Política responsável e administração competente raramente andam juntas. O que se vê, em geral são políticas socialmente responsáveis representadas por forças incapazes de administrar instituições modernas; ou administrações bem misturadas, mas avessas aos direitos e às necessidades sociais. Pior, não é difícil achar, nos quatro cantos do mundo, governantes irresponsáveis e incompetentes, que tratam de administrar em proveito próprio o que, burocraticamente, designam por “coisa pública”. Erundina nesse sentido, representava tudo que um gestor pode e deve fazer a frente da prefeitura, ainda que ela tenha sido boicotada, zombada e instigada, foi a prefeita que setores sociais, como alguns que eu represento, jamais será esquecida.
Erundina recebeu uma prefeitura falida; no começo da gestão, ela sequer podia comprar um lápis. Na CMTC, a dívida era de 6 milhões de dólares, só com os fornecedores de pneus! Os hospitais careciam de medicamentos e havia mais de 800 leitos fora de uso. Os servidores municipais sofriam uma defasagem salarial quatro vezes maior do que a média do mercado de trabalho. Não faltaram boicotes da direita; alguns empresários desativaram suas atividades, julgando que o PT viria tocar fogo em São Paulo. (“A Prefeita Luiza Erundina”, Ivan Pitarra, PUCSP)
Nossa situação na PLAT era de muita expectativa. O CETET ficou sem superintendente por quase um mês, aguardando novos rumos e a chegada do novo ou da nova “líder”. O curso de táxi estava fechado, o curso de Direção Defensiva tinha poucos alunos. Lembro-me que aguardávamos o novo chefe maior como um “messias”, que viria nos salvar.
A primeira medida do novo governo em relação a CET foi resgatar o nome da empresa, PLAT deixava de existir oficialmente e voltamos a ser CET, com muito orgulho.
A Cida Tugnollo respondeu interinamente pelo CETET até a chegada da nova titular que seria Maya, que, aliás, tinha sido funcionária do mesmo CETET e, portanto, conhecia bem o local.
Ela veio em paz, não houve nenhum tipo de retaliação contra chefias ou outros; os empregados demitidos entraram com pedido de anistia, mas nem todos foram contemplados, afinal, o Brasil já estava sob a tutela da nova Carta Maior e, em sendo assim, o ingresso no serviço público somente podia acontecer através de concurso público.
A gestão tinha ausência de pessoas com determinadas formações. Nesse sentido, no dia 4 de abril de 1989 recebi a primeira promoção dentro da CET: fui promovido de Controlador Administrativo para Advogado do Departamento de Transportes Públicos da SMT. Sai do CETET fisicamente, porém, meu coração sempre esteve lá e fui viver um novo ciclo no DTP.
Até abril daquele ano, a CET se reorganizava. A nova gestão procurava dentro do quadro de empregados da própria empresa, preencher lacunas e deficiências. Foi um momento muito bom.
O interessante era que muitos empregados da CET, em especial do CETET, que eram malufistas, e que fizeram campanha aberta para o seu candidato, agora se escondiam nas mesas e nas pilhas de papéis e algumas chegavam a desfaçatez de dizer que havia votado na Erundina.
Meu querido amigo Miguel Morrone entra agora na minha vida de uma forma inesquecível. De qualquer forma fui embora para o DTP, para voltar dois anos depois.
Erundina recebeu uma prefeitura falida; no começo da gestão, ela sequer podia comprar um lápis. Na CMTC, a dívida era de 6 milhões de dólares, só com os fornecedores de pneus! Os hospitais careciam de medicamentos e havia mais de 800 leitos fora de uso. Os servidores municipais sofriam uma defasagem salarial quatro vezes maior do que a média do mercado de trabalho. Não faltaram boicotes da direita; alguns empresários desativaram suas atividades, julgando que o PT viria tocar fogo em São Paulo. (“A Prefeita Luiza Erundina”, Ivan Pitarra, PUCSP)
Nossa situação na PLAT era de muita expectativa. O CETET ficou sem superintendente por quase um mês, aguardando novos rumos e a chegada do novo ou da nova “líder”. O curso de táxi estava fechado, o curso de Direção Defensiva tinha poucos alunos. Lembro-me que aguardávamos o novo chefe maior como um “messias”, que viria nos salvar.
A primeira medida do novo governo em relação a CET foi resgatar o nome da empresa, PLAT deixava de existir oficialmente e voltamos a ser CET, com muito orgulho.
A Cida Tugnollo respondeu interinamente pelo CETET até a chegada da nova titular que seria Maya, que, aliás, tinha sido funcionária do mesmo CETET e, portanto, conhecia bem o local.
Ela veio em paz, não houve nenhum tipo de retaliação contra chefias ou outros; os empregados demitidos entraram com pedido de anistia, mas nem todos foram contemplados, afinal, o Brasil já estava sob a tutela da nova Carta Maior e, em sendo assim, o ingresso no serviço público somente podia acontecer através de concurso público.
A gestão tinha ausência de pessoas com determinadas formações. Nesse sentido, no dia 4 de abril de 1989 recebi a primeira promoção dentro da CET: fui promovido de Controlador Administrativo para Advogado do Departamento de Transportes Públicos da SMT. Sai do CETET fisicamente, porém, meu coração sempre esteve lá e fui viver um novo ciclo no DTP.
Até abril daquele ano, a CET se reorganizava. A nova gestão procurava dentro do quadro de empregados da própria empresa, preencher lacunas e deficiências. Foi um momento muito bom.
O interessante era que muitos empregados da CET, em especial do CETET, que eram malufistas, e que fizeram campanha aberta para o seu candidato, agora se escondiam nas mesas e nas pilhas de papéis e algumas chegavam a desfaçatez de dizer que havia votado na Erundina.
Meu querido amigo Miguel Morrone entra agora na minha vida de uma forma inesquecível. De qualquer forma fui embora para o DTP, para voltar dois anos depois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário