havia dito generalidades sem importância. O americano achou que eu estava boicotando o seu trabalho. Ficou bravo e, felizmente, desapareceu.


Dias depois de ter retornado para a solitária, ainda na PE da Vila Militar, alguém empurrou por baixo da porta um exemplar do jornal "O Dia". A matéria da primeira página, com direito a manchete principal, anunciava que Caveirinha e Português haviam sido localizados no bairro do Rio Comprido por uma equipe do delegado Fleury e mortos depois de intensa perseguição e tiroteio. Consumara-se o assassinato que eles haviam antevisto. Nelson, que amava os Beatles, não conseguiu ser o rei do Senegal: transferido para o presídio de Água Santa, liderou uma greve de fome contra os espancamentos de presos e perseverou nela até morrer de inanição, cerca de 60 dias depois. Seu pai, guarda penitenciário, servia naquela unidade.

Neguinho Dois também morreu na prisão. Sapo Lee foi transferido para a Ilha Grande; perdi sua pista quando o presídio de lá foi desativado. Chinês foi solto e conseguiu ser contratado por uma empreiteira que o enviaria para trabalhar em uma obra na Arábia, mas a empresa mudou os planos e o mandou para o Alasca. Na última vez que falei com ele, há mais de 20 anos, estava animado com a perspectiva do embarque: "Arábia ou Alasca, Devagar, é tudo as mesmas Alemanhas!" Ele quis ir embora para escapar do destino de seu melhor amigo, o Sabichão, que também havia sido solto, novamente preso e dessa vez assassinado. Não sei o que aconteceu com o Formigão e o Ari Navalhada.

A todos, autênticos filhos do Brasil, tão castigados, presto homenagem, estejam onde estiverem, mortos ou vivos, pela maneira como trataram um jovem branco de classe média, na casa dos 20 anos, que lhes esteve ao alcance das mãos. Eu nunca soube quem é o "menino do MEP". Suponho que esteja vivo, pois a organização era formada por gente com o meu perfil. Nossa sobrevida, em geral, é bem maior do que a dos pobres e pretos.

O homem que me disse que o atacou é hoje presidente da República. É conciliador e, dizem, faz um bom governo. Ganhou projeção internacional. Afastei-me dele depois daquela conversa na produtora de televisão, mas desejo-lhe sorte, pelo bem do nosso país. Espero que tenha melhorado com o passar dos anos. Mesmo assim, não pretendo assistir a "O Filho do Brasil", que exala o mau cheiro das mistificações. Li nos jornais que o filme mostra cenas dos 30 dias em que Lula esteve detido e lembrei das passagens que registrei neste texto, que está além da política. Não pretende acusar, rotular ou julgar, mas refletir sobre a complexidade da condição humana, justamente o que um filme assim, a serviço do culto à personalidade, tenta esconder.

CÉSAR BENJAMIN, 55, militou no movimento estudantil secundarista em 1968 e passou para a clandestinidade depois da decretação do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro desse ano, juntando-se à resistência armada ao regime militar. Foi preso em meados de 1971, com 17 anos, e expulso do país no final de 1976. Retornou em 1978. Ajudou a fundar o PT, do qual se desfiliou em 1995. Em 2006 foi candidato a vice-presidente na chapa liderada pela senadora Heloísa Helena, do PSOL, do qual também se desfiliou. Trabalhou na Fundação Getulio Vargas, na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na Prefeitura do Rio de Janeiro e na Editora Nova Fronteira. É editor da Editora Contraponto e colunista da Folha.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Desabamento de parte do teto do CETET

Era um domingo qualquer. Estava em casa, quando o telefone tocou. Do outro lado uma pessoa do departamento de manutenção da CET me avisa que uma parte do prédio do CETET havia desabado. Como presidente da CIPA fui ao CETET e a imagem que vi foi desoladora, a parte do teto (que hoje fica entre os banheiros e o vestiário masculino) do saguão havia ruído devido as fortes chuvas que castigavam a cidade e a falta de manutenção da parte de cima do prédio, já devidamente informada por relatórios enviados ao gerente. A parte onde houve o desabamento foi interditada.

