Ally e Ryan

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Luciana, a nova supervisora

Uma fenda foi aberta no Treinamento. A nova supervisora da área, Luciana, indicada pela gestão, contrariando tanto o superintendente como o gerente, como também a maioria absoluta do pessoal do setor. Num clima como esse, ela assumiu e nunca teve competência para gerir o conflito.

Confesso que pessoalmente senti-me um pouco culpado pela situação. Afinal, um ano antes do caos, me reunia com o grupo dela para propor mudanças. No entanto, com a Cida sendo afastada, quem deveria assumir o posto era a Maria Helena ou alguém escolhido no interior do setor. Supervisor não é cargo de gestão, é cargo de carreira. Enfim, ela foi indicada e na sua apresentação como tal houve uma tensa reunião.

Luciana numa tentativa de reagrupar a equipe foi chamando individualmente cada funcionário. Quando fui chamado em sua sala houve uma conversa franca. Mostrei a ela que os fatos ficaram contrários ao que propúnhamos na nossa proposta. Minha situação era bastante delicada, de uma forma ou de outra havia colaborado para tudo aquilo, e para tentar acalmar os ânimos decidi apoiar a supervisão dela. Ninguém passou o que passei naquela oportunidade, fui julgado por parte da equipe como traidor da causa. Minha intenção era mais estratégica. Acreditava que a própria Luciana demonstraria ausência de experiência e competência para estar naquela posição. Assim seria substituída sem traumas, sem aberturas de novas fendas. Mas parte da minha equipe não pensou assim e foi para o embate, pensaram que afastando a Luciana, uma nova indicação partiria do consenso da equipe. Erraram como se verá adiante. O processo que desencadeava era exatamente o contrário. O Jeter percebendo que o grupo tinha uma liderança, associou-se a essa pessoa e com ela passou a articular a queda da Luciana. Fiquei isolado, evidentemente. Não podia ser ostensivo no apoio à supervisora porque ela não se mostrava confiante e ao mesmo tempo não podia apoiar o outro lado porque eles não sabiam o que se passaria na queda da Luciana; mesmo que tentasse explicar as meninas não iriam acreditar, já que estavam cegas e mudas pela líder . Optei assim pelo silêncio e pela neutralidade diante da situação caótica e pouco depois a Luciana caiu.

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