Ally e Ryan

Ally e Ryan

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O que sabemos sobre aprendizagem?


O MEC produziu o tema acima e respondeu algumas questões, conforme coloco abaixo:

1. A aprendizagem é ativa

A aprendizagem é um processo ativo resultante de processos internos ou de atividade mental construtiva do sujeito. Outra pessoa pode nos ensinar, mas ninguém pode aprender por nós. A aprendizagem de novos conteúdos implica uma série de processos, tais como selecionar informação, estabelecer relações, deduzir, induzir etc. Aprender desde este ponto de vista significa que se produz uma mudança não apenas no que diz respeito às informações ou aos conhecimentos que se têm sobre um aspecto da realidade, mas também nas possibilidades de continuar aprendendo.

2. A aprendizagem é um processo individual

Aprender não é copiar a realidade ou a informação externa sem alterá-la, mas desenvolver uma representação pessoal e única de tal realidade. Esta representação não ocorre no vazio, mas tem como base os conhecimentos anteriores, experiências e motivações de cada pessoa, o que faz com que, em cada caso, o processo de aprendizagem seja único, sem condições de repetir-se. Aprender implica, portanto, atribuir sentido e construir significados em relação ao novo conteúdo objeto de aprendizagem, estabelecendo vínculos entre tal conteúdo e o que já sabemos. Mesmo que um grupo de crianças ou de adultos fosse submetido a uma mesma experiência, a aprendizagem seria diferente para cada indivíduo. Isto porque cada pessoa, criança ou adulto, incorpora a cada situação uma combinação singular de experiências anteriores.

3. A aprendizagem é um processo social

Apesar da aprendizagem ser um processo interno e individual, isto acontece a partir dos processos de interação social com outras pessoas, sejam adultos ou crianças. Segundo Vygostky, todas as funções psicológicas superiores aparecem, primeiro, no plano da interação social ou interpsicológica, estabelecida entre a criança e os diferentes agentes educativos, para depois passar ao plano individual ou intrapsicológico. Quer dizer, o que a criança pode fazer, em um primeiro momento, com a ajuda de outros, por meio da interação social, depois é capaz de fazer por si só. A chamada “zona de desenvolvimento proximal” localiza-se entre o que o aluno(a) é capaz de fazer com a ajuda de outros e o que pode fazer por si mesmo. A educação deve intervir na zona de desenvolvimento proximal, no que se refere às atividades que o aprendiz ainda não é capaz de realizar por si só, mas que poderá chegar a realizar se receber a ajuda necessária. A natureza social da aprendizagem reflete-se no fato de que muitas aprendizagens ocorrem em grupos. Compartilhar a aprendizagem com outros pode tornar-se algo estimulante e enriquecedor.

4. Aprendizagem significa mudança

Aprender de forma significativa implica modificar os esquemas anteriores em função de uma nova ideia, fato ou informação, para chegar a uma nova conceituação, mais ampla e rica em matizes. Para que isto aconteça, é preciso que a nova informação ou experiência provoque um conflito ou desequilíbrio nos conhecimentos e estruturas que já possuímos, de tal forma que nos obrigue a revisá-los e modificá-los, descartando dados, combinando informações, ampliando compreensões. Se os novos conteúdos mostram-se excessivamente distanciados dos conhecimentos anteriores, ou já são conhecidos, os conhecimentos prévios não serão alterados. A mudança de esquemas prévios implica, conseqüentemente, um processo de equilíbrio inicial – desequilíbrio – reequilíbrio posterior. Na língua chinesa, o sinal escrito para expressar mudança é uma combinação de dois outros que significam dor e oportunidade. Na condição de adultos, cabe-nos a responsabilidade de tornar exequível para cada criança, o equilíbrio entre ambos os aspectos. Para nós, a aprendizagem também pode significar mudanças dolorosas. Por vezes, temos que abandonar convicções profundamente arraigadas. O desafio da mudança mediante a aprendizagem pode ser experimentado como algo estimulante ou intimidante. Freqüentemente, acontece ambos.

5. A aprendizagem nunca é completa

A aprendizagem significativa é, por definição, uma aprendizagem compreensiva e interrelacionada, sendo que, diferentemente da aprendizagem do tipo mecânico e repetitivo, jamais termina porque é suscetível a distintos níveis de aprofundamento. Os adultos continuam desenvolvendo a compreensão à medida que se confrontam novas ideias com conhecimentos prévios. As idéias antigas podem ser modificadas à luz de novas experiências, daí a sensação de que quanto mais sabemos sobre um assunto, mais conscientes estamos quanto ao que nos resta a aprender.

6. A aprendizagem poder ser agradável

Trata-se de algo de que muitos adultos duvidam seriamente, ao recordarem seus anos escolares. A aprendizagem pode ser difícil, mas, ao mesmo tempo, agradável. Até mesmo cometer erros pode ser estimulante. Quantas vezes uma pessoa cai ao aprender a andar de bicicleta? É preciso levar em conta que com os erros também se aprende. Os aspectos afetivos e emocionais têm grande influência na aprendizagem. A predisposição favorável para aprender e a auto-estima são condições essenciais para construir aprendizagens significativas. Se os aluno(a)s se sentirem queridos e valorizados e se as situações de ensino forem prazerosas, mais facilmente estarão predispostos a aprender.

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