No dia seguinte logo que cheguei ao CETET percebi que havia sido feito uma maquiagem da área e a parte interditada também tinha sido diminuída. O técnico de segurança, Paulo Tadeu, achou um absurdo aquela situação, interditamos totalmente a área e informamos o gerente. Aliás, o gerente pouco pareceu preocupado. Ele ia a uma reunião na gerência de RH e manteve a pauta. Um gestor responsável iria no mínimo ao prédio, determinaria sua desocupação até que a empresa desse garantias através de um laudo, da segurança dos empregados. Mas responsabilidade e solidariedade não eram valores inerentes ao nosso gerente de antanho.

Após negociações com a gerente de RH, ela decidiu pela interdição do prédio, no entanto, a decisão de desocupação caberia ao gerente do CETET. No meio da tarde ele apareceu com aquela cara de despreocupado, manteve os empregados trabalhando. Um engenheiro de uma empresa especializada foi no final da tarde, achou estranho o prédio ainda estar ocupado, sem as medidas de emergência que deveriam serem adotadas no caso. Foi determinado que a parte restante do teto deverá receber vigas de sustentação e somente após a colocação o prédio poderá voltar a funcionar normalmente.

O caso apenas mostrou o despreparo e a irresponsabilidade do nosso gerente, que a esta altura já tinha sua popularidade ruído tanto quanto o teto.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CIPA


foto do evento da posse como presidente da CIPA-MSV
O ano de 2003 foi especial. Estava no auge dos Programas Sociais e fui convidado para ser o candidato do CETET à CIPA-MSV. O DET-3 não perdeu tempo e demonstrando revanchismo lançou outro candidato oriundo do Chico Landi, que havia sido transferido para lá.

Minha campanha foi pautada pelo tema ACESSIBILIDADE na empresa. O resultado da eleição foi auspicioso: fiquei em primeiro lugar na apuração final e inclusive no meu querido Chico Landi, tive 14 votos dos 15 possíveis. Mais uma vez demonstrava para aquele gerente, que a minha história estava para sempre preservada na CET, ao contrário da dele.

Em contato com GRH introduzi no curso para cipeiros, o tema proposto da campanha. Fiquei como vice-presidente daquela comissão, depois fiquei por 5 meses como presidente interino, sendo que, após fazer um bom trabalho fui indicado para ser o presidente da próxima comissão.

Na CIPA realizei inúmeros trabalhos. Quando assumi o CETET era um foco da dengue. Fiz contato com os agentes da Saúde municipal, fizemos uma parceria, e após intensivos treinamentos com os funcionários de limpeza erradicamos o foco da dengue.

A questão da acessibilidade foi pauta de inúmeras reuniões com os gestores e a semente da inclusão foi plantada.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Borges – o novo superintendente

participando de mais uma atividade dos Programas Sociais

Após um período de vacância, a superintendência foi ocupada por uma pessoa disposta a dialogar. O Borges era do tipo que adorava conversar, ouvir as partes e depois decidia que o melhor era permanecer oculto ou então, mexer onde não devia.

A situação dele era bastante delicada, indicado por outro grupo de políticos não tinha afinidades com o presidente da empresa. No entanto, ele decidiu ouvir todos os envolvidos no caso em questão. A princípio achou um absurdo o desenrolar dos acontecimentos e procurou um meio de nos fazer voltar ao DET-3. Evidente que o grupo que lá permaneceu e a supervisora acharam isso um acinte. O impasse foi criado e outro momento de tensão veio a tona. Para não promover novas ações de provocações foi nos oferecido o setor de Pesquisa, isso porque os Programas Sociais foram suspensos e não haveria novas atividades. O pessoal fecharam em bloco para serem transferidos para a Pesquisa, quanto a mim decidi voltar ao DET-3, pelas razões que exponho agora:

1) O DET-3 não tinha dono e eu era o mais antigo, portanto, minha história deveria ser respeitada, não apenas pela gerência, mas também pelo grupo e pela supervisora;
2) O gerente ficaria exposto, afinal, se ele me transferiu, meu retorno agora acontecia sem o aval dele;
3) Meu retorno provaria nossa tese: a supervisora não tinha condições de gerir o grupo, uma vez que passados 4 meses já havia uma nova divisão na área.

Em sendo assim, bancado pelo superintendente lá estava eu de volta, na toca das raposas.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Cida Dolores

Atividade relacionada aos Programas Sociais

Ir trabalhar num programa da gestão, poderia até ser um castigo na concepção do gerente, embora ele fosse indicado pela mesma Gestão, entretanto, para nós, o “Grupo dos Farrapos’ foi uma oportunidade de mostrar ao CETET nosso real valor e entregar os fatos para que a história pudesse fazer seu julgamento real e isento sobre tudo que ocorreu.

Lá me aproximei da coordenadora geral do Programa, Cida Dolores. Ela no começo demonstrava ser reticente a nossa presença, era fechada e parecia sempre estar de mau humor. No entanto, conforme o tempo foi passando e a nossa relação amadurecendo, observei nela a pessoa mais competente, mais compromissada com a gestão da Marta. Iniciamos um excelente trabalho.

Minha amizade com ela superou os limites da CET. Finalmente, após um intenso período de decepções consegui ver no meu novo posto de trabalho uma rara chance de reverter uma situação desconfortável imposta pela gerência.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Programas Sociais

GRUPO PENSANTE DOS FARRAPOS

Depois daquela fatídica reunião, ficamos aguardando para aonde iríamos. Não havia nenhuma definição. Palestras e outras atividades foram canceladas, porque o DET-3 necessitava se reorganizar. No meio da semana o Sr. Gerente deixando transparecer sua insegurança, incompetência e falta de equilíbrio convidou o Boléia para assumir a segunda posição da área, evidente que ele negou. Agora cabe perguntar:

- Se a área ficaria melhor sem nossa presença, por que outra pessoa precisava ser convidada para assumir o planejamento?

Numa conversa com o gerente, ele nos disse que nossos nomes foram lançados para a lama e precisaríamos resgatar nossa posição no CETET. Patética colocação, afinal, em nenhum momento minha história na empresa foi manchada, ao contrário da dele, que tinha que explicar assédios sexuais e morais desferidos contra algumas funcionárias.

De qualquer forma, após um período de longas férias fomos transferidos para os Programas Sociais da CET, programa da gestão, lá aprofundei o relacionamento com a Cida Dolores, que mudou minha situação.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A resposta do gerente

Finalmente depois de um hiato de tempo, fomos todos convocados para uma reunião com toda a área. O quadro foi desolador. As pessoas sentaram-se conforme a divisão estabelecida. A supervisora ao lado do gerente, com o semblante de vitima dos algozes. O gerente então perguntou aos outros membros do nosso grupo se estavam de acordo com o conteúdo da pauta que eu e outra pessoa havíamos levado a ele. Vejam como isso é um desequilíbrio das relações; para outros empregados da área, ele os chamou individualmente em sua sala, onde podia perfeitamente manipular a conversa, com o nosso pessoal, ele fez publicamente, mas não pediu posição pessoal. Até hoje gostaria de saber o que os outros comentaram a nosso respeito, porque quando fomos conversar com o gerente não falamos absolutamente nada a respeito dos empregados do outro lado, tivemos ética até nisso, embora nem o gerente, nem a supervisora e nem outros empregados tiveram a mesma atitude. No fim, comunicou que todos nós estávamos fora da área e que a partir de segunda (isso foi numa sexta) outros rumos seriam colocados para nós, e assim encerrou a reunião.

Meu sentimento naquele momento foi de pura decepção, não pelo resultado, mas pelo comportamento de alguém que se intitulava democrático. O outro lado comemorou como se tivessem tido algum ganho com a situação, o tempo mostrou que todos do nosso grupo se deram bem para as áreas em que fomos deslocados, mostramos através do tempo e das nossas ações que conforme o próprio gerente admitia, éramos a parte pensante da área. Não houve vitória naquele momento, houve sim uma profunda ação de incompetência, omissão e vontade de destruir um grupo de pessoas.

Voltamos para nossa sala e como já era final do dia, fomos embora certos que um dia a história e análise dos fatos demonstraria o quanto estávamos certos ao fazer aquilo.

Se alguém me perguntar se faria tudo aquilo outra vez, responderia que sim. Aprendi muito com todo aquele fato, me tornei uma pessoa melhor, conheci outros caminhos na CET, entrei no grupo de estudos do novo sistema de transportes que a prefeita pretendia e conseguiu implantar na cidade à época.

