A partir desta semana vamos debater a questão da sexualidade da pessoa com deficiência; vamos começar com meu depoimento pessoal:
Tenho atualmente 50 anos de idade e durante toda minha vida vivencio minha sexualidade na sua forma mais expressiva, no entanto, quando menino não era assim. Meus pais tentaram, não por vontade dolosa, mas por desconhecimento mesmo, inibir minha sexualidade, achando que por estar parando de andar aos 15 anos, minha vontade sexual iria pelo mesmo caminho.
Quando somos jovens nossos corpos produzem mutações hormonais que nos deixam sempre prontos para a ação, e isso não foi diferente em mim. Embora minha sexualidade tenha sido negada, meu corpo apresentava as reações comuns da idade e assim encontrei na masturbação uma parceira natural dos meus desejos íntimos.
Me falavam que era impossível ter ereções, manter relações sexuais ou qualquer coisa ligada ao sexo, mas sozinho no banheiro meu corpo respondia com prazer e desejos, frutos da fantasia e das paixões de adolescentes.
A Amiotrofia jamais me impediu de vivenciar minhas fantasias sexuais, namorei e perdi a virgindade com uma enfermeira antes dos meus 17 anos, comum na época. Meu pai incentivava meu irmão (dois anos mais velho) a transar, namorar e etc, quanto a mim, isso não aconteceu. Portanto, me entreguei sozinho, sem orientação ou educação sexual, para novas aventuras e namorei muito. Evidente que corri riscos desnecessários, como doenças sexualmente transmissíveis.
Aos 18 anos, já em cadeira de rodas, o estigma de ser uma pessoa assexuada voltou e com mais força. Ouvi muitas pessoas me dizendo que deveria apenas dedicar-me aos estudos porque trabalhar e transar estavam bem distante de mim. Mas, como distante, se quando via uma cena mais insinuante aos padrões da época, sentia um calor e uma ereção tão forte como presente? Namorei, transei, inclusive em casas de prostituição para mostrar, para mim mesmo que era possível amar e ser amado.
Aos 25 anos conheci minha esposa Solange. Quando decidimos casar foi outra discussão familiar. Falavam que ela não iria engravidar e as amigas dela perguntavam como era transar com um cadeirante. Tivemos dois filhos e sexualmente sempre fomos muito atraídos um pelo outro.
Aos poucos fui quebrando pré-conceitos e estigmas, e hoje como o mundo da comunicação é o estágio dominante da humanidade, vamos durante toda a semana e no decorrer da outra, discutir e debater a questão da sexualidade na pessoa com deficiência.
Tenho atualmente 50 anos de idade e durante toda minha vida vivencio minha sexualidade na sua forma mais expressiva, no entanto, quando menino não era assim. Meus pais tentaram, não por vontade dolosa, mas por desconhecimento mesmo, inibir minha sexualidade, achando que por estar parando de andar aos 15 anos, minha vontade sexual iria pelo mesmo caminho.
Quando somos jovens nossos corpos produzem mutações hormonais que nos deixam sempre prontos para a ação, e isso não foi diferente em mim. Embora minha sexualidade tenha sido negada, meu corpo apresentava as reações comuns da idade e assim encontrei na masturbação uma parceira natural dos meus desejos íntimos.
Me falavam que era impossível ter ereções, manter relações sexuais ou qualquer coisa ligada ao sexo, mas sozinho no banheiro meu corpo respondia com prazer e desejos, frutos da fantasia e das paixões de adolescentes.
A Amiotrofia jamais me impediu de vivenciar minhas fantasias sexuais, namorei e perdi a virgindade com uma enfermeira antes dos meus 17 anos, comum na época. Meu pai incentivava meu irmão (dois anos mais velho) a transar, namorar e etc, quanto a mim, isso não aconteceu. Portanto, me entreguei sozinho, sem orientação ou educação sexual, para novas aventuras e namorei muito. Evidente que corri riscos desnecessários, como doenças sexualmente transmissíveis.
Aos 18 anos, já em cadeira de rodas, o estigma de ser uma pessoa assexuada voltou e com mais força. Ouvi muitas pessoas me dizendo que deveria apenas dedicar-me aos estudos porque trabalhar e transar estavam bem distante de mim. Mas, como distante, se quando via uma cena mais insinuante aos padrões da época, sentia um calor e uma ereção tão forte como presente? Namorei, transei, inclusive em casas de prostituição para mostrar, para mim mesmo que era possível amar e ser amado.
Aos 25 anos conheci minha esposa Solange. Quando decidimos casar foi outra discussão familiar. Falavam que ela não iria engravidar e as amigas dela perguntavam como era transar com um cadeirante. Tivemos dois filhos e sexualmente sempre fomos muito atraídos um pelo outro.
Aos poucos fui quebrando pré-conceitos e estigmas, e hoje como o mundo da comunicação é o estágio dominante da humanidade, vamos durante toda a semana e no decorrer da outra, discutir e debater a questão da sexualidade na pessoa com deficiência.
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