Diferentemente do que alguns acreditam, tratar bem a deficiência não é apenas uma questão de “humanidade”, e sim de respeito e oportunidade a um segmento pouco explorado.
Números recentes evidenciam a importância do segmento para a economia brasileira. Existem no País pouco mais de 27 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que equivale a 14,5% da população, segundo o Censo 2000 realizado pelo IBGE. Desse total, 48% apresenta deficiência visual, 23% deficiência motora, 16% deficiência auditiva, 9% deficiência intelectual e 4% deficiência física. Se multiplicarmos esse total por três – supondo que cada pessoa com deficiência mora, no mínimo, com mais duas pessoas (pai e mãe) –, teremos 81 milhões de pessoas que lidam diariamente com essa realidade. Isso equivale a 45% da população, ou quase um em cada dois brasileiros. E o bom funcionamento da economia brasileira deve muito a esse considerável contingente de cidadãos.
A importância da pessoa com deficiência na sociedade fundamenta-se nos seguintes fatos:
• Cerca de 10 milhões de pessoas com deficiência estão integradas ao mercado de trabalho, informal ou formal, com carteira assinada e recebendo benefícios como férias, 13º salário e recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o que dá uma medida do potencial de consumo e é um indicador da inclusão no sistema produtivo.
• É um mercado que move cerca de R$ 8 bilhões por mês, quase R$ 100 bilhões ao ano.
• O volume de recursos movimentado por esses milhões de trabalhadores e de consumidores aquece a economia do País e reflete um quadro que ainda é desconhecido pela sociedade.
• Se analisarmos todos os setores da sociedade, será possível notar cada vez mais ações com o único objetivo de atender as pessoas com deficiência de forma digna, responsável e competente, contribuindo para a construção plena de sua cidadania.
Portanto, criar condições no Sistema Financeiro Nacional para que receba pessoas com deficiência significa vantagens para todas as partes envolvidas, já que estamos falando de respeito às pessoas que freqüentam bancos e que devem ser tratadas como clientes potenciais.
Os estudos acima foram realizados pela FEBRABAN – Federação Brasileiras de Bancos
Nenhum comentário:
Postar um comentário