Ally e Ryan

Ally e Ryan

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Perguntas importantes, principalmente porque têm circulado no meio educacional, sendo fonte de preocupação e de angústia para muitos professores


Cada pessoa tem características que são somente suas e que, na verdade, a diferenciam das demais.

O mesmo acontece com nosso funcionamento cognitivo. Algumas pessoas aprendem melhor por via visual, ou seja, lendo textos, assistindo cenas; outras aprendem melhor por via auditiva, ou seja, ouvindo o professor, ou lendo em voz alta; algumas pessoas compreendem melhor um fato ou um fenômeno qualquer se puderem lidar com ele concretamente; outras pessoas já têm facilidade para compreender o mesmo fenômeno, ainda que dele se trate abstratamente, ou seja, no nível da imaginação, da elaboração de ideias.

Nem todos seguem o mesmo raciocínio para resolver um problema! Certa vez, uma professora pediu a alunos surdos, não oralizados, que resolvessem o problema de construir uma escada utilizando um programa de computador. Foi interessante observar que nem todos seguiram o mesmo raciocínio. Cada aluno seguiu passos diferentes para chegar à mesma solução para o problema proposto: um iniciou pelo degrau inferior, tendo construído a escada de baixo para cima (um traço horizontal para a direita, um vertical para cima, outro horizontal para a direita, outro vertical para cima, e assim por diante...). Outro aluno seguiu outro procedimento para solucionar o problema de construir a escada: fez vários traços horizontais, localizando cada um, pouco acima e à direita do outro, e depois, ligou esses traços entre si, com traços verticais.

Bem sabemos o quanto nossos alunos são diferentes uns dos outros. Sabemos que cada um traz os conhecimentos já apreendidos, sabemos a que tipo de estratégia pedagógica cada um reage melhor, sabemos quais de nossos alunos aprendem melhor quando trabalham em grupo, ou em dupla, e quais trabalham melhor em atividades individualizadas. Sabemos de que tipo de conteúdo cada um gosta mais, bem como para que disciplina ou conteúdo cada um não mostra interesse... Sabemos quando alguém está particularmente triste, sofrido, alegre, feliz... Enfim, cada um de nós foi aprendendo, no decorrer do cotidiano de nossa profissão, a conhecer e a reconhecer cada um de nossos alunos.

Sabemos ainda que há aqueles alunos que temos dificuldade para ensinar. Lutamos na busca de um jeito de ensiná-los produtivamente, de ajudá-los a apreender o conteúdo que estamos trabalhando, de motivá-los para a situação de aprendizagem...

Mas... continuamos sempre tentando, não é mesmo? Às vezes acertamos e conseguimos sucesso, às vezes, não... Às vezes mantemos nossa calma, às vezes a perdemos... mas em geral estamos sempre tentando e buscando descobrir aquele jeitinho de ajudar cada um a aprender.

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