Alguns empregados estarão para toda vida guardado em nossos corações. O Valdir será um deles. A imagem dele está viva dentro de mim, mas não tenho nenhuma foto. Ele foi demitido do CETET nesse ano de 87, sem motivo algum, talvez pelo fato de ser autêntico, por falar a verdade ou por ter sido um supervisor que jamais colocou seu empregado na linha do tiro.
Obeso, fumante e muito alegre, geralmente falava que iria me largar no alto da rua Paraíso e ficaria me esperando na parte final...Ele era supervisor da área de Pesquisa, e quando ele saiu o CETET ficou mais triste.
Jamais vou esquecer um fato que aumentou ainda mais minha admiração por ele: depois de um tempo fora da CET, ele foi nos visitar. Conversávamos todos numa sala quando o segurança foi pedir para que ele se retirasse do prédio. Perguntamos se havia um motivo específico e o segurança constrangido falou que era “ordem do coronel”, para que ninguém fosse prejudicado, ele foi embora.
A saída do Valdir Gonzáles foi um ato de pura perseguição; ele não tinha ligação partidária e era um profissional brilhante. Depois que ele foi demitido, a impressão que ficou em mim é que a vida dele jamais foi a mesma. Não conseguia trabalhar em outro lugar, porque já tinha mais de 50 anos e viu a vida passando...passando...
A última vez que o vi foi na Praça da Sé, em 1989, estava indo fazer o exame da OAB e nos encontramos. Ele me deu um abraço, tomamos um refrigerante, conversamos rapidamente e dois anos depois ele se foi...
Não fui ao seu velório, mas a Virginia dos Reis disse depois que provavelmente ele devia estar rindo da cara de todos ali, afinal, um velório pode ficar bem para qualquer um de nós, mas jamais para uma pessoa como o Valdir.
A demissão do Valdir marcou o início do inferno e das tempestades que atingiriam a CET a partir de então.
Obeso, fumante e muito alegre, geralmente falava que iria me largar no alto da rua Paraíso e ficaria me esperando na parte final...Ele era supervisor da área de Pesquisa, e quando ele saiu o CETET ficou mais triste.
Jamais vou esquecer um fato que aumentou ainda mais minha admiração por ele: depois de um tempo fora da CET, ele foi nos visitar. Conversávamos todos numa sala quando o segurança foi pedir para que ele se retirasse do prédio. Perguntamos se havia um motivo específico e o segurança constrangido falou que era “ordem do coronel”, para que ninguém fosse prejudicado, ele foi embora.
A saída do Valdir Gonzáles foi um ato de pura perseguição; ele não tinha ligação partidária e era um profissional brilhante. Depois que ele foi demitido, a impressão que ficou em mim é que a vida dele jamais foi a mesma. Não conseguia trabalhar em outro lugar, porque já tinha mais de 50 anos e viu a vida passando...passando...
A última vez que o vi foi na Praça da Sé, em 1989, estava indo fazer o exame da OAB e nos encontramos. Ele me deu um abraço, tomamos um refrigerante, conversamos rapidamente e dois anos depois ele se foi...
Não fui ao seu velório, mas a Virginia dos Reis disse depois que provavelmente ele devia estar rindo da cara de todos ali, afinal, um velório pode ficar bem para qualquer um de nós, mas jamais para uma pessoa como o Valdir.
A demissão do Valdir marcou o início do inferno e das tempestades que atingiriam a CET a partir de então.
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