O pessoal que lá permaneceu, parou no tempo, inclusive no cargo em que se encontram, eles têm o menor salário do cargo. Do nosso lado houve uma completa reformulação: uma pessoa conseguiu o cargo de gestor II; outra, gestor I; dois outros atingiram o melhor salário onde estão e outro está numa área onde se sente bem. Quanto a mim, obtive sucesso ainda dentro do CETET, conforme vou descrever depois, passei a ajudar a Comissão de Mobilidade Urbana na Câmara Municipal de São Paulo; coordenei parte dos Programa Sociais no CETET, representei a CET em Brasília, ao lado do então ministro das Cidades, Olívio Dutra, no lançamento do Programa Brasil Acessível, fui presidente de duas gestões da CIPA e lancei a ideia da inclusão no CETET e depois lançada na CET como um todo. Diante de tudo isso, uma pergunta procura resposta:

Acertou o gerente em manter a pessoa no cargo em detrimento do interesse público?

Ele foi embora antes do final da gestão, levando consigo a arrogância, o desinteresse e a omissão com a educação de trânsito.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Reunião com gerente

Prefiro não mencionar nomes, mas nosso grupo fechou questão e decidiu que eu e mais outra pessoa agendasse uma reunião com o gerente e expusesse a insatisfação do grupo.

A conversa foi agendada e no dia e hora determinado lá estávamos nós. No começo da conversa o gerente mostrou-se surpreso com a situação colocada; aliás, uma surpresa patética, afinal, praticamente todo CETET comentava a divisão que havia no DET-3.

O tema central da reunião era que os princípios pelos quais a supervisora foi colocada na área não foram atingidos. Ela não administrava a área, não tinha projetos novos e não eliminava a cizânia do grupo, comprometendo assim a qualidade do trabalho oferecido.
O gerente nos ouviu, nada comentou, apenas argumentou alguns pontos e ficou de nos dar uma posição.

Voltamos para nosso grupo, foi colocada a conversa e para evitar constrangimento da supervisora, decidimos colocar a ela nossa posição. O gerente achou que isso foi uma tentativa de “golpe”. Ridícula e expressamente ditatorial a posição dele. Isso não é tentativa de golpe, isso é transparência, isso é caráter, vontade de mudar!

De qualquer forma, a situação estava colocada, as divisões de grupo tornaram-se uma fratura exposta no CETET. A supervisora vendia a imagem de vitima da nossa posição, articulou com a outra parte do grupo, que se escondia na covardia e na omissão. O gerente chamou reservadamente cada um dos empregados da outra sala, e demonstrando seu lado diabólico e fascista, não chamou individualmente o pessoal do nosso lado, ou seja, estabeleceu um desequilíbrio das relações.

A atitude dele contrariava completamente a imagem que a gestão passava para a cidade, nesse período a insatisfação era geral na CET, as pessoas passaram do amor ao ódio com a Marta.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A divisão foi estabelecida

Fizemos uma reunião no grupo majoritário. Nesse período minha posição já estava definida: queria o afastamento da supervisora.

Juntamos algumas pessoas e fomos consultar outras do outro grupo. Alguns deles fugiram de nós, com medo, por omissão e por covardia, pessoas que num futuro chegaram a me dizer que deveriam ter aderido ao movimento.

Nosso grupo que representava as ideias, o pensamento da área, estava fechado e determinado. Conversamos entre nós e decidimos que se não houver mudanças por parte da supervisora iríamos nos colocar diante do gerente.

Não boicotamos o trabalho, jamais deixamos de atender qualquer solicitação, fomos profissionais na magnitude do termo, porém, a supervisora fingia que não estava acontecendo nada. Não misturava pessoa de um grupo com outro, procurava apenas defender seu cargo, se segurando na mesquinhez e epifania da situação.

Não suportando mais a situação, fizemos uma nova reunião interna e ficou decidido que a situação seria exposta ao gerente.

Por que decidimos ir ao gerente? A resposta é a soma das alternativas abaixo:

A gestão era democrática.
O gerente se intitulava como negociador.
Os gestores pregavam o diálogo.

Tudo mentira. A gestão era mentirosa, gestores mentirosos e no meio da mentira nos

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O início do conflito

A situação do DET-3 no ano de 2002 era de uma completa divisão de grupos. De um lado ficava aqueles que se seguravam no curso de Direção Defensiva e de outro o pessoal da moto, um grupo forte que representava a maioria. No centro, a supervisora que nada fazia para mudar a cisão, que não tinha projetos ou ambições para a área.

