Ally e Ryan

Ally e Ryan

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Parati – uma delícia de carro


Creio que o melhor elo de ligação dentro de uma empresa são suas relações de amizade, e as verdadeiras ficam para sempre.

No ano de 1991 passei a ir trabalhar e voltar para casa com a Silvia. Ela tinha uma Parati, carrão na época; pela manhã ela era meio fechada, chegava sempre um pouquinho depois do combinado, sempre perfumada e falava pouco, o essencial.

Ela chegava no CETET e quando tinha aula pela manhã, ia quase direto para a sala, onde os alunos a aguardavam com ansiedade. Quando os cursos ficaram mais escassos passamos a dar aulas em duplas, evidente que ela foi minha parceira. Nesse período pude constatar o quanto ela era querida pelos alunos. Ela pegava os 20 crachás e tentava adivinhar quem era quem... era uma delícia, os alunos torciam para ela lembrar o nome, mas sempre a Silvia frustrava os alunos, muito trabalho e a memória não ajudava. Quando terminava essa atividade pedagógica enriquecedora geralmente era o momento do intervalo, e assim ia.

Cada um tinha uma maneira de alongar a aula. Para mim pessoalmente dar aula de Guia e P S eram um verdadeiro tormento, mas sempre cumpri com dedicação aquilo que era passado.

No fim do dia, voltava com a Silvia. Aí era outra pessoa. O toca-fitas vinha no maior volume e ela mandava ver com Beth Carvalho e “oh coisinha tão bonitinha do pai”, dançávamos no carro e as pessoas ficavam observando. Era muito bom tudo isso. Lembrar disso agora nos remete para a vida. A Silvia Zanzini foi a pessoa que mais me marcou na CET. Ela saiu em 1995, para abrir uma escola junto com a Thais, mas a lacuna que ela deixou em meu coração, jamais foi preenchida novamente.

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