Ally e Ryan

Ally e Ryan

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

As eleições municipais de 1992


O ano de 1992 foi especial para o Brasil: pela primeira vez na história da República brasileira, um presidente foi deposto pelo Congresso após passar pelo processo democrático, o presidente Fernando Collor de Mello, que sofreu impeachment. Ainda tivemos o massacre do Carandiru. No meio desse turbilhão todo estava a eleição municipal. Em São Paulo, Paulo Maluf do PDS e Eduardo Suplicy do PT protagonizaram uma disputa praticamente centralizada, já partir do primeiro turno.

Paulo Maluf trocou os aros grossos e as lentes fundo-de-garrafa por óculos mais leves e bateu Eduardo Suplicy. Duda Mendonça se tornou “o mago das urnas” ao reverter a enorme rejeição de Maluf e fazê-lo vencer o senador de maior destaque na CPI que resultou no impeachment de Collor. A campanha de Maluf apelou para a emoção, adotou um coração como símbolo e o slogan “Amo São Paulo”, enquanto o marketing petista errou ao apresentar Suplicy como super-herói, numa estratégia que foi tida como “collorida”. Para vencer, Duda adotou o PT como alvo. “A gente não tem nada contra o Suplicy/a gente não quer mais é o PT mandando aqui”, cantava o jingle malufista.

No fim do segundo turno, Maluf venceu Suplicy por 58% a 42% dos votos válidos, o que naturalmente ficou claro foi a rejeição a prefeita Erundina, que teve sua gestão perseguida pelos meios de comunicação e um enorme preconceito por parte da cidade.

A CET em sua maioria ficou com Maluf, o que daria ao novo secretário tranqüilidade na posse e durante a gestão.









Um comentário:

  1. Eu não sei como foi em outras cidades, mas, em Fortaleza, alguns candidatos à prefeitura divulgaram, em suas campanhas na TV, uma mensagem que começava mais ou menos assim: "O Brasil está de luto. Morreu a esperança que 35 milhões de brasileiros depositaram num homem chamado Fernando Collor de Melo.". Procurei alguma referência a essa frase em todos os recantos da Internet, mas, até agora, nada. Como se vê, candidatos naquele contexto eleitoral não deixaram passar batido e souberam tirar proveito daquele momento crítico de CPI e de processo de impeachment de um presidente.

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