O gerente omisso fechava os olhos e simulava que tudo estava sob controle. A superintendência encontrava-se vaga, ou seja, olhando agora para trás observo o embuste que era todo aquele quadro.

A área estava ressentida com o superintendente que havia saído, quando nos deixou expostos na festa de natal, a ponto de durante a confraternização procurar cada funcionário separadamente e se desculpar.

A decepção com a gestão Marta na CET era imensa, afinal, ela jamais cumpriu com o corpo de empregados, promessas feitas na campanha. As promessas eram de melhoria na gestão de pessoal, mais investimentos na empresa e também no setor de educação iria ser dado ênfase, tudo não passou de um blefe.

Paralelo a isso, me encontrava trabalhando na Comissão de Acessibilidade da Prefeitura, aí sim, a Marta deu um show.

No CETET estávamos próximos da implosão.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Meu filho Rafael na CET em 2002 e nos EUA 2009


Solange Leal e meu filho Rafael, estagiário em 2002 na CET e hoje militar do Exército dos Estados Unidos da América, onde reside no estado do Alabama. Ele é o pai dos meus dois netos, Allysia e Ryan.
Aliás, na época em que ele estagiava fui criticado por algumas pessoas que falavam que aquilo não era para ele, e como oriundo de escola pública não iria chegar a lugar algum; quem comentava isso eram aquelas funcionárias que tinham seus filhos estudando nas melhores escolares particulares, fazendo curso de inglês e etc. Pois bem, nada como o tempo: hoje meu filho estuda numa das melhores universidades do mundo, fala e escreve inglês fluentemente sem nunca ter frequentado escolas de línguas aqui, além disso tem um ótimo sálario superior ao de pelo menos 80% da população brasileira, enquantos os filhos dessas pessoas...


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Meus amigos e minhas amigas

Vou contar a partir de segunda a crise que desencadeou no DET-3 naquela horrenda gestão, não vou colocar nada nem hoje e amanhã porque não quero que os fatos sejam interrompidos com o fim de semana.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Gerente do CETET – ditador a paisana

Vamos pensar da seguinte forma:

1) O que deve estar presente numa gestão petista?
2) Como deve proceder um gestor indicado pela gestão?
3) Como deve administrar uma crise um gestor democrático?

Na minha singela opinião, as respostas para estas perguntas, devem ser pela ordem: diálogo; ouvir e dialogar; e, ouvir os dois lados e pautar a decisão em bom senso.

O nosso gerente aparentava ter essas características, demonstrava isso em conversas reservadas, quando na verdade era um monstro de lobo disfarçado na pele de cordeiro.

Na verdade ele trabalhava sob interesses próprios, quando a pessoa podia lhe render alguns benefícios, ele a tratava bem, quando não, havia o desprezo.

Não pensem que sinto raiva da pessoa em questão, longe de mim, não sinto raiva de pessoas assim, não evoluídas espiritualmente, ao contrário, sinto desprezo, piedade e indiferença, afinal, como sempre falo, essas pessoas vem e vão embora, nós sempre ficamos.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Abismo

O ano de 2002 iniciou-se sem grandes novidades. O fosso aberto na nossa área aumentava e a omissão da supervisão em identificar a pauta e propor uma solução era uma utopia.

Houve a vacância na superintendência, que passou a ser respondida interinamente pela gerência. O DET-3 estava literalmente dividido em duas salas, o curso de motociclistas precisava decolar e estava concentrado nas mãos das meninas, Silvana, Solange Reis e Leal e do Veloso; o curso de táxi respirava por aparelhos; a SABESP preenchia o curso de DD e havia palestras nas empresas. A minha posição era de diálogo entre os dois grupos, procurava a neutralidade entre as duas posições, mas a supervisão não ajudava a dissipar esse desconforto.

Como simpatizante e eleitor daquela gestão, senti uma profunda decepção com a forma como os gestores caminhavam diante dos acontecimentos. Na minha visão, creio que todos que eram nefandos foram parar na CET e ainda se instalaram no CETET. Ainda continuei apoiando a administração da Marta pelo que era feito em outras esferas da prefeitura, mas se fosse para avaliar pelo que ocorria no interior da CET, não votaria mais no PT para nenhum cargo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O retorno

Depois de um período fora de combate, retornei ao trabalho e tive uma longa conversa com a supervisora. Pelo tempo de experiência e conhecimento, foi me concedido a segunda posição hierárquica da área. A Maria Helena que seria a substituta natural foi transferida para GRH, aliás, uma transferência no mínimo estranha... Ela ao que soube jamais manifestou qualquer interesse em sair do setor. Mas aquela gestão trabalhava dessa forma: afastava qualquer funcionário que representasse uma ameaça aos interesses dos gestores.

