
A família enfrenta muita ansiedade para lidar com a sexualidade de seu filho com deficiência intelectual, preferindo deixá-lo em seu “status” infantil, recebendo com surpresa e temor as manifestações sexuais. Não sendo ele um “adulto” como irá vivenciar sua própria sexualidade e a de outro? Talvez de modo imprevisível ou descontrolado, o que gera mecanismos de repressão ou de negação.
Assim é fundamental o aconselhamento aos pais em programas de orientação sexual. Os objetivos frente à família são:
Trabalhar o medo e a ansiedade dos pais quanto ao futuro sexual dos filhos;
esclarecer sobre a variação das condições e manifestações sexuais;
orientar sobre os limites para a adaptação do comportamento sexual;
diminuir o preconceito e incentivar a comunicação dos pais quanto à sexualidade;
auxiliar na compreensão da sexualidade como um direito à saúde sexual.
Aspectos Legais
Os aspectos legais relacionados à sexualidade da pessoa com deficiência mental, constituem um assunto controvertido, pois envolve questões éticas, sociais e culturais, devendo ainda ocorrer um amplo debate entre pais, profissionais e a sociedade em geral.
Em nossa realidade, um tema importante para discussão é a interdição que situa radicalmente a pessoa com deficiência mental à margem do convívio social negando-lhe o direito de exercício de sua cidadania.
Outro aspecto polêmico é a questão do casamento e o direito à reprodução. Embora autores estrangeiros indiquem experiências bem sucedidas de casamento, estudos brasileiros mostram que a experiência é negativa por haver uma relação instável rompida precocemente sem condição dos pais cuidarem da prole, que se encontravam sob a responsabilidade dos avós (Assumpção, 1993).
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