O Programa de governo Bairro–a–Bairro da gestão Paulo Maluf foi a grande vitrine da ocasião. O programa em si consistia da presença de todos os segmentos da prefeitura dentro da comunidade, principalmente nos bairros mais periféricos da cidade. Evidentemente que a CET participou e o CETET também.
Geralmente os encontros aconteciam nas escolas, no entanto, como não havia planejamento prévio nossas palestras mostravam-se infrutífera. Num determinado dia fui fazer a palestra numa escola na região de Socorro, uma comunidade muito pobre. O trabalho era expor maneiras corretas de se fazer travessias, cuidados básicos ao andar na calçada e etc. Nessa palestra uma mãe me interrompeu e disse:
- “Aqui não tem essas coisas de pedestre e nem calçadas...”
“Coisa de pedestre” que ela se referia era a faixa destinada a isso. Percebi que havia um erro na apresentação, ela não poderia ser igual para todos porque a cidade possui realidades diferentes. Como posso orientar alguém a atravessar na faixa de pedestre ou andar sempre na calçada se ela não tem nada disso na sua comunidade?
A educação para o trânsito não pode ser padronizada, como se a cidade em que ela atua oferecesse a mesma oportunidade para todos, sabemos que não! Não podemos conceber a atual forma de orientar se ela desconsidera características inerentes a cada bairro. Como podemos orientar da mesma forma uma criança da escola de Engenheiro Marsilac de outra que estuda em Perdizes? São realidades diferentes que precisam ser estudadas e estruturadas conforme pesquisado.
Ter participado desse programa foi importante para mim, assim pude observar que o educador não detém o conhecimento sozinho, ele precisa construir o conhecimento através da realidade constatada.
Geralmente os encontros aconteciam nas escolas, no entanto, como não havia planejamento prévio nossas palestras mostravam-se infrutífera. Num determinado dia fui fazer a palestra numa escola na região de Socorro, uma comunidade muito pobre. O trabalho era expor maneiras corretas de se fazer travessias, cuidados básicos ao andar na calçada e etc. Nessa palestra uma mãe me interrompeu e disse:
- “Aqui não tem essas coisas de pedestre e nem calçadas...”
“Coisa de pedestre” que ela se referia era a faixa destinada a isso. Percebi que havia um erro na apresentação, ela não poderia ser igual para todos porque a cidade possui realidades diferentes. Como posso orientar alguém a atravessar na faixa de pedestre ou andar sempre na calçada se ela não tem nada disso na sua comunidade?
A educação para o trânsito não pode ser padronizada, como se a cidade em que ela atua oferecesse a mesma oportunidade para todos, sabemos que não! Não podemos conceber a atual forma de orientar se ela desconsidera características inerentes a cada bairro. Como podemos orientar da mesma forma uma criança da escola de Engenheiro Marsilac de outra que estuda em Perdizes? São realidades diferentes que precisam ser estudadas e estruturadas conforme pesquisado.
Ter participado desse programa foi importante para mim, assim pude observar que o educador não detém o conhecimento sozinho, ele precisa construir o conhecimento através da realidade constatada.
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