Encontrei uma área dividida. Dois grupos distintos em duas salas diferentes. Evidente que o papel da supervisão seria o de aproximar ambos os grupos, mesclando trabalhos, misturando conhecimentos, ou seja, criando uma nova relação profissional entre os empregados, mas nada disso foi feito e criou-se um abismo na área.

O superintendente demonstrava insatisfação com o Det-3 (deixou de ser Treinamento), no entanto, nada fez que justificasse uma atitude contrária. Sempre que interferiu na chefia da área, fez diferente dos outros departamentos, trazendo gente externa. E também, sempre demonstrou desprezo pelas atividades da área, ora esperava ser ovacionado quando deixou a superintendência para concorrer a Câmara dos Vereadores?

Na festa de confraternização daquele 2001, o superintendente ainda fez um discurso provocativo ao DET-3, dizendo que “jamais conseguiu unir o grupo”; ele expôs todo o departamento sem nenhuma necessidade. Como resposta recebeu um boicote geral a sua festa de aniversário, que ocorreu 5 dias após a festa de natal. Na ocasião eu estava respondendo pela supervisão, já que a titular estava em férias, e em apoio à iniciativa da área também não compareci na festa de aniversário.

sábado, 7 de novembro de 2009

Antônio Gonçalves Dias

Bom final de semana e para relaxar uma boa poesia sempre faz bem, como a que coloco abaixo do poeta Gonçalves dias:

Canção do Tamoio

I

Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.

II

Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.

III
O forte, o cobarde
Seus feitos inveja
De o ver na peleja
Garboso e feroz;
E os tímidos velhos
Nos graves concelhos,
Curvadas as frontes,
Escutam-lhe a voz!

IV

Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!

V

E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.

VI

Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D'imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d'ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.

VII

E a mão nessas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror;
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!

VIII

Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranqüilo nos gestos,
Impávido, audaz.

IX

E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.

X

As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

11 de maio de 2001 – afastamento por acidente de trabalho

Após a demissão da Luciana da supervisão da área, abriu-se um vácuo no setor. Fizemos uma reunião e votamos para que a Maria Helena fosse indicada para comandar a equipe.

O resultado foi apresentado ao gerente, Jeter, que ao que tudo indicava tinha outros planos. A efetivação da Maria Helena seria a mudança menos traumática, afinal, em outras áreas as chefias anteriores foram substituídas por pessoas de dentro da própria equipe, por que então com o Treinamento teria que ser diferente? Mesmo com essa consideração a gerência e superintendência ignoraram isso e colocaram uma pessoa estranha na chefia.

No meio da crise, exatamente no dia 11 de maio de 2001, ao sair do CETET com meu filho Rafael, que era estagiário de Pesquisa, não sabemos como ocorreu, a cadeira virou e eu bati violentamente a cabeça no chão, provocando um TC com rompimento dos nervos de olfato e paladar. Fui atendido no P S São Camilo e isso provocou meu afastamento. Se isso não fosse suficiente, ainda fui submetido a duas cirurgias de emergência, deixando-me fora de combate por 5 meses.

Durante meu período de afastamento nossa área foi agraciada com a indicação de uma pessoa externa, que não era exatamente o perfil de chefia que a equipe precisava, entretanto, quando o gerente demonstra insensatez, incompetência e intolerância, a equipe sofre os efeitos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Luciana, a nova supervisora

Uma fenda foi aberta no Treinamento. A nova supervisora da área, Luciana, indicada pela gestão, contrariando tanto o superintendente como o gerente, como também a maioria absoluta do pessoal do setor. Num clima como esse, ela assumiu e nunca teve competência para gerir o conflito.

Confesso que pessoalmente senti-me um pouco culpado pela situação. Afinal, um ano antes do caos, me reunia com o grupo dela para propor mudanças. No entanto, com a Cida sendo afastada, quem deveria assumir o posto era a Maria Helena ou alguém escolhido no interior do setor. Supervisor não é cargo de gestão, é cargo de carreira. Enfim, ela foi indicada e na sua apresentação como tal houve uma tensa reunião.

Luciana numa tentativa de reagrupar a equipe foi chamando individualmente cada funcionário. Quando fui chamado em sua sala houve uma conversa franca. Mostrei a ela que os fatos ficaram contrários ao que propúnhamos na nossa proposta. Minha situação era bastante delicada, de uma forma ou de outra havia colaborado para tudo aquilo, e para tentar acalmar os ânimos decidi apoiar a supervisão dela. Ninguém passou o que passei naquela oportunidade, fui julgado por parte da equipe como traidor da causa. Minha intenção era mais estratégica. Acreditava que a própria Luciana demonstraria ausência de experiência e competência para estar naquela posição. Assim seria substituída sem traumas, sem aberturas de novas fendas. Mas parte da minha equipe não pensou assim e foi para o embate, pensaram que afastando a Luciana, uma nova indicação partiria do consenso da equipe. Erraram como se verá adiante. O processo que desencadeava era exatamente o contrário. O Jeter percebendo que o grupo tinha uma liderança, associou-se a essa pessoa e com ela passou a articular a queda da Luciana. Fiquei isolado, evidentemente. Não podia ser ostensivo no apoio à supervisora porque ela não se mostrava confiante e ao mesmo tempo não podia apoiar o outro lado porque eles não sabiam o que se passaria na queda da Luciana; mesmo que tentasse explicar as meninas não iriam acreditar, já que estavam cegas e mudas pela líder . Optei assim pelo silêncio e pela neutralidade diante da situação caótica e pouco depois a Luciana caiu.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O aquário

Os primeiros afastamentos começaram a aparecer. Cida Tugnollo depois de mais de uma década no Treinamento foi afastada, Marisa da Educação, Mauro e Helena, superintendente e gerente também saíram de suas funções. Como eles ainda não tinham sido demitidos foram colocados numa sala nos fundos do CETET e ficavam lá esperando alguma decisão. Eles ficavam quase numa posição de peixe num aquário, todos olhavam e eles retribuíam com olhares também.

Posteriormente, numa situação de desfaçatez com a história das pessoas eles foram demitidos por telegramas. A gestão mostrava sua face, vingativa e covarde. Como pode alguém trabalhar o dia inteiro numa empresa e quando chegar em casa encontrar um telegrama dispensando-o da empresa? Creio que o mais elegante, o mais profissional seria o superintendente chamá-los na sala e comunicar a decisão da empresa. O interessante é que quando isso veio a público no dia seguinte, estava participando de uma reunião com o superintendente e ele no final mencionou que foi pego de surpresa também e que se soubesse antes, os chamaria em sua sala e comunicaria a decisão. Se isso foi verdadeiro ou não, ninguém poderá atestar.

De qualquer forma, a Maria Helena ficou respondendo interinamente pelo atual DET-3 e uma nova tempestade surgiu no céu do CETET.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nova gestão

O medo venceu a esperança

O tempo da gestão Pitta finalmente chegou ao final. Marta Suplicy venceu a eleição e com ela novas esperanças enchiam o peito dos funcionários da CET e do CETET em particular.

Francisco Macena foi designado para ser o presidente e a dupla Mauricio Pereira e Jeter Gomes foram indicados para o CETET.

No plano interno, já se discutiam a saída de algumas supervisoras, visando reformular as ideias e uma nova forma de fazer educação.

No começo foi feito um diagnóstico geral e percebeu-se que a situação de abandono da educação era muito grave. O esgotamento daquele modelo de educação era nítido e peremptório, algo precisava ser feito.

Foram criados grupos de trabalho, cada qual com determinada missão. No entanto, qualquer solicitação que era feita recebia a mesma resposta: NÃO HÁ RECURSOS.

Ora, vamos pensar um pouco na situação. Se não havia intenção e disponibilidade para nada, por que dividir o CETET em grupos de trabalho se não iria acontecer “niente”? Estranho, para não dizer patético.

Pessoalmente e como filiado ao PT tinha esperanças de mudanças, no entanto o começo se mostrou inepto e sem planejamento, e qualquer atividade nessas condições a tendência é naufragar, como de fato ocorreu.